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Continuidade e descontinuidade juntas, o caminho estreito da Igreja depois de Bergoglio. Artigo de Vito Mancuso

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12 Mai 2025

"É muito significativo que o Papa Leão tenha escolhido se apresentar dizendo ser “filho de Santo Agostinho”, ou seja, como frade agostiniano, membro da Ordo Sancti Augustini, abreviado O.S.A., um acrônimo que, se lido sem prestar atenção aos pontos, torna-se um imperativo que dá coragem (em italiano, osa corresponde a ouse)", escreve Vito Mancuso, teólogo italiano, em artigo publicado por La Stampa, 09-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Do que a Igreja realmente precisa hoje? E do que o mundo precisa? Essas são as perguntas que faço para avaliar a eleição do novo Papa. A resposta para ambas as perguntas não é difícil. A Igreja precisa de continuidade e, ao mesmo tempo, de descontinuidade em relação ao papado de Francisco, e logo explicarei em que sentido; e quanto ao mundo, todos nós vemos o que ele precisa, ou melhor, antes disso, sentimos, em nossos corações inquietos, que ele precisa de paz.

A Igreja, eu disse, precisa de continuidade e, ao mesmo tempo, de descontinuidade em relação ao Papa Francisco, e acredito que Robert Francis Prevost escolheu se chamar não de João, nem de Paulo, nem de Bento, nem de Francisco, nem de uma combinação desses nomes, mas de Leão, para sinalizar um novo começo. Portanto, ele pode de fato ser a pessoa certa para dar ao mesmo tempo continuidade e descontinuidade à Igreja.

Continuidade, porque ele foi humana e espiritualmente próximo do Papa Francisco, de quem, como Prefeito do Dicastério para os Bispos, era um dos principais colaboradores. Descontinuidade, porque seu caráter reservado (e também parece um pouco tímido em virtude daqueles olhos brilhantes e àquele constrangimento mostrado na loggia da basílica na noite passada) certamente o tornará bastante diferente do ativismo e, eventualmente, do protagonismo de seu antecessor. Considero que essa promessa de continuidade e, ao mesmo tempo, de descontinuidade fez de Robert Francis Prevost a pessoa ideal aos olhos dos cardeais para tranquilizar os progressistas de que o legado de Bergoglio não será disperso e, ao mesmo tempo, para tranquilizar os conservadores de que haverá mais ordem, mais respeito pela tradição, mais segurança na doutrina e nenhum salto improvisado para frente. Acho que essa capacidade de mediação, como se depreende da personalidade do novo papa, é a principal característica que fez com que os votos necessários para sua eleição convergissem para ele tão rapidamente. Em outras palavras, os cardeais sentiram que ele poderia ser a pessoa certa para dar à Igreja o que ela precisa hoje.

O novo papa voltará ao apartamento papal? Provavelmente sim. Aliás, em minha opinião, com certeza, à luz do traje que o Papa Leão mostrou em sua primeira bênção, quando se apresentou vestido não apenas com a tradicional batina branca, como Francisco, mas também com a mozeta vermelhas e a estola, como Bento XVI, como João Paulo II e como todos os outros pontífices que residiram regularmente no apartamento papal ao longo dos séculos.

Mas vamos à questão que diz respeito ao mundo e à sua necessidade de paz: como avaliar a eleição do Papa Leão a partir dessa questão? O nome escolhido, à primeira vista, não depõe por uma ação pacífica, inútil citar o que imediatamente traz ao pensamento o leão. Mas, pelo que me foi dito por um querido amigo frade agostiniano, ou seja, da mesma ordem religiosa do novo papa, ao qual voltarei mais adiante, a razão pela qual Prevost escolheu ser chamado de Leão foi seu reconhecimento a Leão XIII (papa de 1878 a 1903) que, quando criança em seu vilarejo de Carpineto Romano, tinha sido coroinha dos agostinianos e que, mais tarde, como papa, recompensou a ordem com uma série de benefícios, incluindo, vejam só, a Sacristia pontifícia. Mas, pensando bem, o nome Leão não é tão inadequado para servir à paz porque, para isso, considerando que a paz não é simplesmente ausência de conflitos, mas “opus iustitiae”, como diz o Vaticano II, é preciso força, coragem, determinação, capacidade de assumir riscos; é preciso, pensando bem, um coração de leão: talvez seja também por isso que o novo papa escolheu esse nome? Imagino que logo veremos.

O que é certo é que um Papa pode servir à paz do mundo principalmente de duas maneiras: por meio da diplomacia e por meio da palavra da pregação. O Papa Leão já começou a fazer isso ontem à noite, pois suas primeiras palavras foram: “A paz esteja com todos vocês”. Não foram palavras pessoais, mas uma fórmula litúrgica, a mesma com a qual a missa começa, destacando uma diferença significativa do “boa noite” com o qual o Papa Francisco se apresentou e também com as palavras mais confidenciais de outros papas (as únicas palavras pessoais que o novo papa disse foram em espanhol para saudar a diocese peruana de Chiclayo, da qual havia sido bispo, não confundir com Chicago, onde ele nasceu). Em seguida, o Papa Leão continuou seu discurso com palavras cheias de espiritualidade, como “paz no coração”, “paz do Cristo ressuscitado”, “paz que vem de Deus”. Assim, chegamos ao seu cerne agostiniano.

É muito significativo que o Papa Leão tenha escolhido se apresentar dizendo ser “filho de Santo Agostinho”, ou seja, como frade agostiniano, membro da Ordo Sancti Augustini, abreviado O.S.A., um acrônimo que, se lido sem prestar atenção aos pontos, torna-se um imperativo que dá coragem (em italiano, osa corresponde a ouse).

O que significa ser agostiniano? Significa ter um modo de viver o cristianismo marcado pela espiritualidade de Santo Agostinho, assim como ser franciscano significa seguir a espiritualidade de Francisco de Assis, beneditino a de São Bento, e assim por diante para todas as numerosas ordens religiosas masculinas e femininas. Mas qual é a específica espiritualidade da ordem agostiniana? A resposta nos vem do próprio lema que o novo papa escolheu quando foi ordenado bispo: “In illo uno unum”, uma expressão de Agostinho que significa literalmente: “Em um só, nós somos um”, onde esse um é Cristo e nós é a comunidade dos irmãos. O que indica que a especificidade da espiritualidade agostiniana é ser permeada por uma forte tensão horizontal para promover a vida comunitária e a amizade e, ao mesmo tempo, por uma tensão vertical ainda maior, porque essa unidade se dá pelo fato de todos tenderem juntos para Cristo, “em um só”. Essa é a síntese perfeita do cristianismo, que é fraternidade, mas antes ainda a filiação, que é caritas, mas antes ainda imitatio Christi.

Voltando à paz de que o mundo precisa, o Papa pode contribuir para ela principalmente com sua pregação. O que não é pouca coisa, porque a paz exterior começa pela paz interior, a paz das armas começa pela paz das palavras. E a esse respeito, em homenagem ao novo Papa, gostaria de concluir com uma página das “Confissões” de Santo Agostinho, em que o grande teólogo e filósofo cristão, dirigindo-se a seu Deus, faz esta pergunta: “O que amo, quando te amo?”

Uma pergunta muito profunda, que qualquer pessoa que afirme amar a Deus deveria fazer a si mesma: o que realmente se ama quando se afirma que se ama “Deus”? Agostinho apresenta uma série de argumentos que são impossíveis de relatar aqui e, surpreendentemente, conclui: “Ao amar meu Deus, amo a luz do homem interior que está dentro de mim”. A maior transcendência é alcançada na maior imanência, em nossa interioridade.

Gostaria de dizer que o novo Papa, tenho certeza, contribuirá a nos fazer redescobrir a riqueza que, como seres humanos (crentes ou não), carregamos dentro de nós e, dessa forma, ele servirá para a perfeição da paz do mundo, porque a paz do mundo é, em primeiro lugar, a paz do coração.

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