• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Defender a terra dos colonos, continuando a trabalhá-la. É assim que os Nassar resistem

Foto: Wikimedia Commons | Saimum Shilpigosthi

Mais Lidos

  • As tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil não são expressão da política de Trump; são “uma chantagem para que o Brasil anistie seu correligionário de extrema-direita, Bolsonaro. Chantagem que não será bem-sucedida”, diz o economista

    A emergência da China e a reorganização do mundo. Entrevista especial com Luiz Carlos Bresser-Pereira

    LER MAIS
  • O adeus dos EUA à democracia. Artigo de Lucio Caracciolo

    LER MAIS
  • A Flotilha Global Sumud zarpa novamente para Gaza após ter que retornar a Barcelona devido ao mau tempo

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    22º Domingo do tempo comum – Ano C – Mesa lugar de encontro, escuta e partilha!

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

02 Setembro 2025

"Fazer alguma coisa, no entanto, é sempre possível; para agir, nem precisa ser um herói ou se condenar ao martírio; qualquer um pode agir, até mesmo um idoso holandês cheio de achaques", escreve Maurizio Maggiani, romancista italiano, em artigo publicado por La Stampa, 01-09-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Não vi "No other land", não quis vê-lo. Nem mesmo vi "Gaza doctors under attack". Alberto passou o verão legendando-o em italiano. Em Faenza, na terça-feira, havia mais de 700 pessoas para vê-lo, mas eu não estava lá. E já faz meses e meses que não olho mais o material em vídeo que circula nas redes sociais e me é encaminhado na tentativa de forçar minha participação. Quanto ao resto, pelas palavras escritas e faladas, me atenho ao mínimo indispensável, às notícias das maiores agências, aos comentários das pessoas que mais respeito.

Confio bem pouco em mim para acrescentar novos detalhes ao que já vi e ouvi ao longo destes quase dois anos que nos separam do 7 de Outubro e do meio século anterior, que me separa da pequena aula que recebi do companheiro Caffaz, militante da revolução permanente e membro da mais importante família judaica da cidade, explicando por que, quando, após um tratado de amizade entre anarquistas e trotskistas - saíamos juntos à noite com pincéis e baldes de tinta vermelha, enquanto protestávamos contra a escola classista - ele acrescentava: "Judeus sim, sionistas não". Na época, tudo o que eu sabia sobre Israel e a Palestina se resumia a um filme sobre a Guerra dos Seis Dias. O herói era Moshe Dayan, o charmoso soldado caolho, e eu tinha gostado daquele filme. Talvez o companheiro Caffaz tenha me corrompido, há judeus e judeus, ouvi com meus próprios ouvidos de um valente defensor do suprematismo judaico, talvez eu tenha olhado para a Palestina todos esses anos através de seus olhos trotskistas, e ainda é assim, mesmo que ele não esteja mais entre nós, e é por isso que não confio o suficiente em mim.

Mais ainda, tenho medo de mim mesmo, medo de que, acrescentar mais imagens do horror, da impunidade, do desespero, da opressão, escutar mais uma vez as vozes da hipocrisia, da mentira, da covardia, me leve a me tornar o que sempre, desesperadamente, tentei não me tornar: um homem capaz de ódio. De me tornar conforme a este tempo. Gostaria de ainda ser um lutador pelas causas da justiça e não me ver corroído pelo ódio, derrotado para a eternidade e inservível para a vida pelo resto que ainda tenho a viver. Poderia ser capaz disso? Teria a força?

Sei que tenho o direito de odiar a hipocrisia — quem se oporia se eu me levantasse em um púlpito qualquer e proclamasse: "odeio a hipocrisia" —, mas como posso encontrar coragem para não odiar Roberta Metsola, a hipócrita que declara a situação de Gaza intolerável e nunca levantou um dedo, nem demonstra qualquer intenção de fazê-lo, para torná-la tolerável? E não é odiosa a covardia dessa nossa UE, que há meses e meses e meses vem recomendando a Israel "moderação" — literalmente, com o espírito de quem, deparando-se com um espancamento à morte na rua, levanta o dedinho e recomenda, "moderação". E como é fácil e quase universalmente aceito odiar o Hamas e seus milicianos a ponto de sentir repulsa pelo que são e fazem, e com o Hamas quem o trouxe ao mundo e o alimentou, criou e usou.

E como é possível, não para um trotskista feroz, mas para um liberal sincero e pacífico, não odiar a opressão, o domínio colonial, a usurpação da terra, o racismo segregacionista, a impunidade perpétua, e ao mesmo tempo encontrar a força de espírito para não ceder ao ódio pelos perpetradores, por aqueles que os aprovam e apoiam?

Não, não tenho mais espaço nem para uma única imagem, para uma única palavra; não sou mais capaz de tolerá-las; e sim, sou intolerante, apenas um degrau abaixo de odiador, embora não possa deixar de me perguntar como é possível ser tolerante diante do intolerável. O posto de controle que libera, ou nega, a critério do ocupante, o acesso à cidade de Ramallah, na Cisjordânia, sede da Autoridade Palestina, é dominado por uma placa: No Future. Sem Futuro, que é como dizer sem esperança, um refinamento eficaz do aviso de Dante afixado às portas do inferno: "Abandonem toda a esperança, vós que aqui entrais". Existe algum ser humano que, em sã consciência, consiga tolerar seu próprio inescapável destino como um inferno?

Felizmente, Gloria voltou. E Gloria me conta, e sua história me obriga a pensar, e isso é uma cura. Gloria fez uma viagem até uma fazenda em uma colina encantadora, Palestina, Zona C, ou seja, controlada diretamente pelos ocupantes, a teoricamente dez minutos de carro de Belém, mas na realidade a mais de uma hora de distância, porque a estrada está intencionalmente bloqueada e devastada pelos colonos que estão se assentando por todo o vale com suas aldeias ilegais.

Gloria voltou e, surpreendentemente, a primeira coisa que ela me disse foi que estava muito melhor do que quando partiu. Ela partiu raivosa, conta que seu tormento era a condição de devastador desamparo, saber que seu lugar não era ali onde estava, mas lá, parando de olhar imagens e começando a fazer algo de bom. Ela tentou a viagem quatro vezes antes de conseguir, voos cancelados, e cada vez ela se tornava mais intratável, mais e mais parecida comigo. Agora me conta e me corrige. Então, Gloria, sua amiga Giorgia, uma veterana embora muito jovem, e Samuele, o ex-aluno transviado de Gloria, foram ajudar na fazenda da família Nassar; os Nassar possuem cerca de sessenta hectares de terra no topo da colina desde o Império Otomano, cultivando oliveiras e vinhedos. Ou pelo menos tentam, visto que estão sob cerco dos colonos que, apoiados pelo exército, estão provocando, devastando, desenraizando, derrubando, demolindo e roubando terra metro a metro.

Para os colonos, é uma questão estratégica: tomar a colina significa apossar-se do vale inteiro, fechar o cerco às aldeias palestinas em toda a zona, isolá-las e esvaziá-las. Como ajudam? Trabalham ao lado da família e ficam ali, protegendo, agindo de certa forma como escudos humanos, ao lado de voluntários que chegam de todo o mundo. Junto com eles havia três idosos holandeses, uma garota alemã, uma senhora croata, um jovem pesquisador estadunidense se preparando para se formar em história medieval em Oxford e um grupo de jesuítas italianos. É muito importante que eles estejam lá, porque agem como um dissuasor.

Os colonos, pelo menos por enquanto, estão evitando atacar europeus e ocidentais em geral; isso geraria péssimas manchetes. Também é muito importante que a terra continue a ser trabalhada, o governo ocupante implementou uma lei otomana que determina que qualquer terra deixada sem cultivo por três anos se torna propriedade do Estado. Por essa razão, colonos e autoridades destroem plantações e cortam o fluxo de água. Gloria conta como era difícil chegar à noite depois de trabalhar o dia todo sob o calor escaldante sem poder tomar uma ducha, enquanto ouvia as risadas à beira da piscina e os respingos dos mergulhos da colônia a uma dezena de metros de distância. Era igualmente difícil dormir depois da meia-noite, quando começava a passagem dos bombardeiros com destino a Gaza. Mesmo assim, Gloria voltou feliz com sua viagem, sorrindo e cheia de histórias; ela havia feito algo de bom e aprendido algo importante. Enquanto não há nada mais deprimente, desesperador e arrogante do que pensar que se pode resolver tudo; tudo é possível, tudo é como o nada, puras abstrações.

Fazer alguma coisa, no entanto, é sempre possível; para agir, nem precisa ser um herói ou se condenar ao martírio; qualquer um pode agir, até mesmo um idoso holandês cheio de achaques. E eu sei que ela está pensando em Hannah Arendt, no homem como um ser iniciado que pode, portanto, começar, por meio da ação, inserindo no mundo algo que não existia antes e que posteriormente existe e permanece.

Daoud, o chefe da família Nassar, explica que, diante da ocupação, há apenas três opções: aceitá-la com resignação, responder com violência ou fugir para o exterior. Essa Tenda, como é chamada a fazenda, Tenda das Nações porque é abrigo para todos, é uma quarta opção baseada na recusa de se tornar vítima e, portanto, de chorar, porque chorar nos enfraquece e a vitimização leva a uma passividade resignada; a recusa ao ódio, nos tornaria como eles; o ódio enfraquece a força de existir. Em vez disso, devemos transformar a frustração em força, transformá-la em ação proativa, não reativa, de mutual empowerment. Tradução difícil: empoderamento mútuo, reforço recíproco. A presença de voluntários protege a tenda dos colonos, fortalecendo assim a luta da Tenda, mas também fortalece os voluntários porque os faz sentir-se capazes de uma ação que impede seu projeto.

E é uma mutualidade que pode continuar além da presença, fornecendo e disseminando informações, atraindo assim novos voluntários e, portanto, nova proteção, de alguma forma prolongando suas vidas, e o poder de prolongar a vida é ainda mais do que alguma coisa. Gloria não sabe, mas Daoud é praticante de Sumud, a forma de resistência praticada pelos palestinos há décadas. Sumud é firmeza e perseverança constante. Sumud tem sua raiz no verbo ṣamada, organizar, adornar, acumular beleza, salvar. Daoud pode parecer um homem paciente e não belicoso, mas na verdade ele é forte na justiça. Um perseverante na justiça. E assim Gloria começou a entender a paciência, que ela, com seu temperamento de encrenqueira pela causa da justiça, sempre esnobou como uma virtude de mera espera, resignada.

Ali na Tenda, é firmeza e convicção na justiça da própria conduta. Os entendidos da cultura judaica, aquela cultura diariamente depravada pelo governo de Israel e seus apoiadores, os leitores do Talmude, sabem que o mundo só poderá ser salvo pelos justos, os justos que nem sabem que são, os justos que o mundo nem consegue reconhecer. Os justos que, mais cedo ou mais tarde, se não Deus, pelo menos a história, nos obrigará a reconhecer para além dos muros que ergueram, entre os escombros que acumularam, no deserto da morte a que reduziram a terra de Abraão, o pai de todos.

O cantor Seun Kuti, filho do grande Fela Kuti, disse em 24 de junho no palco do Festival INmusic em Zagreb: "Tenho um conselho para os jovens europeus. Sei que vocês querem libertar a Palestina. Vocês querem libertar o Congo. Vocês querem libertar o Sudão. Vocês querem libertar o Irã. Libertem a Europa. Libertem a Europa da extrema direita, do fascismo, do racismo, do imperialismo. Quando vocês tiverem feito esse trabalho, assim que o tiverem concluído, Gaza será livre, o Congo será livre, o Sudão será livre, o Irã será livre. Esqueçam-nos. Não se preocupem conosco, libertem a Europa!"

Escrevo enquanto observo da sacada a parte genovesa da Flotilha Global Sumud zarpar; sim, eles pensam que estão indo libertar Gaza pelo menos da fome, mas, tenham sucesso ou não, certamente começaram o duro trabalho de libertar a Europa.

Leia mais

  • Limpeza étnica e violência sionista na Cisjordânia após quase dois anos de genocídio em Gaza. Artigo de Irene Graíño Calaza
  • Smotrich: "3.400 assentamentos aprovados na Cisjordânia, adeus ao Estado da Palestina"
  • Israel: manifestantes se reúnem nas ruas enquanto Netanyahu ignora os protestos e não consegue impedir os ataques em Gaza
  • "Eles estão nos cegando porque não querem que o mundo saiba". Entrevista com Paolo Pellegrin
  • A violência dos colonos irrompe em Taybeh, a única cidade completamente cristã na Palestina
  • A violência dos colonos irrompe em Taybeh, a única cidade completamente cristã na Palestina
  • Colonos judeus incendeiam uma aldeia cristã na Cisjordânia
  • Cisjordânia, ataques e outras colônias. “Palestina rumo à anexação”. Artigo de Nello Scavo
  • Cisjordânia: os cristãos em Taybeh novamente sob ataque
  • Cisjordânia. O medo do Ramallah: “Seremos nós a pagar novamente”
  • Cisjordânia: assentamentos, violência, silêncio cúmplice. Artigo de Estéfano Tamburrini
  • Cisjordânia. Exército de colonos pressiona pela expulsão em massa de palestinos
  • Escavadeiras e civis armados. O avanço dos colonos na Cisjordânia “É a nossa casa”
  • Na Cisjordânia, colonos israelenses queimam oliveiras palestinas
  • Na Cisjordânia, a “lei” dos colonos afasta qualquer sonho de paz
  • Na Cisjordânia em chamas, aldeias destruídas e colonos armados
  • “O 7 de outubro mostra que não pode haver um sistema de apartheid indefinido sem custos”. Entrevista com Tareq Baconi
  • Colonos judeus incendeiam uma aldeia cristã na Cisjordânia
  • Cisjordânia, ataques e outras colônias. “Palestina rumo à anexação”. Artigo de Nello Scavo
  • Ataque israelense ao Hospital Nasser em Khan Yunis: quem são os cinco jornalistas mortos?
  • Dois ataques israelenses ao Hospital Nasser em Gaza matam pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas
  • Com a morte do jornalista Al Koumi, o número de repórteres mortos em Gaza agora chega a 239
  • ‘Célula de Legitimação’: a unidade israelense encarregada de conectar jornalistas de Gaza ao Hamas
  • Israel mata cinco jornalistas da Al Jazeera, incluindo Anas al-Sharif, em um bombardeio em Gaza
  • O massacre de Gaza, contado por três repórteres assassinados. Entrevista com Robert Greenwald

Notícias relacionadas

  • ¿A que le teme Israel? Fortalecimiento de lazos Irán-Latinoamérica

    LER MAIS
  • Israel começa doutrina de punições e prêmios coletivos na Cisjordânia

    Dez meses depois do estouro da maior onda de violência em uma década, e a apenas 50 dias das eleições municipais palestinas [...]

    LER MAIS
  • Um livro banhado em lágrimas

    LER MAIS
  • Jornada extraordinária: indígenas isoladas retornam à floresta Amazônica

    Duas indígenas isoladas da Amazônia maranhense completaram a jornada extraordinária de volta a sua floresta, após terem sido [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados