Nota pública da FOIRN sobre declarações do presidente Jair Bolsonaro

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28 Agosto 2019

"Resistiremos ao ódio que incendiou a Amazônia nos últimos dias e não aceitaremos retrocessos em nossos direitos garantidos pela Constituição Federal", declara a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro - FOIRN em nota publicada por Instituto Socioambiental - ISA, 27-08-2019. 

Eis a nota. 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, mais uma vez volta a atacar os povos indígenas e a Constituição Federal ao questionar nosso direito ao território como povos originários do Brasil. Se não bastasse envergonhar o Brasil mundialmente com suas falas preconceituosas e mentiras em relação às queimadas na Amazônia, agora acusa os povos indígenas de inviabilizarem o Brasil.

Diante de afirmações tão grotescas, repercutidas pela mídia nacional, nós povos indígenas do rio Negro, representados pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), demonstramos nossa indignação e repúdio a tais afirmações caluniosas. E completamos: o que inviabiliza o Brasil é a violência, a corrupção, o Estado paralelo promovido pelas milícias que dominam parte das grandes cidades do país e a falta de investimento em educação, saúde, cultura, esporte e infraestrutura.

Como representantes de 750 comunidades indígenas no Noroeste amazônico, pertencentes a 23 etnias, reafirmamos nosso direito ao território, assim como buscamos o desenvolvimento sustentável através de ações que geram renda sem destruir a floresta e respeitando nossa cultura e modo de vida.

Repudiamos todo e qualquer projeto de governo que não respeite nossa autonomia, assim como nossas organizações representativas. O presidente Jair Bolsonaro vem propagando o ódio e tentando fazer uma campanha de difamação dos povos tradicionais, movendo a opinião pública contra nós. Já vimos esse tipo de estratégia sendo usada em outros tristes momentos da história mundial, como na Alemanha nazista, que promoveu um dos maiores genocídios da História.

Resistiremos ao ódio que incendiou a Amazônia nos últimos dias e não aceitaremos retrocessos em nossos direitos garantidos pela Constituição Federal.

São Gabriel da Cachoeira, 27 de agosto de 2019.

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