• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

É hora de abrir a Igreja ao ministério feminino. Artigo de José Carlos Enriquez Diaz

Foto: Israel Torres | Pexels

Mais Lidos

  • Vozes de Emaús: Algumas notas sobre o Concílio Vaticano II. Artigo de José Oscar Beozzo

    LER MAIS
  • A violência, o poder e o Outro: crítica ética da violência biopolítica. Artigo de Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz

    LER MAIS
  • Abolir a Copa do Mundo. Artigo de Toby Miller e Joan Pedro-Carañana

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Festa de Nossa Sra. Aparecida – Maria, presença solidária que antecipa a hora da alegria messiânica

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

14 Outubro 2025

"O Evangelho ensina na Carta aos Gálatas que em Cristo 'não há homem nem mulher; todos somos um'. Essa declaração bíblica estabelece a igualdade radical que deve permear a vida e o ministério da Igreja. Não há justificativa teológica para negar às mulheres a plena participação nos sacramentos e no ministério, porque a dignidade fundamental e a chamada vocação vocacional não conhecem distinção de gênero. A Igreja não pode pregar a igualdade e praticar a exclusão", escreve José Carlos Enríquez Díaz, em artigo publicado por Ataque al poder, 12-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O debate sobre o ministério feminino não pode mais continuar a ser um tabu na Igreja. Em tempos de crise vocacional, crescente desigualdade e profunda renovação teológica, excluir metade da humanidade do ministério ordenado não é apenas injusto, mas vai contra a própria essência do Evangelho: a igualdade radical em Cristo. Portanto, este texto convida o Papa Leão XIV a escutar o clamor do Espírito, que também fala por meio de mulheres com vocação, e a abrir o caminho a uma Igreja mais inclusiva e justa.

O fato de Jesus ter nascido homem é um fato histórico; não é um mandamento doutrinário para toda a vida da Igreja. Jesus rompeu com as estruturas patriarcais de seu tempo, dialogando com as mulheres, enviando-as como mensageiras e confiando-lhes a sua missão. Mulheres como Maria Madalena, a "apóstola dos apóstolos", foram as primeiras testemunhas de sua ressurreição e proclamadoras do Evangelho. Se ele confiou sua missão a mulheres, por que a Igreja hoje deveria negar-lhes o acesso ao ministério? A questão não é o gênero, mas a vocação e o serviço. A mediação sacramental inaugurada por Cristo é melhor compreendida como uma ação do Espírito, transcendendo a correspondência biológica entre Cristo e o ministro.

A eleição dos Doze apóstolos homens tem um forte componente simbólico e profético, ligado às doze tribos de Israel. Não se tratou de uma normativa imutável que excluía as mulheres do ministério. A realidade histórica confirma que algumas mulheres exerciam funções litúrgicas e de liderança na comunidade cristã primitiva. Figuras como Febe, Priscila e Júnia são mencionadas nas cartas paulinas, ocupando papéis de autoridade. Elas não podem ser reduzidas a um papel meramente secundário ou privado.

A teologia católica contempla o desenvolvimento doutrinário, sem que isso implique perda de fidelidade ao Evangelho. A Igreja conseguiu reformar profundas questões sociais e morais ao longo do tempo, preservando a unidade na fé. O ministério feminino não é impedido por um dogma irrevogável. Documentos recentes marcam a disciplina atual, mas no cerne da tradição cristã há espaço para a escuta e a interpretação com a orientação do Espírito. Milhares de mulheres em todo o mundo sentem um chamado sincero à vocação sacerdotal.

A realidade histórica confirma que algumas mulheres exerciam funções litúrgicas e de liderança na comunidade cristã primitiva - José Carlos Enriquez Diaz

Negar-lhes essa oportunidade empobrece a Igreja, limita os seus carismas e nega a riqueza do povo de Deus. Em muitas comunidades, as mulheres sustentam o tecido eclesial com a sua dedicação, assumindo responsabilidades sem o correspondente reconhecimento sacramental. Esse desequilíbrio tem sido repetidamente destacado por teólogos e fiéis leigos como uma dívida pendente de justiça e transparência.

Um exemplo contemporâneo notável é o de Sarah Elizabeth Mullally, teóloga, enfermeira e líder anglicana, que fez história ao ser nomeada a primeira mulher Arcebispa de Canterbury, o mais alto cargo da Igreja da Inglaterra e líder espiritual da Comunhão Anglicana mundial. A sua trajetória combina rigor acadêmico e dedicação pastoral, demonstrando que a ordenação das mulheres em diversas igrejas tem sido uma fonte de enriquecimento e fortalecimento eclesial.

O Papa Leão XIV demonstrou sensibilidade para com os pobres, os migrantes e as mulheres marginalizadas, e promoveu estudos sobre o diaconato feminino. Mas a reflexão não deve parar por aí: as mulheres pedem para serem ouvidas com fatos, não apenas com palavras; exigem igualdade sacramental e plena participação.

O Evangelho ensina na Carta aos Gálatas que em Cristo "não há homem nem mulher; todos somos um". Essa declaração bíblica estabelece a igualdade radical que deve permear a vida e o ministério da Igreja. Não há justificativa teológica para negar às mulheres a plena participação nos sacramentos e no ministério, porque a dignidade fundamental e a chamada vocação vocacional não conhecem distinção de gênero. A Igreja não pode pregar a igualdade e praticar a exclusão.

Este tempo exige que a Igreja abra seu coração e sua mente, que não mais perca vitalidade e vozes proféticas, mantendo limitações desprovidas de um sólido fundamento doutrinário. Que as mulheres, formadas teológica e pastoralmente, sejam ouvidas, preparadas para assumir o serviço sacerdotal. Que se reconheça que a fé é dinâmica e que o Espírito continua a soprar com novidade, como no Pentecostes.

O futuro do Evangelho reside numa Igreja que respira com os dois pulmões — o dos homens e o das mulheres —, aberta à igualdade, à justiça e à corresponsabilidade. A renovação eclesial está ligada à coragem de reconhecer que o Reino de Deus é para todos, sem exclusão. O ministério feminino não é uma ameaça, mas uma promessa de vida e de fidelidade ao Evangelho.

Permanece o apelo urgente: que a Igreja ouça e aja de acordo com as razões bíblicas, teológicas e humanas que sustentam essa causa, para que homens e mulheres possam servir juntos o mistério do amor divino com liberdade, dignidade e plenitude.

Assim, no âmbito teológico, numerosos especialistas têm enfatizado que o ministério não é uma questão biológica, mas ministerial e espiritual. Leonardo Boff defende que o ministério feminino não seria uma mera imitação daquele masculino, mas uma expressão nova e autêntica deste, um enriquecimento para toda a Igreja.

A renovação eclesial está ligada à coragem de reconhecer que o Reino de Deus é para todos, sem exclusão - José Carlos Enriquez Diaz

María José Arana denuncia que os argumentos contra o ministério feminino são muitas vezes pseudoteológicos ou culturais, e afirma que negar o ministério às mulheres significa negar a riqueza espiritual que elas aportam com vocação genuína.

Juan José Tamayo enfatiza que excluir mulheres do ministério é uma discriminação que contradiz a atitude inclusiva de Jesus e do cristianismo primitivo, e que essa exclusão deriva mais de construções sociais patriarcais do que de um mandato divino irrevogável. Segundo a teóloga feminista Ida Raming, essa exclusão representa uma injustiça que a Igreja não pode justificar em nome do Evangelho e que deve ser reconsiderada urgentemente.

Essas vozes convidam a um discernimento corajoso e transparente, pois a Igreja não deve temer o desenvolvimento doutrinário quando este responde com mais fidelidade à mensagem de Jesus e à dignidade humana. Não se trata de romper com a tradição, mas sim de aprofundá-la, ouvindo a experiência de milhares de mulheres que, por meio de seu ministério e testemunho, carregam a marca viva do Espírito.

O ministério feminino não é uma ameaça à fé, mas uma promessa de renovação e justiça. Negar essa abertura significa renunciar à plenitude do Corpo de Cristo e à missão coletiva de amor e serviço que Deus confiou a toda a sua Igreja.

Leia mais

  • Ministério das mulheres. O trabalho que não está sendo feito. Artigo de Tina Beattie
  • Tina Beattie: “Me pergunto se estou prestes a me tornar uma daquelas pessoas que ‘creem sem pertencer’”
  • As mulheres e a Igreja pós-pandemia. Artigo de Tina Beattie
  • Em consideração ao diaconato feminino, olhe para Maria Madalena. Artigo de Elizabeth Schrader Polczer
  • Católica a reavivar o diaconato feminino no Ocidente. Artigo de Jules Gomes
  • Leão XIV e a ordenação feminina: "No momento, não tenho intenção de mudar o ensinamento da Igreja sobre o assunto"
  • A primeira nomeação curial do Papa Leão sinaliza continuidade nas mulheres
  • “Desmasculinizar a Igreja. E sobre o diaconato feminino o debate permanece aberto”. Entrevista com Linda Pocher
  • Para se desmasculinizar, a Igreja deveria mostrar que precisa das mulheres
  • A tarefa de desmasculinizar a Igreja. Um olhar a partir das comunidades LGBTQIA+ é tema de debate no IHU
  • Desclericalizar e desmasculinizar a Igreja. Exigências para uma eclesiologia a múltiplas vozes. Conferência de Andrea Grillo
  • As mulheres no Concílio Vaticano II: uma criatividade sem precedentes
  • “A Igreja é uma mulher” – ao contrário do esclarecimento das imagens teológicas. Artigo de Regina Heyder

Notícias relacionadas

  • “Pacem in Terris”. Os 56 anos de uma encíclica e a dimensão social do Evangelho. Entrevista especial com Frei Carlos Josaphat

    LER MAIS
  • Primeiros gestos de abertura do Vaticano para as mulheres

    Papa Francisco começa a dar passos para avançar na chamada "teologia da mulher" O papa Francisco queria há pelo menos três an[...]

    LER MAIS
  • As antigas diáconas voltam à cena, apesar de São Paulo

    "Até aqui, a evidência histórica. Mas o trabalho da Comissão criada por Francisco poderia não limitar-se a uma revisão de f[...]

    LER MAIS
  • Igreja: «Pensamento liberal não é o nosso» - Papa Francisco

    Encontro com sacerdotes jesuítas alertou para tentação de usar critérios rígidos em vez de discernir situações O Papa Fran[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados