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Vozes de Emaús: Conversas que fazem a alegria da vida. artigo de Faustino Teixeira

Foto: Lauren Palma | IHU

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08 Novembro 2025

"Tiziano diz ao filho que não deseja sequer a imortalidade, mas sabe plenamente que tudo que termina começa de novo. Começa e recomeça, como uma semente, e isto é o maior motivo de consolo. Recorda ao filho que toda essa beleza é motivo de maravilhamento, essa beleza que se vê por todo canto. Mesmo percebendo que a vida lhe foge, nesse tempo derradeiro, se dá conta, com mais vigor ainda, de que nada foge ou escapa de si, pois se reconhece plenamente vinculado nessa mesma vida que alimenta as árvores."

O artigo é de Faustino Teixeira, teólogo e colaborador do IHU e do Canal Paz e Bem.

Faustino Teixeira (Foto: Ricardo Assis/UFJF/divulgação)

O presente texto integra a coluna Vozes de Emaús, que conta com contribuições semanais dos membros do Grupo Emaús. Para saber mais sobre o projeto, acesse aqui. 

Eis o artigo. 

Sempre me encanto com conversas que se firmam como bases para a alegria. Em linda publicação da filósofa mineira, Sônia Viegas, discípula do pe. Henrique Cláudio de Lima Vaz, está uma carta que ela dedica para as filhas gêmeas, Ângela e Mônica, por ocasião da festa de 15 anos das duas. Isso foi em fevereiro de 1983. Sônia quis fazer algo diverso. Em vez de oferecer presentes tradicionais, resolveu oferecer valores que a filósofa considerava essenciais. E presenteou as filhas com algumas ideias que sempre marcaram sua trajetória: viver de maneira verdadeira, levar a existência com um amor que possui o mundo, tocar a vida sempre com alegria, manter viva a esperança e resguardar a beleza de um corpo que expressa a alma. E tudo através de um ritmo vital sempre atento à novidade das pequenas coisas. Essa carta de Sônia Viegas sempre esteve perto de mim, inspirando minhas reflexões e abrindo pistas na minha caminhada.

Agora tive o prazer de concluir a leitura de outra peça preciosa, que é o livro de um grande jornalista italiano, Tiziano Terzani, onde relata conversas singulares que teve com seu filho Folco, por ocasião de seus 66 anos de idade. Quando, em razão de um câncer, Tiziano se deu conta de que sua vida estava por ganhar nova dimensão, convocou seu filho, que estava distante, para uma longa conversa. Tudo confluiu num belo livro póstumo: O fim é o meu início (2022). São 267 páginas de uma conversa encantadora entre pai e filho, que aconteceu em três meses de muita luz.

Tiziano Terzani teve o privilégio de trabalhar como correspondente de um jornal alemão, e poder trabalhar em lugares que lhe proporcionaram grande satisfação, sobretudo na Ásia. Dizia ao filho que a coisa mais bonita era poder encontrar um trabalho capaz de acolher os talentos verdadeiros, as aspirações mais bonitas, resultando numa grande alegria. E ele conseguiu isso, com muita liberdade. Partilhou com Folco seu maravilhamento de ter diante de si um mundo sempre aberto às surpresas. Nada mais triste, adverte Tiziano, do que um trabalho exclusivamente voltado para a produção desenfreada, onde a pessoa acaba perdendo sua conexão cósmica. Sublinha para o filho o risco de viver num mundo afogado por estímulos que impedem qualquer possibilidade de paz interior: o mundo repleto de informações, do celular que vibra todo o tempo, das imagens publicitárias que impedem a contemplação etc.

De sua experiência vital, quer partilhar com o filho o que entende ser o papel verdadeiro de um pai: alguém capaz de “semear experiências, odores, imagens de beleza e medidas de grandeza”; de um pai capaz de semear vivas recordações; de um pai que consegue expor com sinceridade a riqueza de toda a diversidade que preenche o mundo. Sublinha ter vivido experiências que foram profundas, que possibilitaram o encontro com seu mundo interior, regado com muita paz e silêncio eloquente.

Diante de um mundo marcado pela impermanência, há que ampliar o olhar e ser capaz de escutar o canto das coisas: das formigas que caminham, das borboletas coloridas que tecem o seu balé cotidiano, do odor e beleza das ervas que nos rodeiam. Ou seja, de tudo aquilo que faz acordar em nós a consciência viva de que somos parte integrante desse magnífico cosmos. Todos nós, é o que recorda Tiziano, somos convocados a escutar a voz miúda do coração. Trata-se de uma vozinha que está sempre por perto e pronta para uma acolhida hospitaleira.

Tiziano tem plena consciência de estar vivendo seus últimos dias, mas participa dessa sensação com muita tranquilidade, pois gestou os seus minutos com muita paciência, serenidade e alegria. Reconhece a importância de não resistir ao ritmo do tempo, mas abandonar-se ao seu destino de matéria. Tiziano é o primeiro a reconhecer que o que há de mais belo e sutil é o reconhecimento da impermanência, mas sempre sentindo-se parte de um todo que vibra a cada momento, num movimento alvissareiro e imarcessível. A vida passa, não há dúvida, mas a natureza permanece. Ela está sempre ali, “majestosamente destacada, não se comove nem se excita”.

O pai convida o filho a jogar-se sem medo nesse redemunho do tempo, pontuado pela beleza dos animais, vegetais e minerais, bem como daqueles seres mínimos que não se enquadram em nenhum dos reinos conhecidos, mas que estão por toda parte com sua teia magnífica de filamentos. E diz ao filho: “Tome consciência de que tudo é um, deixe-se tocar por essa beleza e veja por dentro a unidade (...). Abrace o mineral e se abra... abrace o animal e abrace a humanidade. Porque não há diferença. Entregue-se a esta beleza”.

Tiziano diz ao filho que não deseja sequer a imortalidade, mas sabe plenamente que tudo que termina começa de novo. Começa e recomeça, como uma semente, e isto é o maior motivo de consolo. Recorda ao filho que toda essa beleza é motivo de maravilhamento, essa beleza que se vê por todo canto. Mesmo percebendo que a vida lhe foge, nesse tempo derradeiro, se dá conta, com mais vigor ainda, de que nada foge ou escapa de si, pois se reconhece plenamente vinculado nessa mesma vida que alimenta as árvores.

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