05 Abril 2025
Proposta será apreciada em segunda votação na segunda-feira (7)
A informação é publicada por Sul21, 03-04-2025.
Por 7 votos a 6, a Câmara de Novo Hamburgo aprovou nesta quarta-feira (2), em primeiro turno, a criação do Dia Municipal do Patriota. A data escolhida, 21 de março, coincide com o aniversário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Como ainda depende de uma segunda votação em plenário, a proposta retornará à pauta na próxima segunda-feira (7). O Projeto de Lei nº 9/2025 é assinado pelo vereador Juliano Souto (PL).
“O patriotismo está acima do amor por um governo ou partido específico. Engloba o amor por todo o conjunto de valores, tradições e gestos que um determinado povo comporta. O patriota luta para que esses símbolos sejam preservados, valorizados e transmitidos, tudo isso aliado à construção de uma sociedade melhor”, fundamentou o proponente, correligionário de Bolsonaro.
O PL nº 9/2025 recebeu os votos contrários de Daia Hanich (MDB), Eliton Ávila (Podemos), Enio Brizola (PT), Felipe Kuhn Braun (PSDB), Nor Boeno (MDB) e Professora Luciana Martins (PT). Daia e Eliton justificaram seus posicionamentos lembrando a existência de outras datas que julgam ter finalidades semelhantes, como o 7 de setembro e o 15 de novembro. “Além disso, precisamos evitar nesta Casa a polarização entre direita e esquerda”, opinou Daia. “Volto a frisar que sempre me posicionarei contrário a pautas relacionadas a questões ideológicas, seja o lado que for”, antecipou Eliton.
Nas eleições de 2022, Bolsonaro foi o candidato mais votado para a Presidência da República em Novo Hamburgo. Ele recebeu 95.799 votos, o equivalente a 68,46% do total da cidade.
Sete parlamentares votaram a favor do projeto que cria o Dia do Patriota: Deza Guerreiro (PP), Giovani Caju (PP), Ico Heming (Podemos), Ito Luciano (Podemos), Joelson de Araújo (Republicanos), Juliano Souto (PL) e Ricardo Ritter – Ica (MDB).
O presidente Cristiano Coller (PP) votaria apenas em caso de empate.
Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.