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“A capacidade da poluição no transporte do vírus ainda é pouco conhecida”. Entrevista com Olivier Blond

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26 Março 2020

Nesse período de pandemia de coronavírus, um fator de risco é pouco destacado: a poluição do ar. É possível estabelecer a correlação, em particular com o estado do sistema imunológico? Uma relação foi feita a posteriori no caso da SARS. A Aliança Europeia de Saúde Pública (EPHA) lançou, assim, um alerta no dia 16 de março passado. Estudos italianos e chineses apontam o perigo da poluição contra a qual podemos agir, explica Olivier Blond, diretor da Respire, Associação Nacional para a Prevenção e Melhoria da Qualidade do Ar, e professor de Saúde Ambiental na Universidade Católica de Paris.

A entrevista é Catherine André, publicada por Alternatives Économiques, 24-03-2020. A tradução é de André Langer.

Eis a entrevista.

No caso de uma epidemia de SARS ou Covid-19, a poluição do ar representa um risco a mais para os moradores vulneráveis das grandes cidades?

A sociedade italiana de medicina ambiental acaba de publicar um estudo que mostra uma “aceleração anormal” no número de casos de coronavírus no Vale do Pó correspondendo a uma alta poluição. De acordo com os pesquisadores italianos, as partículas de poluição servem como “transportadoras” ou aceleradoras para os vírus.

Na época da SARS, em 2002, os cientistas chineses já haviam demonstrado que a mortalidade associada ao vírus era duas vezes maior em zonas poluídas. Ora, os dois vírus são muito próximos. Outros estudos mostram uma relação entre a poluição do ar e a transmissão de vírus respiratórios, como a gripe ou o sarampo. O fenômeno não é novo: um estudo retrospectivo observou até a importância da poluição do ar (com carvão) na mortalidade da pandemia da gripe influenza de 1918!

Infelizmente, esse é um fenômeno completamente lógico e previsível; eu já o havia anunciado há mais de dez dias em um artigo em que convido o Ministério da Saúde a agir!

As autoridades francesas estão fazendo o necessário para combater a poluição do ar e limitar o papel desse fator durante essa crise sanitária?

Na França, nós nos beneficiamos de uma situação excepcionalmente favorável em termos de poluição no mês de fevereiro, graças às condições meteorológicas especiais: fortes chuvas e ventos fortes, chamados dispersivos. Mas o mês de março viu uma deterioração da situação. As atividades agrícolas recomeçam com a primavera e as condições meteorológicas se deterioram. Assim, em Paris, a qualidade do ar era ruim enquanto o tráfego de carros quase parava com o início do período de reclusão.

As práticas agrícolas também estão na origem dos picos de poluição atualmente observados no norte da Itália, com grandes fazendas e granjas de suínos que produzem grandes quantidades de esterco, um grande emissor de amônia... O desafio, portanto, é maior.

Convencer os agricultores a mudar suas práticas não é nada fácil. Mas a França tem um pico de poluição todos os anos na primavera, o que é amplamente previsível. Era necessário e ainda é preciso discutir com os sindicatos de trabalhadores rurais e pedir que participem do esforço coletivo de luta contra o coronavírus. Infelizmente, esse assunto, como tantos outros, não foi previsto pelo governo.

Outra lição fundamental dos estudos italianos é a capacidade da poluição de “transportar” o vírus, fato ainda pouco conhecido. Se comprovado, significa que o vírus é ainda mais contagioso do que se pensa, que pode se deslocar a distâncias maiores e por mais tempo.

Isso implica na necessidade de reformar as medidas de proteção de todos e, em particular, disseminar ainda mais o uso de máscaras. Não apenas para as equipes médicas. Esta é uma questão importante e urgente. Se os vírus são “transportados” por moléculas de poluição, até máscaras simples podem ajudar a limitar sua propagação.

As máscaras, para os cidadãos, têm a vantagem adicional de reforçar o distanciamento social e limitar colocar a mão na boca...

A falta de máscaras – embora grandes estoques tenham sido feitos há dez anos – evidencia a desastrosa despreparação de nosso país e constitui uma das principais disfunções reveladas por esta crise, mesmo se ela não data desse governo.

O período sem precedentes que vivemos fornece pistas para reduzir a poluição nas cidades?

Ninguém pode garantir que a crise atual leve a uma tomada de consciência salutar e não a uma nova fuga para frente. Eu sou extremamente desconfiado em relação àquilo que algumas pessoas chamam de “pedagogia dos desastres”.

Mas o despreparo do poder e sua incompreensão das questões científicas ou tecnológicas custam muito caro ao país em termos de vidas humanas e em bilhões de euros. Se há algo que se poderia esperar modestamente, é que o poder se aproxime dos cientistas e aprenda a ouvi-los melhor. Isso é verdade para as mudanças climáticas, certamente, para as crises atuais e futuras da saúde, mas também para a poluição do ar e muitos outros problemas.

A este respeito, a relutância em levar em conta os trabalhos do professor [Didier] Raoult [infectologista e diretor do Institut Hospitalo-Universitaire (IHU) Méditerranée Infection de Marselha] no tratamento com cloroquina e as recomendações para uma estratégia baseada na triagem generalizada levantam questões. Isso, quando muitos cientistas chineses, que não podemos mais olhar com condescendência, já realizaram vários estudos clínicos com cloroquina. Os sucessos da Coreia do Sul e Cingapura no controle da propagação do vírus baseiam-se em tecnologias de ponta e não apenas em métodos – como a reclusão – que nós usamos desde a Idade Média, mas com eficácia limitada.

A crise atual oferece uma oportunidade para tomar decisões históricas para reduzir a poluição do ar?

A poluição do ar mata mais de 50 mil pessoas por ano na França. Esperamos que o balanço mórbido do coronavírus em nosso país permaneça bem abaixo disso. No entanto, as soluções para reduzir a poluição nas cidades são identificadas há muito tempo. A poluição do ar, portanto, não é inevitável, é um problema de vontade. Cabe aos homens e mulheres que dirigem o país mostrar que têm coragem e lucidez para solucionar o problema. O presidente da República anunciou que o país havia entrado na guerra contra o coronavírus; existem muitas outras guerras a serem travadas quando vencermos esta.

A relutância dos cidadãos em mudar seu comportamento é, às vezes, apresentada como um obstáculo intransponível para as transformações ambientais. Mas as mentalidades evoluem, às vezes, repentinamente e de maneira inesperada. Hoje, mal nos lembramos que, quando os cigarros foram proibidos em locais públicos, alguns previram insubordinações e revoltas. Isso foi há apenas quinze anos. Mas tudo correu bem e agora até os fumantes se regozijam com a proibição de cigarros em restaurantes e bares.

O mesmo talvez aconteça com a poluição. A greve deste inverno contribuiu para o desenvolvimento considerável do uso da bicicleta. Da mesma forma, a crise do coronavírus propagou a prática do teletrabalho em proporções que pareceriam impensáveis há apenas alguns meses.

Em algumas décadas, a poluição do ar pode ter o mesmo status dos cigarros hoje: o de um mal que pertence ao passado. Será difícil entender por que as pessoas aceitaram se aglomerar em cidades lotadas, por que se trancaram em carros poluentes, por que toleraram sem reagir que seus filhos fossem envenenados. Os motores a diesel serão como os produtos à base de amianto hoje, vestígios tóxicos de um passado que deve ser manuseado com cuidado. Em todo o caso, essa é a nossa esperança.

 

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