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Gaza: o santuário violado. Artigo de Stephanie Saldaña

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20 Outubro 2023

"Não foi a primeira vez que os hospitais de Gaza chegaram às manchetes nessa onda de violência, na qual pelo menos 3.300 palestinos e 1.400 israelenses foram mortos. Muitos médicos dos hospitais nas zonas de evacuação de Gaza declararam que não era seguro transportar os seus pacientes doentes e recusaram-se a abandoná-los, arriscando a própria vida. Monsenhor Hosam Naoum, arcebispo anglicano na Terra Santa, ressaltou que estão determinados a manter abertos os hospitais e as igrejas durante a guerra. Mesmo depois dos acontecimentos de ontem, disse que o hospital al-Ahli permanecerá em funcionamento, um modelo de fidelidade", escreve Stephanie Saldaña, escritora, professora e jornalista especializada em diversidade religiosa no Oriente Médio, com foco em refugiados, em artigo publicado por Settimana News, 19-10-2023.

Eis o artigo.

No dia 17 de outubro houve uma explosão que atingiu o hospital árabe al-Ahli em Gaza. Enquanto escrevo, o Ministério da Saúde palestino informa que 471 palestinos morreram na explosão. Certamente mais pessoas morrerão nos próximos dias. Um número incalculável de feridos.

Também conhecido como Hospital Episcopal Anglicano Al-Ahli, é administrado pela diocese anglicana de Jerusalém, onde milhares de palestinos inocentes buscaram refúgio da guerra e dos bombardeios. É o lugar onde os feridos esperavam serem curados, os doentes serem tratados, os moribundos morrer com dignidade. É onde pais, avós e crianças tentavam dormir, buscando abrigo dos constantes ataques aéreos. Não era apenas um hospital. Era um refúgio. Ainda não conhecemos todos os nomes dos mortos. Mas sabemos que os mortos têm nomes.

Os jornais dizem que “houve uma explosão”, como se tivesse acontecido por si só. Cada lado culpa o outro e ninguém quer assumir a responsabilidade por tal carnificina. Mesmo assim, os mortos continuam mortos. É possível reconhecer as crianças nas fotos, suas pequenas pernas, seus pés aparecendo por baixo dos cobertores.

Quero escrever sobre algo que conheço: o que significam os hospitais nas zonas de conflito, em Gaza, em Belém ou em Jerusalém. Eu conheci muitos. Dei à luz aos meus dois filhos num desses hospitais em Belém, um hospital católico onde a maioria dos pacientes são muçulmanos, muitos dos quais não têm condições de pagar. Quando o meu filho mais velho machucou a perna, o seu ferimento foi tratado noutro hospital católico no Monte das Oliveiras, em Jerusalém – onde as mulheres de todas as religiões vão para dar à luz. Em todo caso, estávamos todos juntos, pobres e ricos, de todas as religiões e aqueles que não creem, porque a única coisa que importa quando estamos no hospital é o fato de sermos seres humanos feridos e que precisamos de cura.

Não são apenas hospitais. São refúgios, lugares onde todos somos reconhecidos como feitos à imagem de Deus. São, em muitos casos, os últimos lugares de mente sã que parecem existir em tempos de guerra. A guerra é o oposto de um hospital. A guerra é uma perda de humanidade, uma destruição da vida. Um hospital tenta salvar a vida.

Não foi a primeira vez que os hospitais de Gaza chegaram às manchetes nessa onda de violência, na qual pelo menos 3.300 palestinos e 1.400 israelenses foram mortos. Muitos médicos dos hospitais nas zonas de evacuação de Gaza declararam que não era seguro transportar os seus pacientes doentes e recusaram-se a abandoná-los, arriscando a própria vida. Monsenhor Hosam Naoum, arcebispo anglicano na Terra Santa, ressaltou que estão determinados a manter abertos os hospitais e as igrejas durante a guerra. Mesmo depois dos acontecimentos de ontem, disse que o hospital al-Ahli permanecerá em funcionamento, um modelo de fidelidade.

Em tempos de incerteza, as pessoas estão sempre em busca de um lugar seguro. Um abrigo nuclear. Um vão de escada. Ontem, em plena guerra, os cristãos da Terra Santa reuniram-se nas suas igrejas para um dia de oração e de jejum pela paz. Do lado de fora da nossa igreja em Belém, depois da oração, um dos nossos paroquianos me disse: “Não deixem seus filhos saírem. Eu só saio de casa para ir à igreja”. A Igreja. Um lugar seguro. Foi lá que celebramos a missa nos primeiros dias da guerra, e o som das nossas vozes cantando em Belém era pouco mais alto do que aquele dos foguetes explodindo nas proximidades.

Durante a guerra, pessoas de todas as religiões refugiam-se nas igrejas, não somente os cristãos. O padre Elias, sacerdote de uma igreja greco-ortodoxa em Gaza que acolhia tanto cristãos como muçulmanos, declarou recentemente numa entrevista à Al-Jazeera: “A guerra não conhece religião”. E as pessoas também encontram refúgio nos hospitais das igrejas: a igreja de São Filipe estava localizada dentro do complexo hospitalar al-Ahli, em Gaza. As bombas que caem sobre você não pedem sua carteira de identidade, não importa se você é muçulmano, cristão, protestante, católico ou ortodoxo, se você é uma criança ou um avô; simplesmente caem, e aqueles que sofrem o fazem juntos. E esperam juntos. E choram juntos. E oram juntos. Um hospital em tempo de guerra é um testemunho da nossa humanidade coletiva. Quero que saibam que a explosão de ontem ocorreu num lugar sagrado.

Por essa razão, uma declaração divulgada pela Diocese Episcopal de Jerusalém chamou o ataque ao seu hospital de “sacrílego” e escreveu que “os hospitais, de acordo com os princípios do direito internacional, são santuários, mas este ataque transgrediu os sagrados confins”. A declaração dos Patriarcas e Chefes das Igrejas de Jerusalém definiu o evento como uma “horrível destruição de um santuário de compaixão e cura em Gaza”. Com emoção, o arcebispo Hosam contou que as crianças, no dia anterior à explosão, tinham se reunido no pátio do hospital para brincar e cantar canções pela paz.

Portanto, não estou dizendo apenas que ocorreu uma explosão num hospital em Gaza. Estou dizendo que aconteceu também numa casa. Estou dizendo que também era uma terra santa, porque tenho certeza de que as famílias dormiam juntas e ali se orava ininterruptamente - mesmo sob os escombros enquanto morriam inocentes.

E agora acordamos diante do que resta, e o mundo sabe que era uma ficção que as famílias de Gaza (a maioria das quais já são refugiadas, e metade delas são crianças) pudessem fugir para algum lugar seguro durante a guerra. Não há nenhum lugar seguro. Essas pessoas inocentes fugiram para um lugar que consideravam seguro e lá morreram.

Se escrevo agora é porque entendi, por outros conflitos, que o bombardeio desse hospital é um ponto de virada. Já vi demasiados outros casos em que o mundo virou a cara para o outro diante da morte em massa, com consequências terríveis. É necessário um cessar-fogo imediato, a abertura de corredores humanitários para cuidar dos doentes e dos feridos e o fim desta espiral de violência que só traz mortes e mais mortes de ambos os lados.

O Papa Francisco convocou um dia de jejum e oração para 27 de outubro, afirmando que a guerra “cancela o futuro”. Hosam, em coletiva de imprensa, também pediu às pessoas de boa vontade em todo o mundo que interviessem para parar a guerra. Depois de pedir um dia de luto pelas pessoas que morreram na explosão do hospital, disse: “Esperamos que as pessoas cheguem à conclusão de que é preciso terminar esta guerra. Chega de vidas perdidas por todos os lados".

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