Para Francisco: Ecumenismo e missão estão interrelacionados

Papa e lideres religiosos | Foto: Reprodução

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

05 Setembro 2022

 

A reconciliação entre as igrejas é necessária para alcançar a reconciliação em outros âmbitos, afirmou o papa Francisco em mensagem dirigida à 11ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), reunida em Karlsruhe, Alemanha.

 

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

 

A mensagem foi lida pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch, na primeira sessão do evento, dia 1º de setembro. “A reconciliação entre os cristãos é pré-requisito fundamental para a missão crível da Igreja”, pois “ecumenismo e missão se pertencem e se interrelacionam mutuamente”, destacou Francisco.

 

Ao se reportar ao tema da AssembleiaO amor de Cristo leva a reconciliação e a unidade ao mundo -, o papa frisou que cristãos devem dar um testemunho comum do Evangelho em resposta à injustiça e à divisão no mundo, não só entre as igrejas, mas também entre religiões, culturas, povos, nações e toda a família humana.

 

Em mensagem visual, o patriarca ecumênico Bartolomeu referiu-se ao “pecado de ignorar a presença divina em todas as coisas e em todas as pessoas”. Também se referiu à incapacidade de olhar além “de nós mesmos para discernir e detectar o propósito pelo qual Deus criou todos os seres humanos e todas as coisas”. Perguntou, então, “como podemos reconciliar nossa magnífica fé com nosso evidente fracasso?”

 

O patriarca qualificou o câmbio climático como a maior ameaça ao planeta e invocou arrependimento “por nossos hábitos irresponsáveis e nossas práticas destrutivas para com outras pessoas e com respeito aos recursos naturais”. Lembrou o “sofrimento injusto” provocado pela guerra na Ucrânia. “Nunca deveríamos reduzir nossa vida religiosa a nossos próprios interesses. Deveríamos recordar sempre nossa vocação de transformar toda a criação de Deus”, proclamou.

 

O CMI é uma comunhão de igrejas fundado em 1948 e reúne 352 igrejas das famílias protestantes, evangélicas, ortodoxas e anglicanas, em mais de 120 países. A organização ecumênica também trabalha em cooperação com a Igreja Católica Apostólica Romana.

 

Leia mais