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30 Novembro 2021

 

"Paolo Dall'Oglio testemunhou a cada cristão - sobretudo a cada cristão sírio, mas também iraquiano e não só - a resposta à pergunta que ele próprio apresentava com insistência: 'Porque Deus nos quis aqui?'", escreve Riccardo Cristiano, vaticanista italiano e fundador da Associação de Amigos do Pe. Paolo Dall’Oglio, em artigo publicado por Settimana News, 29-11-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Em 29 de julho de 2013 era sequestrado em Raqqa, Síria, o padre jesuíta Paolo Dall'Oglio. Desde então, não houve mais nenhuma notícia certa sobre seu paradeiro. Cem meses depois daquele dia, Riccardo Cristiano reconstrói o fato e a têmpera cristã do padre.

 

Eis o artigo.

 

Cem meses é muito tempo. Acho importante lembrar isso, inclusive porque, desde então, são tantas as coisas que aconteceram no Oriente Médio e que nos remetem ao que ele já havia visto, dito, escrito.

 

Padre Paolo Dall’Oglio (Foto: Gesuit.it)

 

Até então, especialmente nos meses anteriores, o padre Paolo nos tinha falado sobre a tragédia dos deportados sírios e do drama dos curdos daquelas terras entre a Síria e o Iraque. Não teriam talvez origem daquela época a multidão de refugiados que apareceu na Europa ao longo da rota dos Balcãs em 2015, o dramático uso de outros refugiados, principalmente sírios, na fronteira entre a Turquia e a Grécia em 2020, o horror que agora inflama a fronteira entre a Bielo-Rússia e a Polônia?

 

A remoção

 

Desde 2015, um drama removido atormenta a história contemporânea sem ser adequadamente citado, compreendido, enfrentado. Existe a maneira certa de fazer isso. Os aspectos a serem evocados são diferentes: é preciso ter a coragem de listá-los todos, com clareza, sem hipocrisia. Para isso é fundamental referir-se a Paolo Dall'Oglio.

É sempre notável em sua história que ele seja citado pelo desfecho e não pela causa, ou seja, se ele morreu - e, portanto, quem eventualmente o matou - e não o motivo pelo qual foi sequestrado. Certo. Padre Paolo foi sequestrado em 29 de julho de 2013 em Raqqa, por jihadistas do Isis. Um ano antes, ele havia sido expulso pelo regime de Assad.

 

Padre Paolo (Foto: Reprodução)

 

Sua expulsão foi acompanhada por extraordinárias manifestações de protesto na Síria, até mesmo por militantes da Irmandade Muçulmana. Nós sabemos: ele quis retornar como ilegal naquele que considerava seu país: uma primeira vez para ir rezar nas valas comuns disseminadas pelo regime no vale do Oronte, de onde milhões de sírios foram deportados; uma segunda vez para ir para Raqqa.

 

Mapa da Síria. (Fonte: Wikimedia Commons)

 

Em Raqqa, Paolo foi sequestrado - até onde sabemos - de forma anômala. Ele não foi levado à força, tirado de uma casa ou de um carro. Não. Sabemos que ele foi, com suas próprias pernas e várias vezes, ao quartel geral do Isis, onde não queriam recebê-lo. Só depois da tentativa de 29 de julho, no final da manhã, é que se perderam os seus rastros: é o que dizem aqueles que o acompanhavam naquela época. Então, foi certamente - sim - um sequestro, mas um sequestro bastante anômalo.

Por muito tempo se falou que ele queria pedir a libertação de alguns reféns. A tese, muito confirmada, sempre me surpreendeu. Por que aqueles do ISIS deveriam tê-lo ouvido? Só porque era apreciado por muitos nas comunidades islâmicas locais?

Eu aceitei a princípio essa tese, porque Paolo, poucas horas antes de deixar a Turquia - onde havia passado do convento de Sulaymaniah no Curdistão iraquiano para depois chegar a Raqqa - havia escrito para mim e outros amigos dizendo que havia "aceitado" ir para Raqqa. Só mais tarde é que refleti melhor sobre o verbo e a conjugação usada: ele realmente escreveu "aceitado".

 

Os motivos

 

A pessoa que o acompanhava no dia do sequestro - um querido amigo do Padre Paolo - sustenta uma importante tese, também diferente da versão que aqui mencionei. De fato, soube por outros amigos que aquela pessoa, não ouvida pela maioria, há tempo defende no Facebook que o padre Paolo carregava consigo uma carta dos líderes do Curdistão iraquiano endereçada aos líderes do ISIS. Estava em curso um conflito que conduziu, como se sabe, à expulsão de milhares de cristãos, ao genocídio dos yazidis, à feroz guerra entre o Isis e os curdos.

O relato do acompanhante sugere, portanto, que os dirigentes do Curdistão iraquiano haviam escolhido Paolo, considerando-o, com toda probabilidade, um dos poucos em condições de aceitar e realizar aquela ação tão arriscada: entregar a carta em segredo. Então, aquele documento teria sido entregue a ele. E ele? Ele não sabia que seria muito perigoso ir entregá-lo em uma sede onde nenhum estranho teria podido entrar por iniciativa própria? Claro que ele o sabia! Ele, portanto, deixou as seguintes palavras aos seus amigos: "Se eu não voltar em três dias, deem o alarme!"

Os fatos, assim, começam a adquirir um sentido próprio para mim. Também me ocorre agora pensar que aquele limite de tempo indicado em “três dias” não fosse acidental e, portanto, não excluía uma certa leitura por parte dos destinatários da carta. Paolo sabia que aquela carta nada mais era do que uma débil tentativa de evitar um massacre: uma das páginas mais obscenas da história recente. Ele não podia desistir.

 

Padre Paolo Dall'Oglio. (Foto: Wikimedia Commons)

 

E de fato não desistiu. Muitos naqueles dias desistiram. Muitos naqueles dias voltaram para a segurança de seu próprio espaço de proteção ou para algum espaço - não próprio - para serem protegidos. Muitos fecharam portas e janelas, levantaram cercas, baixaram as venezianas. Paolo, não.

 

O testemunho

 

Quanto mais o tempo passa, mais me convenço de que a autêntica "essência" do caso Dall'Oglio reside no que agora melhor reconstituo ou que esta pode ser, de alguma forma, uma peça importante. É muito importante entender completamente.

Cem meses depois, de fato, não me interessa tanto saber o que os líderes do Curdistão iraquiano podiam sugerir, mas sim entender os motivos para a sua aceitação da missão: por quê?

Porque assim Paolo Dall'Oglio testemunhou a cada cristão - sobretudo a cada cristão sírio, mas também iraquiano e não só - a resposta à pergunta que ele próprio apresentava com insistência: “Porque Deus nos quis aqui?”.

Entre as sombras daquelas cercas que se erguiam, daquelas venezianas que baixavam, daquelas silhuetas que se viravam, a sua resposta foi tão clara, transparente, ao contrário de tudo o que é pouco claro - ou decididamente escuro - ainda que não nos permita conhecer o seu destino.

Pergunto-me e pergunto um pouco a todos, hoje, se a resposta à pergunta sobre o sentido da presença cristã naquelas terras nada mais seria do que estar lá para todos, ninguém excluído: do contrário, qual seria?

 

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