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Jimmy Carter, o último puritano. Artigo de Paolo Naso

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11 Janeiro 2025

“A contingência econômica, no entanto, não ajudou Carter, e alguns de seus programas de reforma social não puderam ser adotados por falta de fundos. Assim, chegamos ao dramático ano de 1979, quando o presidente teve que reagir ao sequestro de 52 reféns estadunidenses na embaixada dos Estados Unidos em Teerã, na época sob o controle dos aiatolás. A missão militar destinada a libertar os reféns foi um fracasso absoluto que decretou o fim da popularidade do presidente e, em seguida, sua derrota nas eleições vencidas por um ator de Hollywood que daria forma a um novo conservadorismo político, muito mais radical do que aquele classicamente interpretado pelo Partido Republicano”, escreve Paolo Naso, sociólogo italiano da Comissão de Estudos da Federação das Igrejas Evangélicas na Itália e professor da Universidade de Roma “La Sapienza”, em artigo publicado por Riforma, 10-01-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Nos últimos dias de um ano marcado, mais do que qualquer outro, por guerras e violação dos direitos humanos, Jimmy Carter nos deixou aos cem anos de idade: provavelmente um dos presidentes dos EUA mais subestimados do pós-guerra.

Até mesmo para o establishment de seu partido, parecia bizarra sua origem de homem sulista, nascido e criado em uma plantação de amendoim, que lhe rendeu o apelido zombeteiro de “presidente do amendoim”; da mesma forma que muitos criticaram sua confissão pública de fé – ele se descreveu como um “Born Again Christian”, um cristão renascido em Cristo, expressão claramente evangélica – ou a insistência com que se apresentava como diácono que ensinava na escola dominical todos os domingos na Igreja Batista Maranata, de Plains, no estado da Geórgia, onde havia crescido.

Poderíamos dizer que era um “puritano”, herdeiro daquela tradição evangélica reformada da qual surgiram algumas das primeiras colônias que mais tarde deram origem aos Estados Unidos. Puritano: especialmente na Itália, é uma palavra mal compreendida e ridicularizada que, ao contrário do senso comum, nos remete à ideia teológica de uma fé pura, naturalmente evangélica, vivida com sobriedade, escolhida por convicção íntima e não por imposição de um rei ou imperador. E, por essa razão, secularmente distinta e separada da política. Em 1976, os estrategistas da campanha democrata sugeriram a Carter que deveria suavizar os tons de sua fé evangélica para adotar uma linguagem mais laica e, do ponto de vista deles, mais universalista. Carter não seguiu o conselho e, naquela eleição, conseguiu conquistar uma grande parte do voto evangélico. Na lama do escândalo de Watergate, que havia custado a carreira e a reputação do presidente Nixon em 1974, os traços simples e até ingênuos da honestidade de Carter lhe renderam os votos de importantes setores do eleitorado religioso e moderado.

Durante seus anos na Casa Branca, Carter desenvolveu uma agenda política que estava em clara descontinuidade com a de seus antecessores republicanos, Nixon e Ford: concedeu anistia a todos os objetores de consciência ao serviço militar no Vietnã; criou dois departamentos (ministérios) estratégicos, o de energia e o de educação; lançou uma rede de negociações com o objetivo de encerrar crises geopolíticas históricas (Panamá, por exemplo) ou pacificar áreas de tensão, principalmente o Oriente Médio. O sucesso mais evidente daquela estratégia foi o Acordo de Camp David, que sancionou a paz entre o Egito e Israel em 1979: um pacto duradouro que ainda hoje constitui um dos poucos pontos fixos no fluido mosaico do Oriente Médio.

A contingência econômica, no entanto, não ajudou Carter, e alguns de seus programas de reforma social não puderam ser adotados por falta de fundos. Assim, chegamos ao dramático ano de 1979, quando o presidente teve que reagir ao sequestro de 52 reféns estadunidenses na embaixada dos Estados Unidos em Teerã, na época sob o controle dos aiatolás. A missão militar destinada a libertar os reféns foi um fracasso absoluto que decretou o fim da popularidade do presidente e, em seguida, sua derrota nas eleições vencidas por um ator de Hollywood que daria forma a um novo conservadorismo político, muito mais radical do que aquele classicamente interpretado pelo Partido Republicano.

Nas eleições de 1980, o voto “religioso” foi para Reagan que, pouco depois, tornou-se o catalisador de uma direita religiosa destinada, com o tempo, a se tornar a principal força dentro do Partido Republicano. O fundamentalismo conservador que domina os Estados Unidos hoje é fruto daquela vitória e, ao mesmo tempo, da derrota daquele evangelicalismo social, sempre secular, idealmente pacifista, inclusivo e respeitoso dos direitos humanos, do qual Carter foi uma testemunha coerente mesmo depois de sua saída da Casa Branca.

Animado por esses valores, Carter assumiu uma postura de pós-presidente, ativo e comprometida com o Habitat for Humanity, uma associação cristã que constrói moradias de baixo custo para os pobres, e com outras organizações de direitos humanos. O Carter Center, na periferia de Atlanta, tornou-se um laboratório reconhecido para a criação de políticas de paz e um centro de apoio às políticas de desenvolvimento. Tudo isso lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002.

Mas também o rompimento com a Convenção Batista do Sul, cada vez mais alinhada com a direita religiosa e com os ambientes do evangelicalismo conservador, hoje declaradamente alinhados com Donald Trump. Fé bíblica, piedade evangélica, compromisso social pela paz, proximidade com os pobres e com as minorias discriminadas: esse é o legado que Jimmy Carter deixa para um cristianismo evangélico hoje minoritário, também nos EUA: um testemunho de fé que, animado por uma forte espiritualidade bíblica e pelo rigor ético, sabe incidir também no plano social e político.

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