• “O Papa Francisco decidiu visitar esta província porque dois acontecimentos graves ocorreram aqui recentemente: as mortes de duas mulheres Michelle Maria Caruso e Rossella Nappini”.
  
  
• Dom Baldo Reina: “os temas discutidos referiam-se aos desafios pastorais com referência também aos problemas da região. Uma área onde a agitação juvenil e a exclusão social são evidentes, mas onde vivem muitas pessoas de boa vontade”.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 29-09-2023.

O Papa Francisco ontem fez uma visita surpresa ao bairro Pimavalle, nos arredores de Roma, e conversou com os párocos da região, com graves problemas de marginalidade, e onde Michelle Caruso, de 17 anos, foi brutalmente assassinada, num caso que chocou o país.

“Esta tarde, pouco depois das 16h, o Papa Francisco dirigiu-se à paróquia de Santa Maria della Salute, em Primavalle, onde foi recebido pelo vice-gestor da diocese de Roma, pelo pároco e pelo vice-pároco, para manter um intercâmbio com os cerca de 35 sacerdotes do território da prefeitura. No fim, pouco depois das 18h, retornou ao Vaticano", informou em nota o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

Num comunicado do Vicariato de Roma, o bispo auxiliar do setor ocidental da capital, Dom Baldo Reina, explicou que “foi um diálogo fraterno” e que “os temas discutidos referiram-se aos desafios pastorais com referência também aos problemas do uma região onde a agitação juvenil e a exclusão social são evidentes, mas onde vivem muitas pessoas de boa vontade".

O texto do vicariato afirma ainda que “o Papa Francisco decidiu visitar esta prefeitura porque aqui ocorreram recentemente dois acontecimentos graves: a morte de duas mulheres Michelle Maria Caruso e Rossella Nappini”.

Michelle Caruso, de 17 anos, foi morta a facadas em junho passado por um jovem da sua idade que, após matá-la, colocou-a num saco e abandonou-a num contentor de lixo, enquanto Rossella Nappini, uma enfermeira de 52 anos, foi esfaqueada em setembro por sua ex-companheira no corredor de um prédio no bairro Primavalle.

Ao regressar da Mongólia, o pontífice, respondendo a uma pergunta sobre as periferias italianas e as situações de marginalidade existentes, explicou que “devemos avançar, ir lá e trabalhar lá”.

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