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01 Março 2022

 

"O deslizamento global para a direita na política e a ascensão dos regimes autoritários nas últimas duas décadas, entre outras coisas horríveis que fizeram, abalaram a nossa fé na humanidade. Ser submetidos ao terror exercido por milhões de apoiadores de Trump/Boris Johnson/Modi/Bolsonaro/Erdogan..., negacionistas climáticos ou eternos zombadores do sofrimento alheio, prejudicou gravemente a capacidade de muitos de acreditar nos seres humanos".

 

O comentário é de Ece Temelkuran, jornalista e escritora turca, em artigo publicado por La Stampa, 27-02-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

“Só fico chorando dia e noite”, me escreveu em uma mensagem um amigo russo, autoexilado em uma capital europeia. Com carinho e severidade ao mesmo tempo, respondi bruscamente: “Pare de reclamar e grite! Grite até não aguentar mais." "Com quem?", ele me respondeu desconsolado. Há alguns dias, “Não à guerra” era o enésimo hashtag que tentava desesperadamente entrar na lista dos trending topics mundiais. Graças aos milhares de corajosos manifestantes pela paz na Rússia, a voz pela paz do resto do mundo está lentamente se fazendo ouvir, infelizmente só agora que a Ucrânia não pode mais evitar de ser bombardeada.

 

O que mudou, nos últimos vinte anos, desde os protestos globais "Não à Guerra" que havíamos organizado contra a invasão do Iraque? Acabamos por nos transformar naquele tipo de pessoas descritas por Steve Tesich, que em 1992, durante a guerra da Bósnia, cunhou a expressão "pós-verdade", ou seja, "os protótipos de um povo pelo qual os monstros totalitários só podiam babar em seus sonhos"? Desistimos porque falhamos? Ou a deriva global em direção ao autoritarismo das últimas duas décadas nos levou a isso?

 

Talvez muitos de nós tenham acabado por se convencer que somos completamente irrelevantes no grande esquema da política. Mas, felizmente, parece que nem todos se resignam a aceitar o próprio entorpecimento forçado. E esta é provavelmente a razão pela qual muitos nestas horas destacam semelhanças entre o ataque à Ucrânia e a invasão da Tchecoslováquia na Segunda Guerra Mundial.

 

A conta oficial do Twitter da Ucrânia postou o meme Putin-Hitler no primeiro dia da invasão. Como se estivesse tentando revitalizar uma reação profundamente enterrada, ou talvez pelo desejo de encontrar familiaridade no desconhecido, voltando ao que se conhece do passado. No entanto, essa invasão não acontece na época em que Chamberlain descrevia a Tchecoslováquia como "um país sobre o qual nada sabemos".

Vivemos em uma época em que as guerras têm o maior e mais atento público, mas desta vez não é a nossa conexão digital que torna tudo muito próximo de casa: é a vergonha excruciante dos russos representados pelo pior de seu país; é a raiva dos estadunidenses, enquanto seu país volta a decepcionar um povo distante e, finalmente, é o medo dos ucranianos e a ideia de que, em qualquer país, o que começa como uma brincadeira absurda possa terminar em uma noite vivida no terror em uma estação de metrô. Não são as mídias sociais, mas o compartilhamento de todas essas emoções políticas que nos conectam globalmente. Portanto, nossa vergonha é maior do que em qualquer outro momento da história. E só é possível livrar-se dessa vergonha organizando-se entre aqueles que a sentem.

 

Há apenas uma semana, um ucraniano tuitou, na calma do desespero, pedindo conselhos a pessoas de outros países que vivenciaram a guerra. Em uma longa sequência de comentários, livres das costumeiras tolices, um jovem da Síria compartilhou a sua experiência: “Primeiro, cuide da eletricidade e compre um gerador. Depois...".

 

Entramos em uma nova era quando as primeiras bombas caíram sobre a Ucrânia. Esta é a era em que o ser humano se encontrará nu entre a "full metal jacket" dos regimes autoritários e a incompetência das instituições internacionais. A pandemia foi apenas um exercício de aquecimento.

 

Aprendemos a viver entre o fracasso colossal das instituições globais ou nacionais e a indiferença dos líderes autoritários. A pandemia foi quase uma preparação para nós, a geração órfã, aprendermos a operar sem eles por meio de organizações de ajuda mútua. Seria desnecessariamente apocalíptico dizer que esta será a nossa nova normalidade. No entanto, depois de ter assistido a guerra na Síria e a crise de refugiados que se seguiu, não seria surreal dizer que agora é a nossa vez de sobreviver, e sobreviver juntos.

 

O deslizamento global para a direita na política e a ascensão dos regimes autoritários nas últimas duas décadas, entre outras coisas horríveis que fizeram, abalaram a nossa fé na humanidade. Ser submetidos ao terror exercido por milhões de apoiadores de Trump/Boris Johnson/Modi/Bolsonaro/Erdogan..., negacionistas climáticos ou eternos zombadores do sofrimento alheio, prejudicou gravemente a capacidade de muitos de acreditar nos seres humanos.

 

Esse estado político-emocional de nossa época paralisou tantos de nós que começamos a pensar que de nada serve agir pela humanidade ou que, pior ainda, a humanidade não merece nossas ações desinteressadas pelo bem.

 

No entanto, deve-se lembrar que esta é uma daquelas horas mais sombrias em que só se pode sobreviver criando ou testemunhando a beleza política junto com os outros. Ao contrário do que o sistema dominante nos obriga a acreditar, os seres humanos são criaturas desinteressadas que vivem da beleza e com a beleza. Chorem se quiserem, mas gritem sempre que puderem, para que continuar a ser humano no século XXI ainda seja possível.

 

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