15 Dezembro 2023
"A proposta operacional que surgiu no congresso, portanto, seguindo os passos do mestre inglês, consiste na necessidade de que a ortodoxia e a ortopraxia andem de mãos dadas, como um desenvolvimento verdadeiramente homogêneo e harmônico da doutrina eclesial em relação à prática pastoral, em que o pensar e o agir estejam estritamente ligados, em uma unidade sinérgica".
O comentário é de Marco Staffolani, professor de teologia na Pontifícia Universidade Lateranense, em artigo publicado por Settimana News, 14-12-2023.
O congresso "A proclamação do Evangelho no presente da história: a contribuição da teologia lateranense para a nova evangelização", realizado na Pontifícia Universidade Lateranense em 29 de novembro, ofereceu uma ampla visão de como o kerygma, por meio de muitos kairói de nosso tempo, é chamado a se manifestar e cristalizar historicamente para afirmar seu "poder", paradoxalmente desarmado, mas desarmante.
O congresso consistiu em 4 palestras (Kurt Appel, Brunetto Salvarani, Elizabeth Green, Giuseppe Lorizio) e uma mesa redonda (Leonardo Paris, Pierluigi Valenza, Giuseppina De Simone) moderada pelo jornalista Mimmo Muolo (cujo relato geral do evento pode ser lido no artigo do Avvenire de sábado, 2 de dezembro de 2023, p. 24 ou na reprodução digital aqui).
No presente artigo, queremos refletir mais profundamente sobre os conteúdos teológicos considerados. O que foi apresentado no congresso foi uma teologia elíptica, articulada em torno de dois focos: o kerygma, a primeira proclamação que permanece como fundamento, e o kairos, que considera cada tempo/contexto como oportuno, com suas demandas e provocações. O resultado é um pensamento inclusivo, a ponto de considerarmos as bordas da elipse como difusas.
O teólogo Lorizio, ao fundamentar sua discussão sobre kerygma e kairói, procura repensar o tempo à luz de provocações provenientes da física quântica e da arte. Ele busca superar uma certa concepção de tempo como "história da salvação", que de alguma forma perpetua a divisão entre uma história profana e uma história sagrada, efetivamente separando a ação dos homens da ação de Deus.
Se uma concepção desse tipo, que se inspira no elemento geométrico linear, é reconfortante porque indica a direção de uma providência secreta que guia misteriosamente os eventos históricos para um fim (especialmente através da interpretação da Ressurreição como ponto meta-histórico que rasga e irrompe no fluxo histórico, permitindo que a história se vire e se complete em Outro além de si mesma), a perspectiva geométrica do tempo como um conjunto desconexo de pontos (evocada pela granularidade da matéria e do tempo, conforme nos é entregue pela física quântica, ou pelo pontilhismo como dimensão artística) indica uma realidade muito mais inquietante e fragmentada que, no entanto, Deus não recusa habitar com Sua Encarnação.
Então, será possível ler a possibilidade da catástrofe em qualquer ponto de nosso tempo terreno (do qual nunca podemos nos isentar ou nos preparar completamente) como um apelo à imprevisibilidade do momento final, no qual a destruição de todos os elementos coincidirá com a segunda vinda do Senhor.
O que resulta disso é a inseparabilidade das duas dimensões, pontual e linear, na pessoa de Jesus Cristo, simultaneamente um rabino itinerante (que instrui Seu povo a reconhecer no presente "a plenitude dos tempos" que já ocorreu com Sua vinda) e um profeta apocalíptico (que anuncia o fim dos tempos, e Ele como o cumprimento do tempo na segunda vinda).
Relevante a esse respeito é a pergunta do Salvador: "Quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?" (Lucas 18,8). Uma provocação semelhante é adicionada à nossa reflexão pela apresentação do professor Brunetto Salvarani, que enfrentou a pergunta: "Somos os últimos cristãos? No fim de um mundo".
Ele especifica que a pergunta a ser feita é se somos os últimos cristãos de marca ocidental, ou seja, se ser fiel a Jesus Cristo foi identificado, muito precipitadamente, com a pertença à cultura ocidental. Se essa identificação for real, teríamos que concluir que o fim do Ocidente também seria o fim do cristianismo.
Essa precisão do teólogo de Modena está longe de ser ociosa ou retórica, pois a ideia (ou melhor, tentação) de que a Europa está "irremediavelmente perdida" e que seria aconselhável concentrar as poucas energias restantes na África e na América Latina (onde o cristianismo está numericamente em ascensão) dissuade todos de buscar e aprofundar a simbiose/sinergia entre a cultura do Ocidente, que, com todo o seu patrimônio entrelaçado/inspirado na fé cristã (com raízes múltiplas em Roma, Atenas e Jerusalém), permite aos indivíduos, assim como aos muitos, crentes e também não crentes, não cair no fundamentalismo.
Portanto, trata-se de uma teologia europeia que deve ser colocada a serviço de outras áreas geográficas onde a valiosa experiência cultural, secular e plurissetorial, pode servir como um caminho, tendo já superado muitos desafios (através das contaminações da razão) e, em qualquer caso, portadora da sabedoria que vem das lições do passado.
Este discurso também se insere em uma nova sensibilidade em relação à especificidade do Mediterrâneo, em particular com a necessidade de uma teologia própria, que evolua e se emancipe, em termos e argumentos, da teologia e filosofia da Europa Central, francófona e anglo-saxônica.
O Manifesto da Teologia do Mediterrâneo (confira aqui), elaborado, entre outros, pela professora Giuseppina De Simone, presente na mesa redonda, pretende ser uma tentativa nesse renovado olhar para o contexto do Mare Nostrum.
Retornando à reflexão sobre o tempo, uma nova figura a ser introduzida para unir os momentos individuais (até mesmo os catastróficos, nos quais tudo parece retroceder) e uma visão abrangente da história (Deus continua sendo, de alguma forma, Senhor dela e, por isso, a faz progredir em direção à segunda vinda do Filho) seria a sabedoria da narrativa, simbolizada nem pela linearidade segura, nem pelo isolamento pontual, mas através da curva espiral, que, nas palavras do Pe. Chabot (Avere tempo. Saggio di cronosofia, Treccani libri, Roma 2023), é capaz, mesmo voltando sobre si mesma, de sempre avançar.
"Nenhum esquema de civilização é puramente cíclico ou linear, mas todos conciliam os dois aspectos de maneira singular. Todos são espirais. A espiral é uma curva que se move sempre para frente. É uma figura do devir, mas sabe se repetir, e ainda assim de maneira diferente [...]. Simboliza a evolução da vida como criação e expansão e, consequentemente, também a dinâmica do tempo. Como o tempo da experiência, a espiral tem essa propriedade de crescer de maneira terminal, sem mudar a forma da figura total, assim como o pico do devir, que é o momento presente, não muda nada do passado. Manifesta assim a permanência do ser através das flutuações da mudança".
A narrativa, especialmente aquela da ceia eucarística, ativa uma dimensão "metaspiral" com sua capacidade de "fundir o diacrônico e o sincrônico", de modo que até mesmo o "pontinho" mais catastrófico é habitado pela presença de Deus, "o Alfa e o Ômega... aquele que é, que era e que vem" (Ap 1,8).
Lorizio prosseguiu sua reflexão, observando como a inteligência laica se apropria sem problemas de termos usados pelos círculos teológicos e os desenvolve de maneira surpreendentemente inovadora, a ponto de o teólogo lateranense não poder deixar de notar a fecundidade de um pensamento "outro" e tirar novos desenvolvimentos dele.
Isso acontece no texto Il tempo di kairos. Intorno ad un tavolo tra memoria e futuro, editado pela HCS Heraion Creative Space. Aqui, o tempo atual, no qual, com Josè Ortega y Gasset, podemos afirmar: "Não sabemos o que está acontecendo conosco, e é precisamente isso que está acontecendo conosco", mesmo sendo amplamente percebido como uma mudança frenética que beira o caos (pense não apenas nas catástrofes anteriormente mencionadas, mas também nas convulsões das ordens mundiais, nos resultados incertos das novas tecnologias, etc.), esse tempo é positivamente interpretado como kairos porque é uma "transição" para algo mais, e paradoxalmente até mais fecundo do que um tempo de estase, no qual tudo permanece inalterado, arriscando a tentação apática.
Seguindo essa linha, Lorizio propõe acolher como kairos três transições: antropológica, teológica, e eclesial.
Quanto à primeira, antropológica, é importante observar como a fase de evolução biológica da espécie "animal" para o ser humano foi concluída, dando início a uma nova fase que podemos chamar de evolução "cultural", certamente mais complexa, pois escapa a uma compreensão racional completa, como poderia ser a interpretação fornecida pela teoria darwiniana.
Manifestações dessas mudanças aceleradas incluem outras transições colaterais, como a "transição ecológica" e a transição "digital", com suas implicações político-sociais que a teologia não pode ignorar. Na era do Antropoceno (ou, melhor ainda, do Novaceno de Lovelock), surge a pergunta com interesse: será que a mesma tecnologia que causou a catástrofe poderá oferecer oportunidades valiosas para solucioná-la, atenuando, se não evitando, seus resultados?
A própria tecnologia, portadora de novas provocações antropológicas (geralmente chamadas de trans/humanistas), encerra a ideia de uma "natureza humana" necessariamente fixa, que não leva em conta uma visão personalizada da mesma, nem é capaz de declinar em termos dinâmicos a experiência humana, que pode se "hibridizar", se contaminar.
Nesse sentido, a reflexão não pode se limitar apenas à "hibridização horizontal" (pela qual é/será possível "enxertar" partes do animal ou da máquina no corpo humano, abandonando uma ideia muito antropocêntrica com a dependência radical que o ser humano terá em relação à criação), mas também à "hibridização vertical", onde será necessário lidar com a capacidade humana de habitar e pensar a transcendência (portanto, ainda ontologia e metafísica) na medida em que uma hibridização com o divino é possível.
No que diz respeito à transição teológica, é importante destacar a análise de F. Lenoir, sempre atual:
"O homem religioso moderno é mais um nômade do que um sedentário. Ele segue diferentes trilhas, percorre caminhos, permanece aberto aos encontros da vida, sem nunca poder afirmar que se estabeleceu em algum lugar. Ele não constrói, antes acampa. [...] Como podemos entender essa abundância de crenças e práticas tão diferentes que se expressam diante de nossos olhos, essa religiosidade flutuante - à la carte - que se desenvolve no coração ou à margem das tradições religiosas?"
A transição, ou melhor, metamorfose de Deus, segundo Lenoir, diz respeito a três aspectos. Primeiro, a transição de um Deus pessoal para um divino impessoal, indefinível e não identificável, cujas consequências são a despersonalização de Deus, que acarreta, em cascata, inevitável e dramaticamente, a despersonalização do ser humano com sua reificação. Segundo, há uma mudança de uma visão extrínseca de Deus para uma visão íntima e interior. Terceiro, a configuração do divino em relação ao mundo passa da imagem de um Deus estranho ao cosmo para a do divino como alma mundi, com o processo adicional de tender a determinar uma espécie de "feminilização do divino".
A teologia será chamada a mostrar e lembrar, ao mesmo tempo, tanto a beleza da criação como reflexo e dependência do divino quanto a autonomia das realidades terrenas, sobre as quais o homem mantém sua responsabilidade. Será necessário retomar a reflexão sobre a pneumatologia, inspirando-se especialmente na rica tradição patrística (ocidental e oriental) que ajuda a ver o Espírito como o feminino de Deus, como a Sofia de Deus.
Sobre a diferença entre feminino e masculino, um tema de debate acalorado entre as igrejas, é necessário refletir com referência especial ao que o Papa Francisco expôs sobre a relação entre o princípio petrino e o princípio mariano. Além das dificuldades na compreensão dos papéis, uma compreensão correta do "primado do feminino sobre o masculino" deve ser buscada no "primado feminino" de confiança na proclamação do kerygma por meio da figura de Maria de Magdala, objeto da apresentação da professora Green.
Maria Madalena pode ser definida como apostolorum apostola na medida em que ao grupo de mulheres é confiada a proclamação da ressurreição, e ela, em particular, está presente nos três momentos kerygmáticos indicados por Paulo: "Cristo morreu pelos nossos pecados, [...] foi sepultado [...] ressuscitou ao terceiro dia" (1Coríntios 15,3s).
Como figura feminina, ela simboliza a emancipação da mulher em seu tempo e também é um sinal para os nossos, contanto que reconheçamos que na transição da modernidade para a pós-modernidade essa emancipação feminina deve "se expandir" e "arrastar consigo" a necessidade de qualquer outra emancipação do "outro", onde esse "outro" fosse descartado pela sociedade.
Na história de Madalena, é impressionante o fato de que, no Evangelho de João, o Ressuscitado "permanece em silêncio" e entra em cena apenas depois que Pedro e o discípulo amado "voltaram para casa", e assim o primeiro encontro com Ele é reservado a uma mulher.
É neste momento que o silêncio é quebrado e a missão de proclamação é dada: a aproximação progressiva de Jesus a Madalena (que inicialmente é genericamente chamada de "mulher" e depois é finalmente chamada pelo nome "Maria") e de Maria a Jesus (que inicialmente é confundido com o "guardião do jardim" e finalmente é reconhecido como "rabbunì") cede ao movimento oposto, o afastamento um do outro. Ambos seguirão em direções diferentes, Jesus subirá para o Pai, e Maria irá aos discípulos.
O encontro é transformador. Primeiro para a mulher: se, por um lado, Jesus deixa ser encontrado, deixando-se reconhecer por Maria, por outro lado, Maria reconhece ser reconhecida por Jesus e, ao reconhecê-lo, reconhece a si mesma. Chamando Maria pelo nome, Jesus "a restaura em sua qualidade de sujeito, abandona sua prostração, voltando a ser protagonista de uma iniciativa" e assim Maria é "habilitada à missão" e é confiada com o anúncio: "Vai aos meus irmãos e dize-lhes...".
Isso permite a segunda transformação: por meio do testemunho de Maria, a comunidade de simples discípulos de um mestre torna-se uma comunhão de "irmãos e irmãs" do Ressuscitado, pois ao subir ao céu, Jesus proclama em relação ao Pai um novo relacionamento com os seus: "Meu Deus e vosso Deus", e de maneira apropriada ao humano, também "Meu Pai e vosso Pai".
Green enxerga uma atualização da dinâmica evangélica da aparição a Madalena também nos dias de hoje, através das palavras de denúncia de Butler: "A radical privação de reconhecimento ameaça a própria possibilidade de existir e persistir. A plena subjetividade, de fato, exige como condição prévia a possibilidade de encontrar reconhecimento entre as normas que a governam".
Ainda citando o conceito de "heterotopia" elaborado por Christophe Boureux para indicar o "espaço" de acolhimento do outro aberto por Cristo para homens e mulheres de todos os tempos. Como a comunidade de irmãos e irmãs pode viver plenamente a ressurreição, pode ser traduzido na pergunta "como fazer com que nossos espaços (inclusive eclesiais) gerem uma heterotopia feliz, onde os espaços vitais de todas as criaturas ousam se cruzar e se sobrepor sem aniquilar uns aos outros, dado que às vezes são contraditórios?"
Podemos ir além na interpretação desse espaço e da fronteira entre céu e terra representada pelo "interior do sepulcro vazio" e "fora do sepulcro", onde Jesus aparece: ao aparecer para Maria Madalena no jardim, o Ressuscitado emancipa as mulheres e outros "outros" necessitados de reconhecimento, saindo de um preconceito social de "objetos a serem explorados", sacrificados, descartados junto com outras entidades.
Na subjetivação realizada por Cristo em relação a Maria Madalena na ressurreição, a mulher arrasta consigo uma nova consideração para toda a criação (a que muitas vezes atribuímos o termo "mãe natureza", por exemplo).
A teóloga conclui perguntando por que a reflexão teológica produzida pelas mulheres, ao tentar cumprir a tarefa confiada a Maria Madalena, não aparece nos cursos de teologia? Como se não fosse dirigida, como o anúncio de Madalena, aos "irmãos"?
Para contribuir com a nova evangelização, é imperativo que os estudos teológicos corrijam o esquecimento ao qual a teologia das mulheres foi relegada. Que não seja mais considerada um delírio, não digna da atenção dos irmãos, à semelhança da incredulidade que também os discípulos, infelizmente, manifestaram inicialmente!
A dimensão do "outro" que pode se tornar um "descarte social" está ligada às considerações do palestrante Kurt Appel e ao seu tema "teologia como ciência da alegria". A alegria não é alcançada quando a identidade está diante do medo (dos crentes e não crentes) ao se relacionar com o outro.
A ignorância da profundidade da alteridade e os vários preconceitos (ou seja, impedimentos) que podem acompanhar o processo de conhecimento mútuo levam a refugiar-se preventivamente na reivindicação de sua própria identidade como exclusiva (ou melhor, excludente), mesmo diante dos sinais inclusivos que o outro pode manifestar antecipadamente.
Há um limite do pensamento (que pode se tornar também um limite da prática): a esse respeito, sempre Lorizio propõe uma modalidade de cristianismo interconfessional, em que nos vemos primeiro como cristãos e depois como católicos, e em que ser católico é a "modalidade" de ser cristão. Colocar muita ênfase na pertença eclesial arrisca-se a fazer com que o discurso identitário (por exemplo, do catolicismo romano, do rito latino, em oposição ao restante dos cristãos) perca a dimensão relacional e inclusiva do Evangelho (que não conhece divisões confessionais).
A tentação da exclusividade pode ser superada falando não apenas da Igreja (com maiúscula), mas também abrindo-se à ideia de igrejas (no plural, igrejas irmãs, confessando o mesmo Cristo), onde descobrimos que elas estão (e devem estar cada vez mais) em diálogo teológico e caminhando juntas ao longo da história, assim como se evidencia, por exemplo, na experiência que a teologia interconfessional, como área de estudo na Lateranense, vem conduzindo nos últimos anos.
Assim, chegamos à transição eclesiológica na qual não poderia deixar de ser considerada a redação do documento sinodal, que parece ainda marcado por um medo geral da mudança, e no qual a coleta devidamente registrada das intervenções de "três minutos" das sessões da assembleia plenária parece ter permanecido fragmentada, aguardando uma verdadeira síntese e a espera da valiosa contribuição/aprofundamento teológico necessário para um verdadeiro desenvolvimento da doutrina.
Neste contexto, Giuseppe Lorizio propôs a necessidade, no tempo que se interpõe entre a primeira e a segunda parte do Sínodo, de apresentar, atualizando, o ensinamento de J. H. Newman. Ele, em seu discernimento antes de "entrar" na Igreja Católica, percebeu que desde os primórdios da Igreja antiga ficou claro que para preservar era necessário de alguma forma mudar; exigia-se, portanto, um desenvolvimento capaz de conservar enquanto inovava ou, melhor ainda, impulsionado a inovar para conservar.
Portanto, são inúteis "cristalizações doutrinárias" que, sob a desculpa de proteger e preservar, querem simplesmente e de maneira estéril repetir o passado, pois não refletem a realidade de uma Igreja como corpo vivo em contínuo (e inevitável) desenvolvimento.
A proposta operacional que surgiu no congresso, portanto, seguindo os passos do mestre inglês, consiste na necessidade de que a ortodoxia e a ortopraxia andem de mãos dadas, como um desenvolvimento verdadeiramente homogêneo e harmônico da doutrina eclesial em relação à prática pastoral, em que o pensar e o agir estejam estritamente ligados, em uma unidade sinérgica.
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Lateranense: “kerygma” e “kairoi” de uma teologia inquieta - Instituto Humanitas Unisinos - IHU