- O pontífice considera necessário cuidar da qualidade de vida humana e da busca da fraternidade e da amizade social porque as relações valem mais do que números e benefícios.
- Não se curve a pedidos que o humilhem ou desagradem. Para contribuir, você não deve fazer qualquer coisa. Não se homologue a modelos nos quais você não acredita apenas para obter prestígio social ou algum dinheiro a mais.
- O mal nos afasta, extingue sonhos, nos transforma em pessoas solitárias e resignadas.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 17-12-2024.
O Papa Francisco disse na terça-feira que o mundo do trabalho é "humano" e, portanto, também "contaminado" por dinâmicas que "às vezes o tornam inabitável", em uma mensagem aos jovens que participam de um fórum sobre trabalho.
"O mundo do trabalho é um mundo humano no qual todos estão unidos a todos. Infelizmente, este 'mundo' também está contaminado por dinâmicas e comportamentos que às vezes o tornam inabitável", escreve o papa em sua mensagem para a terceira edição do "Labordì", um fórum cristão que orienta os jovens no mundo do trabalho.
Por isso, além de proteger o meio ambiente, o pontífice vê como necessário cuidar da "qualidade de vida humana e da busca da fraternidade e da amizade social" porque, segundo ele, os relacionamentos "valem mais do que números e benefícios".
"Isso também conta no mundo do trabalho. E você, ao se aproximar, é importante que mantenha tanto a consciência de sua singularidade, que transcende qualquer ideia de sucesso ou fracasso, quanto a inclinação para estabelecer relações sinceras com os outros", explicou o papa, que completa 88 anos hoje.
Tudo isso, ele defendeu em sua carta, para provocar uma "revolução suave" nesses contextos.
"Estou escrevendo isso porque, olhando para o mundo do trabalho, tudo parecerá rápido para você. Pode até oprimir tudo o que se espera de você. Você terá, como dizem, muitos conhecidos ou estranhos atrás de você: muitos pedidos, talvez muitas indicações e recomendações", alertou.
É por isso que o pontífice argentino aconselhou que, nesta circunstância, o jovem trabalhador deve "aprender a guardar seu coração para permanecer em paz e livre".
"Não se curve a pedidos que o humilhem ou desagradem, a modos de agir que mancham sua autenticidade. Para contribuir, de fato, você não deve fazer qualquer coisa, como o mal. Não se homologuem a modelos em quem você não acredita apenas para obter prestígio social ou mais algum dinheiro", encorajou.
E acrescentou: "O mal nos aliena, extingue sonhos, nos transforma em pessoas solitárias e resignadas".
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