16 Julho 2024
As Forças Armadas Israelenses (IDF) realizaram um ataque no sábado com cinco mísseis e cinco bombas que causaram pelo menos 90 mortes. No domingo, Israel atacou uma escola da UNRWA.
A reportagem é publicada por El Salto, 15-07-2024.
O ataque de Israel contra al-Mawasi que matou 90 palestinos foi o episódio que, nas últimas horas, centrou as críticas ao regime de Benjamin Netanyahu por perpetuar o que o presidente brasileiro, Lula da Silva, descreveu como um ““massacre sem fim”. Quando os habitantes de Gaza tentaram avançar contra aquela “zona segura” de al-Mawasi, em Khan Younis, o exército israelense, as IDF, atacou no domingo Abu Araban, uma escola que albergava deslocados de guerra sob o comando da UNRWA. Há dezessete mortes confirmadas neste ataque.
“A justificação é sempre a mesma: “visar os militantes palestinos”. Quando é que o mundo vai parar esta máquina de morte, denunciou a relatora da ONU, Francesca Albanese, sobre o massacre de al-Mawasi? O regime de Netanyahu justificou o seu bombardeamento, um dos mais mortíferos das últimas semanas, dizendo que o campo “seguro” de Khan Younis era Mohammed Deif, chefe da ala militar do Hamas e ideólogo dos ataques de 7 de Outubro de 2023. O Hamas negou isso. Deif foi afetado pelo ataque. Segundo testemunhas oculares, cinco mísseis e outras cinco bombas foram lançados no ataque de sábado.
O local atacado tornou-se um ponto de destino para milhares de pessoas que deixaram Rafah sob a ameaça de um ataque terrestre em grande escala na primavera passada. Após os ataques, ficou uma enorme cratera e montanhas de escombros onde foram encontrados corpos que não foram contabilizados na contagem realizada entre sábado e domingo. Informação divulgada hoje pelo The Guardian diz que a limpeza dos quase 40 milhões de toneladas de escombros e outros restos de edifícios que estão atualmente em Gaza levará 15 anos – a uma velocidade de cem caminhões por dia – e o seu custo econômico estimado será de entre 500 e 600 milhões de dólares.
Horror and distress have engulfed displaced Palestinian families following the Israeli bombing of the UNRWA school in Al-Nuseirat refugee camp today. pic.twitter.com/62Lc4FlE3Y
— Quds News Network (@QudsNen) July 14, 2024
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 38.664 palestinos morreram desde 7 de outubro de 2023 e 89.097 ficaram feridos. Nas últimas 24 horas registaram-se oitenta mortos e 216 feridos.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
O 'massacre sem fim' de Israel em Gaza deixa um dos fins de semana mais mortíferos desde 7 de outubro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU