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24 Abril 2025

“Talvez, como dizia Simone Weil, 'a verdadeira atenção é a forma mais rara e pura de generosidade'. Francisco exerceu essa atenção. E agora, o mundo olha para Roma, esperando para ver se essa atenção, que ele tornou central, continuará iluminando o caminho da Igreja”, escreve Lisandro Prieto Femenía, escritor e filósofo argentino, em artigo publicado por Insurgencia Magisterial, 22-04-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Parece ontem, mas em 13-03-2013, Jorge Mario Bergoglio, jesuíta argentino, foi eleito o primeiro papa latino-americano, o primeiro jesuíta e o primeiro a adotar o nome Francisco. A partir daquele momento, o mundo católico soube que algo estava mudando. Seu papado não foi de ruptura doutrinária, mas de uma profunda guinada pastoral e teológica.

Com uma eclesiologia que devolveu a centralidade aos pobres, aos descartados e ao próprio planeta Terra, Francisco redefiniu o modo de ser Igreja no século XXI. Hoje, 21 de abril de 2025, nas primeiras horas da madrugada na Argentina, sua morte marca o fim de uma era que nos deixa diante do desafio de compreender o seu legado.

O núcleo da teologia de Francisco pode ser resumido em sua convicção de que “o tempo é superior ao espaço” (Evangelii Gaudium, 222), o que significa que a Igreja deve abrir processos em vez de consolidar espaços de poder. Essa lógica temporal lhe permitiu avançar rumo a uma Igreja aberta, não autorreferencial, voltada ao encontro com o outro, sobretudo com aqueles que passam por dificuldades.

No centro desta visão está a sua concepção de misericórdia, não como simples condescendência, mas como práxis radical que interpela as estruturas: “A Igreja vive um desejo inesgotável de oferecer misericórdia” (Misericordiae Vultus, 10), escreveu ao convocar o Jubileu da Misericórdia. Longe de ser um sentimentalismo superficial, Francisco quis recuperar, aqui, uma intuição profunda, herdada do grande Tomás de Aquino, que expressou que “a misericórdia é a maior das virtudes porque é o efeito do amor divino” (cf. Suma Teológica, II-II, q.30, a.4).

Essa misericórdia nunca, escutem, nunca é neutra: tem um rosto concreto, o do pobre. A sua famosa frase: “Como eu gostaria de uma Igreja pobre para os pobres!” (Evangelii Gaudium, 198) não é um slogan, mas uma posição teológica. Em consonância com a opção preferencial pelos pobres, Francisco revalorizou as periferias como lugar da revelação: não só o centro salva, mas a margem que interpela. Seguindo os profetas e Jesus, que comia com os pecadores e tocava nos leprosos, o Papa propôs que a Igreja não falasse de cima, mas com os que sofrem.

Por sua vez, um dos gestos mais disruptivos de seu pontificado foi a publicação da Laudato Si’ (2015), encíclica que rompeu com os padrões ao unir ecologia, justiça social e espiritualidade. Inspirado em São Francisco de Assis, o Papa Francisco propôs uma ecologia integral, que denuncia tanto a devastação ambiental quanto a lógica do descarte humano: “Não há duas crises separadas, uma ambiental e outra social, mas uma única e complexa crise socioambiental” (Laudato Si’, 139).

Cuidar da “casa comum” não é uma questão técnica, mas estritamente moral. Aqui, Francisco introduziu uma espiritualidade da humildade frente à criação divina, ao expressar: “descobrir cada criatura como palavra de Deus” (Laudato Si’, 85), recuperando assim a sensibilidade franciscana que estava quase completamente ausente em grande parte da teologia moderna.

Sobre este último ponto em particular, vale destacar que sua visão não era ingênua: há uma crítica frontal ao capitalismo predatório, ao consumismo e à indiferença global. Em um gesto muito pouco comum para um Papa, chegou a sustentar que “esta economia mata” (Evangelii Gaudium, 53). De uma perspectiva filosófica, poderíamos argumentar que Francisco fez um deslocamento ético: o comum não é mais apenas o que é compartilhado entre os humanos, mas também com a Terra, os animais, o clima, a criação.

Francisco também promoveu fortemente uma “conversão pastoral” de toda a Igreja. Seu impulso em direção a uma Igreja sinodal – ou seja, uma Igreja que caminha unida e escuta – supôs uma crítica implícita ao clericalismo que reduz o Evangelho à norma e ao poder: “O clericalismo anula a personalidade dos cristãos e tende a minimizar a graça batismal” (Discurso ao Comitê Executivo do CELAM, 28-07-2013).

Na linha de Congar, Rahner e De Lubac, o Papa acreditou que o sensus fidei do Povo de Deus não é inferior ao magistério hierárquico. Daí sua abertura à consulta, ao discernimento comunitário, ao respeito pela diversidade cultural. Como diria o teólogo argentino Rafael Tello, que influenciou seu pensamento: “O povo crente tem uma sabedoria teológica que nasce do sofrimento e da esperança”. Francisco tentou levar isto ao Vaticano e a todas as paróquias do mundo.

Para encerrar, queridos leitores, só nos resta fazer a seguinte pergunta: o que fica de Francisco? Sua morte deixa em aberto a dúvida de se foi compreendido em seu tempo. Talvez, não tanto. Sua insistência na misericórdia foi confundida com o relativismo; sua opção pelos pobres, com populismo; sua sinodalidade, com fragilidade institucional. No entanto, seu legado não pode ser medido por reformas estruturais, nem por dogmas promulgados. O verdadeiramente revolucionário em Francisco foi o seu testemunho: escolheu viver e morrer com simplicidade, falou sem medo e sempre se colocou ao lado dos últimos da fila.

O que fica, então, não é tanto uma doutrina nova, mas um modo de ser católico. Um modo mais parecido com Jesus de Nazaré, que não escreveu tratados, mas caminhou com os que sofriam. Talvez, como dizia Simone Weil, “a verdadeira atenção é a forma mais rara e pura de generosidade”. Francisco exerceu essa atenção. E agora, o mundo olha para Roma, esperando para ver se essa atenção, que ele tornou central, continuará iluminando o caminho da Igreja.

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