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Porto Alegre, epicentro das enchentes no Brasil, é hoje uma cidade distópica

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13 Mai 2024

Na capital gaúcha foi imposta uma visão que não protege o meio ambiente, como em outras grandes cidades da América Latina. As leis do mercado imobiliário, tão predatórias quanto as que desmatam diariamente a Amazônia, venceram.

A reportagem é de Gustavo Veiga, publicada por Página|12, 13-05-2024.

Porto Alegre é cercada por águas barrentas que varrem tudo o que encontram pelo caminho. Hoje é uma cidade distópica. Uma maré imparável deixou-a submerso em seus bairros mais baixos, às margens do Guaíba. Um rio e um lago ao mesmo tempo, dependendo de como se olha a sua hidrografia. Uma explicação da tragédia pode aparecer nesses dois substantivos. Um rio requer certas defesas. Um lago nem tanto. Na capital gaúcha prevaleceu a visão menos protecionista, assim como em outras grandes cidades da América Latina. As leis do mercado imobiliário, tão predatórias quanto aquelas que desmatam diariamente a Amazônia, venceram.

Outro motivo é a corrente El Niño. A bacia que circunda a capital gaúcha passou de calha em pleno período de estiagem para 5,35 metros em poucos meses. Marca que superou os 4,75 da grande enchente de 1941. Passaram-se 83 anos. Não houve grandes obras e houve negligência criminosa que já custou 143 mortos, 131 desaparecidos, 81 mil evacuados e 441,3 mil pessoas ficaram desalojadas. Muitos fugiram para cidades do norte do Estado e de Santa Catarina.

As imagens dos dois grandes estádios da cidade, a Arena do Grêmio e o Beira Rio, estádio do Inter, seu clássico rival, são o cartão postal mais eloquente do desastre ambiental. Parecem dois anfiteatros em ruínas. Os seus campos de jogo desapareceram sob a água acastanhada. A prefeitura da capital gaúcha também ficou submersa. E o centro histórico, a orla do Guaíba – que equivale à nossa orla portenha – e bairros tradicionais como Cidade Baixa e Menino Deus permanecem submersos, onde as ruas começaram a escoar porque estações elevatórias que estavam inoperantes voltaram a funcionar. As chuvas que não param são a pior ameaça.

O interior do estado vizinho da Argentina é igual ou pior. Os rios Taquari, Jacuí, Caí e Sinos continuam subindo. As previsões são as piores. Apenas o primeiro subiu sete metros em quase 24 horas. A pequena cidade de Estrela, numa região de colonização alemã, foi destruída. É um dos 444 que, segundo o Zero Hora (ZH), principal jornal de Porto Alegre, sofreram graves consequências devido às chuvas e ao transbordamento de efluentes que deságuam primeiro no Guaíba, depois na Lagoa dos Patos e por último no Oceano Atlântico. Um sistema de água que não dá conta e se assemelha a um funil em direção ao sul do Estado.

As intensas chuvas nas montanhas, em cidades turísticas como Gramado e Canela, aumentam as dificuldades. Toda a água que corre em direção a Porto Alegre e sua periferia – Canoas é uma das cidades mais afetadas – fica estagnada e não tem escoamento.

Ausência de políticas contra as alterações climáticas

Para alguns especialistas, o desastre foi causado pela ausência de políticas contra as alterações climáticas. Matheus Gomes, deputado estadual do PSOL, mestre em História e ativista ambiental, critica o governador Eduardo Leite, do PSDB: “Ele modificou 480 normas do código ambiental do Rio Grande do Sul, passando para o rebanho, em consonância com o destrutivo política do então ministro Ricardo Salles. O projeto foi aprovado em apenas 75 dias. A única razão pela qual ele não foi mais rápido foi porque uma decisão judicial o impediu de fazê-lo”, escreveu ele em uma coluna no ZH. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, também não ficou a salvo das acusações.

Salles era ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, nega mudanças climáticas e teve que renunciar ao cargo quando foi suspeito de traficar madeira da Amazônia. Hoje ele é deputado federal por São Paulo e acaba de postar no X com segurança: “O governo Lula acabou. A partir de agora será apenas o despertar de um enterro político já marcado para 2026”.

Outro fato que provoca debate entre ambientalistas e negacionistas como Salles é a falta de proteção do bioma Pampa, o principal do Rio Grande do Sul, que regula os ciclos da água e a absorção de carbono. Possui uma área de 193.836km² (dados do IBGE, 2019), o que corresponde a 69% do território do Estado e 2,3% da superfície do Brasil. Segundo o deputado Gomes, “nas últimas décadas, o Pampa tem sido o bioma proporcionalmente mais degradado do país, perdendo 30% de sua superfície”.

O pessimismo dos analistas das alterações climáticas é ratificado em catástrofes como a atual. Aldo Fornazieri, doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), escreveu na Carta Capital que “os desastres ambientais só vão piorar. É hora de a sociedade tratar os políticos negacionistas como criminosos.” O Rio Grande do Sul tem pouco mais de 11 milhões de habitantes e os afetados são 2.039.084, segundo as autoridades.

Nestes dias de águas turvas fluindo entre lama, galhos e restos de lixo, a solidariedade ampara as vítimas indefesas. Os centros onde são recolhidas as doações superaram todas as expectativas. Toneladas de roupas, alimentos e bens de primeira necessidade são separados e distribuídos por voluntários que trabalham em escolas, clubes e academias. Esta dedicação altruísta, mesmo de recém-chegados de outros estados que viajaram para ajudar, contrasta com a atitude de bloqueiros, trolls e utilizadores das redes sociais que desinformam sobre o que está acontecendo. O bolsonarismo, tal como aconteceu durante a pandemia, voltou a agir de forma fragmentada.

Um médico de Porto Alegre, Víctor Sorrentino, lançou acusações contra a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil, culpando-a por questões burocráticas de não distribuição de medicamentos nas áreas afetadas pela enchente. O ex-presidente de extrema direita o elogiou nas mesmas redes onde esses personagens divulgam notícias falsas. Em 2021, Sorrentino foi preso no Egito por assédio sexual a um vendedor de papiros. Ele foi libertado após pedir desculpas e foi proibido de retornar àquele país. A Anvisa negou, mas o estrago já estava feito. Um comportamento que mostra o que há de pior do bolsonarismo não tão residual que ironizou a pandemia e agora usa o desastre ambiental para espalhar desinformação.

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