28 Novembro 2018
"Gostaria de lhes dizer que é inútil resistir. Que esta palavra, “resistência”, tão gasta no léxico político dos últimos anos, tornou-se a última trincheira da antipolítica legada pela impotência das esquerdas, que hoje a brandem como estratégia de arrebanhamento moral para seus projetos fisiológicos de poder", escreve Murilo Duarte Costa Corrêa, professor de Filosofia Política da Faculdade de Direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, em artigo publicado por UniNômade, 24-11-2018.
Gostaria de lhes dizer que é inútil resistir. Que esta palavra, “resistência”, tão gasta no léxico político dos últimos anos, tornou-se a última trincheira da antipolítica legada pela impotência das esquerdas, que hoje a brandem como estratégia de arrebanhamento moral para seus projetos fisiológicos de poder. Nesse contexto, resistir passou a ser a última expressão vazia de uma multiplicidade de corpos e mentes separados daquilo que eles podem, e cuja luta parece ter se tornado uma forma de perseverar em sua própria deposição.
A circulação da palavra resistência por redes e rodas, sua aparição em quartos cinzas conectados ao resto do mundo só abstratamente, e sua insistência extinta na corporeidade dos coletivos políticos que procuram organiza-la, já não contém mais do que a capacidade – senão para um novo reacionarismo – para uma nova forma social de reagir politicamente. Isto é, resistir tornou-se progressivamente a palavra que nomeia um automatismo identitário, que nos põe de bom grado na contracorrente da vivacidade das forças sociais que, hoje, são capazes de produzir transformação (ainda que indesejável, sob muitos aspectos).
Mas não deveríamos estar mais atentos aos processos pelos quais o desejo social foi soldado a uma série de crenças do que ao conteúdo terrível que essas crenças manifestam? Ao invés de perguntarmos como chegamos até aqui, deveríamos perguntar como ajudamos a trazer o desejo social até aqui: ao ponto em que desejo, identidade e pulsão de morte se misturam por toda a extensão do espectro político e social. No Brasil de 2018, e no léxico da esquerda que já não é capaz de propor uma linguagem à altura da indignação social, resistir é reagir e reagir é resistir. Fazer política à esquerda tornou-se andar a reboque da direita, uma espécie de revolta dos escravos na moral, uma infinita discussão de valores sem qualquer eficácia prática. Por isso, diagnosticar o esgotamento das esquerdas deixou de ser embaraçoso e é, agora, perfeitamente trivial.
Alguém preso no fundo do espelho identitário poderia estranhar que a esta altura do campeonato eu diga de modo tão brutal que é inútil resistir. Talvez digam que perdi as esperanças, o brio, que fui rifado, que estou vendido, que fui convencido, que me tornei um fascista, um bolsonarista, um direitista; que, sem nunca ter sido comunista, sou um comunista arrependido (um dos comunistas de pior tipo, outro emendaria). Falar contra a resistência, que Foucault dizia ser primeira em relação ao poder, soa mal por esses dias, com toda certeza. Mas eu peço sinceramente que poupem seus juízos e seus clichês, porque se fôssemos ao fundo deles, veríamos que em sua maior parte eles não são seus, autenticamente não lhes pertencem – mas, exatamente como imaginamos que se passe com os eleitores de Bolsonaro (supostamente “enganados pelo WhatsApp”), eles pertencem a alguma fanpage lacradora: um Haddad tranquilão, um Ciro Gomes zueiro, um Boulos presidente da Ursal, ou coisa que o valha.
Esqueçamos a conjuntura, mas não as inconjunturas no Brasil contemporâneo. Não percamos tempo com o estado atual das forças e a estrutura que supostamente o sustenta, mas insistamos sobre as linhas de transformação social que a esquerda institucional não consegue acompanhar, e que ela não cessou de combater desde antes de junho de 2013. A matéria inconjuntural é o leque de antagonismos globais vivos, é a justa indignação popular, que o Bolsonarismo, setores do empresariado e do mercado de capitais, tiveram sucesso em capturar, associando um conjunto de desejos a um conjunto de crenças tão autoritárias quanto usuais, e que o petismo difuso das esquerdas mal consegue emular, embora ele se pareça cada vez mais com um novo evangelismo político.
Se analisar a conjuntura pode servir de alguma coisa, talvez se preste a definir como a esquerda pôde se tornar isto: uma anestesia geral contra a indignação, uma epidural contra as transformações e fugas do campo social e, ao mesmo tempo, uma teologia personalista, que mobiliza a linguagem da resistência e do antifascismo, do feminismo e dos genocídios negro e indígena, dos direitos sociais e trabalhistas contra o neoliberalismo global, como coadjuvantes subservientes a um projeto hegemonista de poder.
De quebra, nivelam a multiplicidade do campo social instaurando um binarismo régio, uma política de amigo-inimigo que traça autoritariamente um “eles” e um “nós”, como imagem social especular do binarismo da política “real”: Lula-Haddad vs. Bolsonaro; consenso democrático mínimo vs. consenso autoritário-golpista; os democratas (evidentemente, “nós”) vs. os fascistas (é claro, “eles”). E os fascistas, quem são? Em potencial, todo mundo (basta não dominar o código do antifascismo petista para ser perspectivado como um, no esquema sensível do petismo), mas, realmente, ninguém. O fascismo, tal como a esquerda hegemonista do PT o imagina, é um produto de marketing que procura sustentar o establishment; uma identidade fluida, uma carapuça prête à porter que temos muita facilidade de denunciar no outro, mas muita dificuldade de vigiar em nós mesmos. Esta é, no fundo, a operação mais profunda de neutralização da resistência ou do antifascimo, que passam a ser, no léxico e na prática política efetiva das esquerdas, do petismo e de suas linhas auxiliares, um conjunto de enunciados inofensivos, incapazes de dar um corpo à indignação social, mas se tornam ferramentas úteis para sustentar o hegemonismo lulista – esse cadáver de que boa parte da centro-esquerda e da extrema-esquerda ainda se alimentam.
É preciso partir precisamente daí, da única pergunta que vale a pena ser feita em termos conjunturais e políticos hoje: de uns anos para cá, quem deu um corpo à revolta que povoava corações e mentes? Jessé de Souza e a elite universitária do atraso, gritando golpe? Fernando Haddad, compondo com a repressão tucana contra junho de 2013 como prefeito de São Paulo e, depois, protagonizando, sob a linha de comando lulo-gleisita, a estratégia geral de rifagem eleitoral do Brasil à extrema direita? Ou a filósofa Marilena Chauí, acompanhada por gramscianos como Marco Aurélio Nogueira, que convocavam as forças da ordem a agir energicamente contra os “fascistas adeptos da tática black bloc” ao falar sobre Direitos Humanos para a PMESP? Talvez o garantismo jurídico-penal de #LulaLivre e seus juristas de alfaiataria, este correligionário direto dos governos estaduais rapinadores do PMDB no Rio, responsáveis por encarcerar Rafael Braga Vieira pela posse de duas garrafas plásticas – uma de álcool etílico e outra de água sanitária? Quem sabe a Dilma dos Programas de Aceleração do Crescimento neoliberais, etnocidas e ecocidas, de fazer inveja a Geisel, mas também do Minha Casa, Minha Vida e dos megaeventos operados à custa de remoções, com bancos, financeiras e empreiteiras “campeãs nacionais” (mais tarde denunciadas na Lava-Jato e anistiadas pelo CADE); ou a Dilma que criou a Força de Segurança Nacional, que subsidiaria mais tarde a temerária intervenção federal nas favelas cariocas, e sancionou da Lei Antiterrorismo com que Bolsonaro acena ameaçar a atuação política legítima de movimentos sociais que, ironia do destino, constituem a base social do PT em franca desagregação? Talvez os nossos milhares de amigos da trincheira algorítmica, que escolhemos por identificação narcísica e cujos menores desvios políticos causam náusea, revolta e block – nessa ordem.
Embora junho não tenha sido a nascente, mas o tronco principal em que um conjunto complexo de lutas sociais confluíram até fazer enchente, tudo esteve democraticamente aberto na brecha de junho: demandas pela ampliação de políticas públicas multi-setoriais, pautas pelo aprofundamento de políticas sociais e de distribuição de renda, reivindicações anti-corrupção, acesso à metrópole – o solo comum no qual permanece em jogo o estatuto de uma nova cidadania biopolítica baseada na produção comum; laboratórios sociais e experimentos políticos para transformar a indignação popular de jovens, precários, pobres, mulheres, negros, indígenas, trabalhadores cognitivos etc. em instituições autonomistas e de radicalização democrática. Em uma só palavra, junho foi a sociedade contra o estado – no sentido que Pierre Clastres deu à expressão. Junho de 2013 foi um movimento social geral de conjuração do Estado; a manifestação em bloco de um corpo social que reivindicava o poder artificialmente alienado na forma do Estado, sob a atmosfera emocional da indignação e por intermédio da revolta profunda de todos os corpos. E foi esse leito virtual, radicalmente democrático, de junho que as esquerdas não apenas não souberam navegar como contra o qual ergueram (sem trocadilho com Dilma) a imensa barragem.
Para compreender o Bolsonarismo, é preciso admitir sua genealogia lulista. Entender que o que torna Bolsonaro um ícone pop é uma difração do lulismo, ainda que ela assuma a forma do antipetismo. O antipetismo é um sentimento socialmente difuso, compartilhado segundo um conjunto muito variado de percepções hipócritas e seletivas que não comportam uma explicação homogênea. Descartemos as visões paranoicas e histriônicas, como a de Jessé de Souza, que encara o antipetismo como um efeito performativo orquestrado pela mídia, pelo judiciário, pelas elites e pela classe média. Esses não deixam de ser atores de um processo já sintomático da circulação do antipetismo, mas a explicação por esse viés deixa intocadas todas as responsabilidades do próprio Partido dos Trabalhadores nesse processo, fazendo-o parecer a vítima de uma terrível traição dos pobres e da esperada conspiração dos ricos.
O antipetismo é, por um lado, consequência de o PT não ter capitalizado a indignação de junho. Ao invés de apresentar-se como um partido capaz de acelerar as transformações na estrutura do Estado, da democracia e dos serviços públicos metropolitanos que a indignação de junho exigia, o PT associou-se com os setores mais retrógrados da casta política e econômica do país para restaurar as velhas estruturas de legitimidade, agindo como um partido fisiológico, e não de massas. Isso abriu espaço para uma candidatura cuja estratégia de marketing era apresentar-se como anti-sistema. Não apenas como “nova”, mas como capaz de “mudar isso que está aí, talquei?”.
Quando, em junho de 2013, se perguntava para muitos manifestantes contra o que estavam se manifestando, era comum ouvir como resposta: “contra tudo isso que está aí”. O “isso que está aí” remete a um estado de coisas contra o qual se antagoniza, e que deveria ser superado. Esta é precisamente a definição que Marx e Engels dão do comunismo no fim da primeira parte de A ideologia alemã. Eles dizem que o comunismo não é um estado a ser implantado, mas “o movimento real que anula e supera o estado de coisas atual”. Então, essa é uma linha de explicação: o PT formou casta com a casta política contra a qual junho se levantava, e depois foi escanteado por ela. Agiu concretamente pela restauração de junho que o Bolsonarismo ultima. Reprimiu as manifestações tanto quanto os políticos de partidos mais conservadores. Haddad mesmo dizia aos meninos do MPL, em junho: “não há o que negociar”, até que as ruas o fizeram voltar atrás e, meses depois, disputando a reeleição ao cargo de prefeito de São Paulo, Haddad foi derrotado nas urnas.
A outra linha de explicação é tudo o que o PT efetivamente fez, como partido à frente da administração federal. À parte todos os avanços sociais, o PT liderou um consórcio espúrio e corrupto, que junho e o Não Vai Ter Copa já denunciavam, atrelado a uma política neodesenvolvimentista que recuperava muitos projetos interrompidos ou engavetados pela ditadura militar. A doutrina dos campeões nacionais (empresas brasileiras, especialmente empreiteiras, cujos serviços eram exportados para países africanos e americanos mais pobres que o Brasil, sob a forma de um subcolonialismo regional vergonhoso) foi o foco de uma sucessão de escândalos. Isso se atrela a um cenário macroeconômico de crise, para o qual o desenvolvimentismo neoliberal de Dilma já não podia oferecer respostas, ao ativismo institucional do MPF e de juízes federais (que hoje assumem superministérios no governo Bolsonaro), o aumento do desemprego, da inflação – controlada por meio do aumento dos juros, uma política que encarece o crédito e provoca retração econômica; as medidas correcionais do governo Dilma II e de Temer afetam negativamente, e com mais intensidade, a faixa social que havia sido beneficiada pelas políticas de distribuição de renda nos três governos petistas anteriores. O PT perde progressivamente suas bases sociais e pronto: estão dadas as condições para o antipetismo, que são atribuíveis, em última análise, mais ao PT que ao cosidetto “golpe”.
Sob o ponto de vista de junho, e da multiplicidade de suas pautas, a vitória do Bolsonarismo representou sua restauração total. A indignação social não deixou de ser múltipla, mas foi institucionalmente canalizada para um núcleo de crenças mais conservador. Nos anos que se seguiram a 2013, a política das ruas foi sendo progressivamente restaurada no recesso dos palácios. Os resultados da operação Lava-Jato e o impeachment de Dilma, imaginados pelo consórcio peemedebista como eventos que arrefeceriam os ânimos dos manifestantes anticorrupção de 2013 e Fora Dilma, de 2016, resultaram no confinamento da política das ruas à esfera formal de representação. Isso foi como um aceno para a chance de passar a perna na estratégia de reorganização “por cima” que o establishment preparava em suas técnicas políticas sacrificiais (perder Dilma para não perder o lulismo, perder Cunha para não perder o peemedebismo, perder Aécio para não perder o tucanato etc.).
A dita “nova classe média” inventada pelo neodesenvolvimentismo, pelas políticas de distribuição de renda e de acumulação de capital humano e biopolítico dos anos Lula e Dilma, composta por trabalhadores precários, empresários de si mesmos, jovens estudantes suburbanos – e em um corte estereotipadamente masculina, mas não apenas -, migrou para o Bolsonarismo, jogando no erro da esquerda, que só conseguia pensar a recusa de junho em relação aos partidos, à representação, à sociedade dividida, como uma forma social de antipolítica.
A perspicácia do Bolsonarismo resume-se à posse de uma sensibilidade para o social que as esquerdas perderam: a capacidade de identificar quem foram os que mais perderam com a crise de 2015 (a nova classe média); a sensibilidade para alinhar suas pautas a um desejo de mudança na esfera da representação política e de restauração, na esfera dos costumes e da política cotidiana; a capacidade de agenciar desejo e crença segundo uma linguagem antiestatista (todo o problema do Brasil é o Estado e sua corrupção) e ao mesmo tempo nacionalista e patriótica, numa deriva antiglobalização. Ou seja, a capacidade de apresentar-se como alternativa anti-establishment, formando um consenso entre os setores sociais mais atingidos econômica e simbolicamente pela crise de 2015 (a nova ex-classe média) e os mais ricos (formalmente, um novo lulismo conservador). Colou em todo mundo: por um lado, um discurso anticorrupção e antiestado, antiglobalização e patriótico mas, paradoxalmente, neoliberal do ponto de vista econômico; por outro, uma performance política neoconservadora nos costumes e crenças, mas transformadora das velhas caras da política.
Essas, em larga medida, são as linhas que compõem o agenciamento bolsonarista, que não apenas capturou a indignação social, criando um pacto fundado em um misto de desejos e crenças socialmente transversais – porque atravessam todas as classes, de alto a baixo, sob o mito do Brasil como sociedade “sem divisões”; mas que reterritorializou os fluxos e as fugas que junho ensaiava, fechando-os em um sistema autovalidante e autorreferente. O voto em Bolsonaro é menos fruto da negação de Lula, de um antipetismo radical e odiento (embora essa não deixe de ser uma componente), do que da sua duplicação especular em um agenciamento bolsonarista: um território existencial “novo e positivo” que o Bolsonarismo messiânico promete; um novo lulismo, mas agora endireitado. Portanto, deveríamos analisar o fenômeno do Bolsonarismo não a partir de seus traços negativos (o que ele rejeita), mas de seus traços positivos (a partir de que desejos e crenças ele pôde se afirmar).
Diante desse quadro, eu não estou em condições de apontar saídas. Só posso sugerir que vocês duvidem de qualquer um que diga que está. Tentem, se possível, não segui-los. Porque os dois homens que, hoje, têm saídas para o Brasil, são Lula e Bolsonaro. Eu preferiria não… Mas algo para mim está claro. É inútil resistir. É inútil revidar. Toda reação política ao Bolsonarismo é uma forma de confirmação e chancela. Não há novo progressismo nem campo democrático de resistência. O progressismo e o campo democrático estão dados como condições internas ao agenciamento do Bolsonarismo. O fascismo não é um conjunto de crenças pessoais ou coletivas, mas uma possibilidade cancerosa, trágica e inerente às mutações que se processam em um campo democrático. É nele que é preciso pesquisar os gérmens da indignação que permanece acesa e que virá, porque o Bolsonarismo já começou a se revelar parte do establishment palaciano. Esse é o risco que corre o candidato antissistema que quer ser parte do sistema: o risco de conseguir, de virar sistema, de corresponder ao desejo social com fraude e estraçalhar o tecido das crenças que o sustentavam.
Uma nova vidência coletiva como essa pode lançar as bases para um novo conjunto de desejos e crenças sociais, mais radicalmente democráticos. Por isso, se as esquerdas desejarem autenticamente recuperar algo de sua potência política, precisam abandonar todos os projetos personalistas, toda a curadoria partidária, toda a servidão voluntária que os envolve; devem levar ao limite a operação política que anima o bolsonarismo: recusar o PT, reconhecer que o campo de lutas já lhe escapa e o excede. E, para além do Bolsonarismo e do lulismo, incapazes dessa ética, vigiar o fascista em nós, sob a forma de uma ascese contínua, que permita começar a gestar as condições para a emergência de uma nova capacidade coletiva de sentir…
Deleuze definia a esquerda como uma forma especial da sensibilidade, um modo de sentir e experimentar o mundo. Quem é de direita se preocupa primeiro consigo mesmo, depois com sua família, sua vizinhança, sua cidade, seu país e, com sorte, com o mundo. Quem é de esquerda se preocupa antes de tudo com o mundo, seu continente e seu país, com sua cidade e sua vizinhança, com sua família e, por último, consigo mesmo. Por isso, não há, nem haverá, programa de esquerda, ou governo de esquerda: ou a esquerda será uma pragmática sensível ou não será nada. Para tanto, talvez seja útil remuer la cendre, remexer as cinzas de junho. Procurar em junho não o ovo da serpente (é histriônico encontra-lo aí), mas uma fagulha para reabrir sua brecha. Junho ainda espera por nós. A esquerda é que não esteve à altura de junho.
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É inútil resistir - Instituto Humanitas Unisinos - IHU