"Uma obra que oferece um conjunto de chaves de leitura e que contribui para a compreensão das decisões do pontificado de Francisco", escreve Eliseu Wisniewski, presbítero da Congregação da Missão (padres vicentinos) Província do Sul, mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em resenha crítica sobre o livro 10 anos de Francisco: balanço e perspectivas, de Francisco de Aquino Júnior e Ney de Souza (2023). O artigo foi enviado ao Instituto Humanitas Unisinos — IHU.
Em 2023 celebramos os 10 anos do pontificado de Francisco. A eleição de Francisco como bispo de Roma, em 2013, marca uma nova etapa na vida Igreja. Vivemos com Francisco o despontar de uma “nova primavera eclesial”, ou seja, uma nova fase no processo de recepção do Concílio Vaticano II, marcada por uma “conversão missionária da Igreja” como “saída para as periferias” e uma retomada da eclesiologia do Povo de Deus em termos de “sinodalidade” ou “Igreja sinodal”. Dez anos depois da eleição ocorrida no contexto de uma crise sem precedentes da Igreja, é natural que se pergunte pelo significado e pelo alcance dos propósitos reformadores, propósitos que foram sendo traduzidos em projetos e ações concretas do Papa.
Neste horizonte, o livro 10 anos de Francisco: balanço e perspectivas (Recriar, 2023), organizada por Francisco de Aquino Júnior e Ney de Souza, traz um balanço desses 10 anos de Francisco, destacando as novas perspectivas que se abrem para a vida e a missão da Igreja no mundo, bem como, ajuda o leitor a compreender a dimensão e densidade do processo de renovação eclesial em curso, tanto do ponto de vista da constituição e do modus vivendi et operandi da Igreja, quanto do ponto de vista de sua missão salvífica no mundo.
Capa do livro "10 anos de Francisco: balanço e perspectivas" (Recriar, 2023, 350 páginas), organizado por Francisco de Aquino Júnior e Ney de Souza. (Foto: Divulgação)
Os dezessete capítulos que compõem este livro foram escritos por autores e autoras de diferentes tradições religiosas comprometidos com a caminha eclesial e apresentam leituras e releituras sobre o pontificado de Francisco apontando os caminhos a serem percorridos no ambiente eclesiológico a partir das reformas iniciadas por Francisco:
Na primeira reflexão intitulada Francisco, filho do Concílio e da teologia latino-americana (13-27), Ney de Souza, doutor em História eclesiástica traz uma apresentação histórica sobre Bergoglio, o Papa Francisco: sua biografia (p. 13-16), suas viagens (p. 16-19), seus escritos-, encíclicas, exortações e outros escritos (p. 19-25) e a esperança de uma reforma para que a instituição siga fielmente os passos de Jesus de Nazaré (p. 25-26).
A reforma da Igreja: processos e paradoxos (p. 29-54), é o assunto abordado por João Décio Passos, doutor em Ciências Sociais. Para ele, “o propósito de reforma da Igreja será a marca do pontificado e da personalidade de Francisco, para além dos juízos de mérito ou dos testes de eficácia a que possa ser submetido” (p. 29). Diante disso, o referido autor pergunta-se sobre o alcance das reformas empreitadas por Francisco e, se é possível perceber mudanças efetivas na cultura, na política e na estrutura eclesial, observando que no caso da Igreja católica, edificada sobre uma tradição milenar e estruturada em uma instituição burocraticamente ampla e consolidada e fundamentada teológica e juridicamente por parâmetros seguros e rígidos, os intentos reformadores adquirem peculiaridades que exigem exame minucioso, para se evitarem simplificações, sendo por isso, indispensável ater-se nas dimensões e na gradatividade das reformas, bem em seus elementos contraditórios e paradoxais (p. 30-53).
Na terceira reflexão intitulada A espiritualidade do Papa Francisco: sob a inspiração de Francisco de Assis e Inácio de Loyola (p. 55-76), a doutora em Ciências da Religião Ceci M.C. Baptista Mariani tece considerações sobre a espiritualidade do pontífice. Observa que a exemplo de Santo Inácio, o papa assume Francisco de Assis como inspiração para seu pontificado e, permanecendo fiel à espiritualidade inaciana que tem no seu centro a orientação para o discernimento (p. 58-63), assume o desejo de imitar o Poverello de Assis (p. 63-64) fazendo-se próximo dos pobres (p. 64-67), buscando a paz e exortando o cuidado com a criação (p. 67-71).
O quarto capítulo escrito por Roberto Malvezzi aborda a questão da opção pelos pobres no pontificado de Francisco (p. 77-95). Observando que “essa opção pelos pobres é uma teologicidade-pastoralidade-espiritualidade que brota na América Latina, mas que Francisco a torna integral e universal. Ao ampliar o leque das periferias, alarga e universaliza a opção pelos pobres” (p. 77), o referido autor mostra o quanto Francisco enriqueceu a opção pelos pobres abrindo o leque para todo o tipo de periferia, insistindo que a Igreja seja em saída, isto é, que vá ao encontro de todos e todas, sendo a promotora de uma espiritualidade integral e integradora, do amor à criação e à fraternidade universal (p. 79-88). Salientando que “os empobrecidos e descartados não são objetos de caridade, mas sujeitos de mudanças profundas na sociedade” (p. 85-87), no entanto, ficam os questionamentos onde essa opção ainda não conseguiu chegar devidamente: o caso das mulheres e das populações LGBTQIA+ (p. 88-92).
Na quinta reflexão Um olhar sobre a Igreja durante a “década franciscana: considerações sobre o projeto eclesiológico do papa Francisco (p. 97-125), o doutor em Teologia Reuberson Ferreira destaca que esse projeto eclesiológico em curso é marcado por um “apelo à sinodalidade, a missionariedade e ao compromisso com os pobres” (p. 98). Diante disso, apresenta as bases desse processo (p. 98-105), crendo que ela foi gestada, mesmo que não deliberadamente, ao longo da vida e das opções de Bergoglio, desde seu ofício como presbítero até o cardinalato. Em seguida, o autor apresenta o que acredita ser a síntese eclesiológica do projeto desenhado por Francisco, algo que é fruto das ideias de Bergoglio, mas também das demandas contextuais da Igreja e de muitos cardeais durante as Congregações Gerais que antecederam o conclave que o elegeu (p. 106-11). Contíguo a este ponto, são apresentados os elementos que compõem a centralidade do que se julga ser o projeto eclesiológico defendido por Francisco (p. 111-120), bem como uma análise dos avanços e retrocessos desde processo ao longo destes dez anos de pontificado (p. 120-122).
Na sexta reflexão, Geraldo de Mori, doutor em Teologia traz uma reflexão sobre a sinodalidade como o caminho da Igreja no terceiro milênio (p. 127-146), salientado que a sinodalidade “não parecia tão central quando ele iniciou seu ministério à frente da Igreja, mas que, 10 anos depois, parece sintetizar bem o estilo e o caminho que propõe para uma verdadeira conversão e reforma da Igreja, habilitando-a ao anúncio da alegria do Evangelho que é tornar presente o Reino de Deus no mundo” (p. 127), e, por isso este capítulo, baseia-se, num primeiro momento, nos textos de Francisco que tratam diretamente do tema da sinodalidade, mostrando o deslocamento de uma compreensão da sinodalidade reservada aos bispos presente na decisão de Paulo VI de criar a instituição do Sínodo dos Bispos, a uma sinodalidade que implica todo o povo de Deus pela releitura que Francisco faz da categoria povo de Deus, da Lumen gentium (p. 128-134). À luz desta compreensão alargada de sinodalidade, num segundo momento mostra-se como o anúncio do evangelho no mundo atual só se realiza de fato se se traduz em serviço à fraternidade e à amizade social (p. 135-144).
A sétima reflexão traz com temática a Conferência Eclesial da Amazônia- CEAMA (p. 147-160). Para Paulo Suess, doutor em Teologia ela é “um paradigma do magistério de Francisco” (p. 147), “um fruto da releitura sinodalidade do Vaticano II” (p. 159), uma vez que a CEAMA conta com o Papa Francisco como uma referência fundamental, que desafia toda a Igreja a buscar novos caminhos, na perspectiva de uma ecologia integral. Nesse sentido, a CEAMA nasce com o objetivo de ser um organismo episcopal que promova a sinodalidade entre as igrejas da região, que ajude a delinear a face amazônica desta Igreja e que continue a tarefa de encontrar novos caminhos para a missão evangelizadora (p. 151-157). Frente a isso, o autor chama a atenção para alguns lembretes/destaques para que a CEAMA possa cumprir sua missão (p. 158-159), atentos para que “ela não se torne uma Conferência Episcopal para a Amazônia, mas se realize como uma Conferência Eclesial da Amazônia, com plena escuta e participação do povo de Deus” (p. 158).
Na oitava reflexão -, André Gustavo Di Fiore, doutor em Teologia aborda o papel do laicato a partir da visão eclesial construída na leitura do pontificado de Francisco (p. 161-177). O presente capítulo traça um panorama sobre a concepção do laicato a partir do conceito de Igreja em saída, refletindo num primeiro momento, sobre a natureza do laicato nessa concepção eclesiológica (p. 162-170), culminando em uma análise final sobre os avanços e resistências no protagonismo laical nas práxis comunitárias (p. 170-175). Para o autor a concepção de laicato no papado de Francisco é entender os “leigos e leigas como sujeitos eclesiais, chamados ao discipulado missionário a partir do apostolado que lhe é próprio, o de ser Igreja em saída a partir de uma cultura do encontro pautada na caridade misericordiosa e no altruísmo cristão, que tem a fé como fundamento e a promessa do Reino de Deus como premissa para a missão” (p. 170).
O nono capítulo escrito por Olga Consuelo Vélez, doutora em Teologia traz o tema das mulheres no pontificado de Francisco abordando avanços e resistências neste quesito (p. 179-192). Nestas páginas -, fazendo referência às exortações apostólicas de Francisco: Evangelii gaudium, Amoris laetitia, Christus vivit e Querida Amazônia e também as suas palavras em algumas entrevistas uma vez que a espontaneidade de Francisco e sua linguagem simples tem feito com que seus pronunciamentos cheguem a um público mais amplo, realidade que não havia sucedido com seus predecessores -, a autora observa que Francisco iniciou seu pontificado dizendo que “era necessário abrir as portas para uma maior participação das mulheres na Igreja e tem seguido insistindo na importância da mulher nos organismos vaticanos e em outras instâncias” (p. 179). Frente a isso, se pontua em que se tem avançado na efetiva participação das mulheres e quais resistências ainda não foram superadas, inclusive por Francisco, para uma plena inclusão na vida da Igreja.
Na décima reflexão que traz como tema “O ecumenismo e o diálogo inter-religioso no magistério do papa Francisco” (p. 193-218), o doutor em Teologia Elias Wolff observa que “o ecumenismo e o diálogo inter-religioso são tratados em conexão com uma variedade de temas abordados no magistério de Francisco. Assim é no seu ensino ecológico sobre o cuidado da casa comum, a busca da fraternidade universal, o processo sinodal, o pacto educativo global entre outros. Mas o elemento chave para entender a sua proposta ecumênica e inter-religiosa é a eclesiologia da igreja em saída, num processo de conversão pastoral que a torne decididamente missionária. A essa igreja Francisco propõe reformas amplas e profundas, o que implica em redimensionar seu pensar teológico-doutrinal, sua organização doutrinal, sua organização estrutural, os fins e os métodos da missão” (p. 193-194). Para o autor é neste processo que tem lugar o ecumenismo (p. 194-206) e o dialogo inter-religioso (p. 206-215), como algo próprio de uma igreja que sai para o encontro e o diálogo com as igrejas e religiões.
A décima primeira reflexão toca o tema da liturgia (p. 219-236). O doutor em Teologia -, Francisco Taborda salienta que Francisco trouxe consigo uma inovação litúrgica nas vestes e nas atitudes (p. 219-220), bem como um percurso de restauração gradual do espírito e da letra da Sacrosanctum Concilium (p. 221-233). Mostrando que a concepção de liturgia do papa Francisco é fiel à Sacrossanctum Concilium, constituição sobre a liturgia do Concílio Vaticano II (p. 222-226), o referido autor destaca quais os passos foram dados para restaurar a compreensão da liturgia da referida constituição (p. 226-230), e quais as decisões práticas devem ser levadas em consideração para o reestabelecimento da reforma litúrgica, sobretudo, a necessidade de aprender o espírito da mesma através de uma formação para a liturgia e pela liturgia (p. 230-233).
Igreja e sociedade é o assunto tratado pelo doutor em Filosofia Manfredo Araújo de Oliveira na décima segunda reflexão (p. 237-257). Salientando que Francisco manifesta desde o início uma preocupação com a dimensão social da evangelização e, que, evangelizar supõe da Igreja a capacidade de não se refugiar em si mesma, mas de sair de si mesma (p. 235-243), o autor salienta ser necessário discernir os novos caminhos para o Evangelho no mundo, tendo-se em conta que o lugar da comunidade eclesial não pode ser a mesma, mas o mundo como ele está hoje configurado e frente a suas crises profundas, e, se, a missão da Igreja tem a ver com a vida humana como um todo (p. 243-252), faz-se urgente a construção de uma comunidade mundial capaz de efetivar a fraternidade a partir dos povos e nações que vivem a amizade não só no nível interpessoal mas também institucional, atacando as causas estruturais da pobreza construindo juntos a justiça e a paz (p. 252-256).
Família e gênero no pontificado de Francisco é a temática desenvolvida na décima quarta reflexão (p. 295-312). O doutor em Teologia Luís Corrêa Lima ressalta que diante das novas situações e configurações familiares, diferentes do conceito e do ideal de família da Igreja, bem como novas relações e novos matizes sobre o gênero o “papa Francisco tem trazido o ensinamento do Concílio para a realidade da população LGBTQIA+, assim como o faz em relação às novas configurações familiares”, ou seja, Francisco retoma o ensinamento do Concílio Vaticano II sobre a liberdade e a autonomia da consciência. Trata-se do direito de uma pessoa agir segundo a norma reta de sua consciência, e o dever de não agir contra ela. Nela é o sacrário da pessoa, onde Deus está presente e se manifesta. Pela fidelidade à voz da consciência, os cristãos estão unidos aos outros homens não devem de buscar a verdade, e de nela resolver os problemas morais que surgem na vida individual e social (p. 296). Tudo isso trouxe novas perspectivas, desafios teológicos e pastorais em relação à família, gênero e poluição LGBTQIA+ (p. 296-308).
A décima sexta reflexão elaborada por Magali Cunha, doutora em Ciências da Comunicação, traz um olhar evangélico sobre os dez anos de pontificado de Francisco (p. 313-323). Como mulher evangélica, membro da Igreja Metodista a autora ressalta a qualidade de Francisco como “pastor”, elemento significativo de seu papado, característica relevante de uma liderança religiosa sacerdotal, do ponto de vista evangélico (p. 315-317). Para isso, o referido traz destaques de ações do papa Francisco já demarcadas no primeiro ano de seu pontificado, que, a partir dos processos comunicacionais que as divulgaram, tiveram importante repercussão no mundo evangélico (p. 317-322).
Na décima sétima reflexão, o doutor em Teologia Francisco de Aquino Júnior destaca a contribuição de Francisco para o que fazer teológico (p. 325-343). Para o autor “Francisco não formula nem propõe um método teológico. Mas, além de ter um estilo e um modo próprio de fazer teologia, em várias graças, sobretudo em encontro com teólogos/as ou ao falar da importância da teologia e dos teólogos/as, tem problematizado o fazer teológico, destacando as exigências fundamentais para uma teologia que tome em sério seu lugar e sua função na missão evangelizadora da Igreja no mundo atual. Ao fazer isto, Francisco acaba descendo um caminho/método para fazer teologia ou, em todo caso, alguns passos/procedimentos que conferem ao fazer teológico e às elaborações teológicas determinadas características e perspectivas” (p. 326). Diante disso destacamos algumas reflexões e orientações de Francisco sobre a teologia, o fazer teológico e o teólogo: perspectiva conciliar (p. 327-330), missão evangelizadora (p. 330-33), fidelidade criativa à Tradição (p. 333-336), fronteiras e periferias como lugar teológico (p. 336-339).
Recepcionar o profetismo de Francisco... Embora em curso, os 10 anos do pontificado de Francisco são uma “ocasião propícia para alguns balanços. Vários aspectos de sua liderança, à frente da Igreja Católica, têm sido avaliados, internamente, por teólogos/as e pastoralistas, e externamente, por especialistas de diversas áreas do conhecimento e diferentes orientações ideológicas. Algumas análises partem de temas específicos, contemplados ou não no seu magistério ou nas atividades que promoveu desde a sua eleição. Outras propõem leituras mais globais, recorrendo a temáticas tidas como centrais em seu magistério e nas atividades de seu governo” (p. 127).
Eis o teor desta obra escrita a muitas mãos. Uma obra que oferece um conjunto de chaves de leitura e que contribui para a compreensão das decisões do pontificado de Francisco. Certamente a variedade e riqueza das abordagens teológicas aqui apresentadas tornam-se uma leitura enriquecedora para todos/as que buscam compreender “a dimensão e a densidade do processo de renovação eclesial em curso, tanto do ponto de vista da constituição e do modos vivendi et operandi da Igreja, quanto do ponto de vista de sua missão salvífica no mundo” (p. 8).
Com o leque de esperanças que o pontificado de Francisco trouxe para a Igreja que está no mundo e para o mundo -, a presente obra aponta também para o futuro da Igreja Católica administrativa e pastoralmente a partir da profecia de Francisco e que serão concretizadas dentro dos limites e possibilidades institucionais, conforme as dinâmicas políticas e culturais da Igreja Católica (cf. p. 29-54). Dom Vicente Ferreira, Bispo da Diocese de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, ao prefaciar (p. 9-12) este escrito destaca que “muitas mudanças iniciadas pelo Papa Francisco continuarão, apesar das resistências abertas, ocultas ou malévolas. [...] Como os capítulos bem mostram, do ponto de vista de nossa relação com o conjunto da obra da criação divina, não é possível mais querer um corpo saudável em um planeta enfermo. Laudato Si´ continuará inspirando o cuidado com a casa comum, na construção de uma civilização da fraternidade e da amizade social como explicita a Fratelli tutti. Por sua vez, a tônica do livro é que dos descarados virão as senhas pascais, nessa travessia de época. Por isso, a Igreja se fortalecerá enquanto missionária, na vivência de uma sinodalidade solidária com os mais pobres, na promoção do Reino de Deus “ (p. 12).
Eis, portanto, livro que merece atenção. O nível de informação é gigantesco e oferece espaço para estudo e discussão. É convite a fazer frutificar o pontificado de Francisco...