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Igreja Católica no rumo certo. Artigo de Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos

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27 Mai 2024

“Se há uma deslavada mentira, propagada a sete ventos, é a de que a Igreja Católica estaria perdida! Concordo que seja irrelevante no atual momento, assistindo ao seu histórico poder se esfarelando. Mas não está perdida! Bem pelo contrário”, escreve Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos, padre da Arquidiocese de Londrina. “A Igreja minoritária, irrelevante, pobre, despojada e, às vezes, “nua”, trilha o caminho do Evangelho, como já nos lembrava Francisco de Assis e tantos outros profetas”, pontua. “Somos irrelevantes, mas ainda estamos no jogo, do jeito certo! E não estamos perdidos!”, conclui.

Eis o artigo.

Houve uma época em que se praticava a apologética e ela parecia necessária. Não creio que tenha mais sentido hoje. Contudo, faz-se mister ad intra, reforçar o que está dando certo.

Se há uma deslavada mentira, propagada a sete ventos, é a de que a Igreja Católica estaria perdida! Concordo que seja irrelevante no atual momento, assistindo ao seu histórico poder se esfarelando. Mas não está perdida! Bem pelo contrário. Embora navegue em denso nevoeiro, tem um sofisticado GPS e um timoneiro à altura das tormentas culturais desta mudança de época. A Igreja Católica sabe onde quer chegar! Na redescoberta da sua origem e missão, proporcionada pelo Concílio Vaticano II e com o Magistério de Francisco, ela não tem dúvidas quanto ao seu papel no mundo, em qualquer momento histórico, e concretamente no atual.

É óbvio que isso implica metamorfoses drásticas, dolorosas e processuais, das quais ela não pode fugir. Foram cinquenta anos de embates teológicos repletos de atitudes dúbias, que tiveram o demérito de atrasar a execução plena do Concílio. E isso, mesmo com as Conferências Latino-Americanas e Asiáticas clamando por um aggiornamento imprescindível.

A Igreja do final do século XX ganhou, outrossim, nas viagens apostólicas de um papa carismático e Pop-Star, uma sobrevida. Ela se impôs como player na queda do Muro de Berlim, na proximidade com Reagan e Margareth Thatcher e, principalmente, numa centralização mediévica da Cúria Romana. Essa Igreja, sim, estava equivocada! Perdida! Respirando por aparelhos! Foi assim que a achou o Papa Bento XVI, sem nenhuma surpresa.

Quais seriam, em última análise, os critérios para ponderarmos sobre os corretos rumos da Igreja?

Uma singela premissa hermenêutica da Igreja enquanto tal, leva-nos a crer que quanto mais ela se aproximar do ideal do seu Fundador, mais coerente e verdadeira. Ora, Jesus nunca pretendeu criar uma Religião. Uma Igreja sim! Uma Eclésia, um povo, que deveria viver segundo determinados preceitos e com esse modus vivendi contagiar o mundo. A Instituição não nasceu com Jesus de Nazaré. Ela surgiu com Constantino! A partir do século IV, a Eclésia deu lugar ao aparato estatal de uma extensão do Império Romano e, anos mais tarde, à sua substituição!

A comunidade dos seguidores de Jesus de Nazaré ficou ínfima comparada com o tamanho de uma cristandade que se foi impondo no mundo, aliada ao poder temporal. Essa foi a Igreja até “ontem”! Sobreviveu a mudanças culturais, surfando em teologias do medo e devocionismos, lançando mão de condenações do mundo e até de horrores! Nem a Reforma de Lutero, nem a Revolução Francesa, nem o galopante laicismo do final do século XIX, a conseguiram fazer parar! Ela fazia santos de batina e hábito e excomungava quem se opunha. Até ao Novo Pentecostes do Concílio Vaticano II.

Esse modelo de Igreja, não importa se durou 16 séculos, não correspondia à sua missão original. Claro está que, nesse período, homens e mulheres viveram a santidade e inúmeras instituições acadêmicas e assistenciais surgiram do seu seio. Afinal, a Instituição vivia a tensão do “santa e pecadora”, do “tesouro em vasos de argila”, mas o mundo que ela deveria contaminar foi-se esguiando, esguiando e, finalmente, esvaiu-se entre os seus dedos, tal areia fina da praia! Uma Instituição forte e híbrida, querendo converter o mundo, não poderia dar certo! (extra Ecclesiam nulla salus). O Concílio e principalmente a pós-modernidade (ou os dois juntos) puseram um ponto final melancólico a esse modelo.

A Igreja do século XXI está no caminho certo, embora como lembra Halík, no seu entardecer. A esperança que a anima não é da esfera humana; ela espera, hoje, “contra toda a esperança”! Quando o Papa Francisco, ao convocar o Jubileu Ordinário de 2025, trouxe esse tema “peregrinos da esperança”, nos provocou para estarmos a caminho, construindo e dando razões da nossa fé e da única esperança consistente, aquela que vem de Deus. A Igreja minoritária, irrelevante, pobre, despojada e, às vezes, “nua”, trilha o caminho do Evangelho, como já nos lembrava Francisco de Assis e tantos outros profetas.

Mas esta Igreja peregrina que retomou o rumo certo, necessita ela mesma de uma profunda e constante conversão. Apesar de saber onde quer chegar, se não abandonar com alegria as roupagens que ainda a prendem a um passado esclerosado, em forma de clericalismo, hierarquismo, narcisismo etc. não irá a lugar algum! Como uma frase que li no Caminho de Santiago: “mesmo que vás do oriente ao ocidente, se não descobrires a liberdade de seres tu mesmo, não foste a lugar algum”! A Igreja de Jesus Cristo, tem que valorizar a unidade proporcionada pelo sacramento do Batismo e rever urgente a teologia dos ministérios ordenados.

Os leigos não são um detalhe! Eles são a Igreja. Ao lado dos ministros que os servem, revelam o rosto de Jesus com uma mensagem pertinente e atual para o homem e a mulher deste século! Eles são os que “estão no mundo”, mas não lhe pertencem! O fermento na massa! São peregrinos em busca, como todos os seres humanos. A verdade é partilhada, é um livro que não se acabou de ler! A Igreja usa a pedagogia de seu mestre ao acolher e não condenar. Essa Igreja será pobre com os pobres e verá neles os sujeitos e protagonistas da evangelização. Uma Igreja em permanente conversão ao Cristo que mora no pobre!

Ser Igreja de fato, talvez constitua o elemento mais importante da pertença. Contudo, sê-lo de direito, também radica no sacramento do Batismo. As mulheres desejam participar das decisões de poder. Não é o poder pelo poder, mas, sim, a retirada dos obstáculos à “efetiva participação da mulher na Igreja”! Se o poder é serviço, diaconia o é por definição.

Seria de bom tom e proveito para a Instituição que o feminino colocasse o dedo na esfera dos que determinam os caminhos por onde passa a Igreja neste milênio. Nos Seminários, nas Cúrias, nos Conselhos (que deviam ser deliberativos e não consultivos) e que se voltasse a discutir sem medo a diaconia feminina. A abertura dessas instâncias às irmãs na fé, é acima de tudo uma questão de justiça e gratidão! Mais do que um problema teológico! Portanto, o que está em causa é abolir o binômio “clérigo-poder”!

Elas estavam lá, no anúncio primeiro da Ressurreição, na saga dos Atos dos Apóstolos e nos primeiros séculos da Igreja. Elas sumiram porque a Igreja de Jesus Cristo se mundanizou e ajudou a criar uma cultura machista, que vigorou até ao século XX. Se as mulheres foram usadas e relegadas a um plano serviçal, inclusive no campo sexual, como simples parideiras, a Igreja teve a sua parcela de culpa! Não se encontra na Sagrada Escritura nenhuma fundamentação para essa cultura escravizante da mulher, que não seja uma leitura literal, alheia à contextualização cultural do Antigo e até do Novo Testamento.

Nas ações e palavras do Mestre, existe, sim, um modus operandi contrário, de respeito à mulher enquanto tal! E se em alguns casos essa mulher aparece em forma de “prostituta” ou “possuída por demônios”, reforça-se a ideia de que há na atitude de Jesus uma libertação total da mesma! Há um direito inalienável da mulher enquanto tal. Por ser mulher! Por ser cristã. Por ser batizada! Impõe-se um resgate histórico que não se trata apenas de compensação. Também neste item, a Igreja retomou o caminho.

O tom do rumo adequado para esta “Igreja de Francisco” já foi dado pelo Pacto das Catacumbas, firmado por vários prelados no final do Concílio. Bispos despojados dos símbolos do poder, a autoridade efetivamente como serviço e, agora, sinodal! Vestes que nos remetam simbolicamente ao Império são caricatas e inapropriadas para este modelo eclesial proposto. Quem empreende uma longa caminhada, opta pela singeleza e leveza! (Lc 10, 4).

Uma Igreja que se descobriu também ao mergulhar profundamente na ecologia integral. Ao pautar a ecologia e a pobreza como duas faces da mesma moeda. A economia solidária como verdadeira alternativa a um capitalismo dilacerante. O planeta terra, como nossa “Casa Comum”. Francisco colocou na Laudato Si' o DNA do Evangelho, que já tinha surgido no poverello de Assis. A Igreja não se tornou ambientalista, mas abrangeu todos os ângulos da saga humana, como lhe compete. “Não há duas crises, uma social e outra ambiental! Mas uma única e complexa crise socioambiental”! (LS 139) A Igreja é hoje uma defensora crível do equilíbrio ambiental, levando o tema para dentro da sua missão. É o direcionamento certo!

Só este modelo de Igreja, inclusiva, mais “democrática” e simples, terá lugar no caldo cultural do século XXI. E esta foi a grande sacada de Francisco ao nos fazer olhar para a origem e para a verdadeira Tradição! Assim sendo, ele coloca a Igreja no patamar correto, junto “aos anseios do homem pós-moderno” (GS)! Não os sacraliza, mas os respeita na sua autonomia! A oposição interna a esta visão de Igreja vem da miopia dos que se recusam a aceitar o game over da cristandade! Uma nostalgia “suicida”, como a chamou há poucos dias, o próprio Papa. A Igreja não tem um fim em si mesma, numa autorreferencialidade sufocante! Ela vive intrinsecamente para a missão que lhe foi confiada e isso a define! A credibilidade da Igreja virá pelo testemunho, algo que já Paulo VI chamava a atenção nos anos sessenta!

Estar no rumo certo, enfim, é não deixar ninguém para trás, tendo como prioridade os valores do Reino. É não se perder em discussões irrelevantes, as quais já não têm nem palco, nem plateia!

Somos irrelevantes, mas ainda estamos no jogo, do jeito certo! E não estamos perdidos!

Leia mais

  • Contradições na caminhada eclesial. Análise do Pe. Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos
  • Igreja Católica minoritária. Artigo de Manuel Joaquim R. dos Santos
  • Crise de vocações? Artigo de Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos
  • Igreja Católica: o passado como trampolim para o futuro! Artigo de Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos
  • E nós Igreja de Londrina? Artigo de Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos
  • Para onde caminha a Igreja? Evangelização, missão e sinodalidade. Entrevista com Pedro A. Ribeiro de Oliveira, Eduardo Hoornaert e Paulo Suess
  • Igreja Católica do Brasil: entre o restauracionismo e o liberacionismo. Apontamentos de Pedro A. Ribeiro de Oliveira
  • A liderança das mulheres na Igreja Católica é uma questão de “urgência moral”, diz líder da Catholic Charities
  • Pode toda a Igreja Católica ser dirigida como uma ordem religiosa? Deveria? Artigo de Scott Smith
  • A Igreja Católica no Brasil: entre a insignificância e a irrelevância? Artigo de Geraldo De Mori, SJ
  • Uma nova correlação de forças na Igreja do Brasil? Artigo de Jorge Alexandre Alves
  • “Não uma Igreja rígida – uma alfândega –, que se arma contra o mundo e olha para trás. Não uma Igreja tépida, que se rende às modas do mundo. Não uma Igreja cansada, fechada em si mesma”. Papa Francisco na abertura do Sínodo sobre a Sinodalidade
  • "O Documento de Aparecida é o ponto mais alto do Magistério da Igreja Latino-Americana". Entrevista especial com Clodovis Boff
  • Tomáš Halík e as características do que deve ser um cristianismo maduro
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