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A Liderança Coral da China

Foto: Nuno Alberto | Unsplash

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03 Setembro 2025

Pequim enfrenta a realidade de um distanciamento dos EUA e do Ocidente, compensando-o com uma relação mais proeminente com o Sul Global, baseada na ideia de desenvolvimento conjunto.

A informação é de Xulio Ríos, publicada por CTXT, 02-09-2025.

A cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) realizada em Tianjin deu um novo impulso ao posicionamento internacional da China. Pouco a pouco, Pequim está conseguindo forjar parcerias de longo prazo que funcionam como ativos diplomáticos muito valiosos e que ajudam a difundir sua influência em todo o mundo.

A magnitude e o conteúdo do evento parecem deixar claro que a China não está mais disposta a suportar perdas em suas relações com os EUA ou com o Ocidente. Ela encara a realidade de um distanciamento, talvez inevitável, e o compensa com uma relação mais proeminente com o Sul Global.

Xi, Putin e Kim a Pechino: la Cina mostra i muscoli con esercito, carri armati e armi spaziali - la Repubblica https://t.co/RCrLItsrlF

— IHU (@_ihu) September 3, 2025

Com a adesão da Índia, do Paquistão, do Irã e da Bielorrússia, a OCX somou dez estados-membros, além de dois estados observadores e 14 parceiros de diálogo. Em breve, a Armênia e o Azerbaijão poderão se integrar mais profundamente, “compensando” assim sua visita à Casa Branca em agosto passado. O presidente chinês, Xi Jinping, garantiu maior apoio à implementação do Corredor de Transporte Internacional Trans-Cáspio, que competirá com a Rota Trump para a Paz e a Prosperidade Internacional (TRIPP), o elo de trânsito entre o território principal do Azerbaijão e seu enclave Nakhchivan, atravessando a Armênia. A infraestrutura da TRIPP, conforme assinado em Washington, estará sob direitos exclusivos de desenvolvimento para os EUA por 99 anos.

A ampliação da OCX não é apenas geográfica, mas abrange a difusão de valores comuns e a propagação da ideia de desenvolvimento conjunto. Diferente da humilhante verticalidade da relação dos EUA com seus aliados, os estados-membros da OCX buscam o consenso por meio do diálogo e fortalecem a confiança mútua através do intercâmbio. Esse modelo interativo, multinível e multidimensional é um reflexo claro da vitalidade e do apelo da proposta internacional da China, que vem seduzindo uma crescente diversidade de países.

Índia... e Vietnã

Nesta cúpula, muitos olhares se voltaram para Narendra Modi. Em 1949, a Índia se tornou o primeiro estado não socialista a reconhecer a República Popular da China (RPCh), enquadrando essa decisão na solidariedade anticolonial e na unidade asiática. Para o então primeiro-ministro indiano, Jawaharlal Nehru, o reconhecimento não foi um cálculo tático, mas uma expressão de idealismo pós-colonial, baseada na crença de que a inclusão da RPCh na ONU estabilizaria a Ásia e fortaleceria a autoridade moral do mundo em desenvolvimento. Mesmo após a guerra de fronteira de 1962, a Índia não revogou o reconhecimento.

As disputas fronteiriças entre a China e a Índia continuam sendo um obstáculo inevitável para a melhoria das relações bilaterais, mas aquela base inicial não se dissipou completamente. Jin Canrong, professor da Universidade Renmin da China, escreveu recentemente que a China não se aliará à Índia apenas para combater os Estados Unidos. Da mesma forma, a lógica da Índia não deveria responder apenas ao fato de somar um ativo em suas negociações com Washington.

O fato é que a China sempre busca depender de si mesma, especialmente quando se trata de competição estratégica com qualquer país, seja a URSS em seu tempo ou os EUA agora. Como demonstrou na disputa tarifária, ela confia plenamente que pode neutralizar os Estados Unidos de forma independente, sem ajuda externa. A diferença econômica entre os Estados Unidos e a China diminuiu drasticamente nas últimas três décadas. Em 1992, a economia americana era 15 vezes maior; em 2008, a diferença havia se reduzido para três vezes; e em 2014, para 1,5 vezes. No entanto, na Índia, uma leve flexibilização da postura de Trump provavelmente seria recebida com entusiasmo, revitalizando rapidamente as relações entre os dois países, agora deterioradas. Se os EUA fizerem alguma concessão, a Índia poderá voltar ao rebanho. Este é o dilema que o consenso alcançado em Tianjin deve resolver a curto prazo, deixando pendentes outras questões, como o apoio de Nova Delhi à Iniciativa do Cinturão e da Rota – um projeto de cooperação internacional liderado pela China.

O primeiro-ministro indiano declarou que ambos os países buscam autonomia estratégica e uma política externa independente, e que sua relação bilateral não está sujeita à influência de terceiros. Modi acrescentou que a cooperação entre a Índia e a China fará do século XXI um verdadeiro “século asiático”. A retórica soa bem, dirão, mas precisa se traduzir em fatos.

O fato de que Tianjin possa gerar um novo equilíbrio China-Índia não deve ofuscar o alcance de outro dado de alta significação política. Esta cúpula também marca uma importante novidade para a OCX: pela primeira vez, um representante do Vietnã, o primeiro-ministro Pham Minh Chinh, esteve presente em um de seus encontros. Ele participou como “convidado do país anfitrião”, já que até agora Hanói não havia compartilhado a agenda da organização de forma alguma.

O Vietnã é hoje o quarto parceiro comercial da China em nível global, depois dos Estados Unidos, Japão e República da Coreia. Em janeiro de 2025, os investimentos estrangeiros diretos da China no Vietnã atingiram 31,26 bilhões de dólares, ocupando o sexto lugar entre 149 investidores estrangeiros. Nos primeiros sete meses de 2025, mais de 3,1 milhões de turistas chineses chegaram ao Vietnã, o que representa 25,5% do total de chegadas internacionais, a maior fatia de qualquer mercado de origem. Mas também não faltam motivos de atrito com Pequim: o mais importante é a disputa sobre o mar do Sul da China.

Relevância Política

Assim como acontece com o marco dos BRICS, e diferente da UE e outros aliados dos EUA que se preparam para acolher submissamente as pregações de Trump, os países do Sul Global estão perdendo o medo. Até agora, todos, de uma forma ou de outra, tentaram evitar dar a impressão de se inclinar para a China, o que despertaria imediatamente suspeitas em Washington e poderia acarretar custos estratégicos. No entanto, apesar das limitações estruturais, percebe-se mais folga, mais margem de manobra, para cruzar as linhas vermelhas dos EUA.

No contexto geopolítico da OCX – e até em outros –, a dependência de segurança, a dupla dependência econômica da China e dos EUA, os imperativos da política interna e os consensos, as pressões externas, incluindo a expansão da abordagem de segurança dos EUA, faziam com que todos navegassem entre evitar provocar a China e não deixar de satisfazer os EUA. O que Tianjin nos mostra é que chegou o tempo dos desvios visíveis em direção à China e que esta os apoiará.

Relevância Econômica

Embora os problemas de segurança de fronteira estejam na origem de uma OCX que remonta a 1996, a cooperação econômica é o novo motor que abrange uma ampla gama de áreas, como comércio e investimento, energia, economia digital, agricultura moderna e desenvolvimento verde. A OCX quer demonstrar que o multilateralismo não só facilita a unidade regional para abordar os desafios de segurança, mas também promove a conectividade e a prosperidade. E Tianjin demonstra que os membros da OCX estão avançando para uma cooperação mais estreita, alinhando as estratégias de crescimento. O novo banco de desenvolvimento será um teste importante. A China o propôs em 2010, embora o tenha congelado diante da oposição do Kremlin, que promovia então seu próprio banco eurasiano.

ATENÇÃO!! Presidenta Dilma Rousseff é recebida por Xi Jinping no dia da comemoração dos 80 anos da vitória da China contra a invasão japonesa!!

Trump se BORRANDO DE MEDO da força dos BRICS!!!
pic.twitter.com/H7ugUgAygk

— Thiago dos Reis 🇧🇷 (@ThiagoResiste) September 3, 2025

Em 2024, o volume comercial da China com os estados-membros, estados observadores e parceiros de diálogo da OCX atingiu um recorde de 890 bilhões de dólares, o que representa aproximadamente 14,4% do comércio exterior total da China. No final de 2024, o investimento total da China nos estados-membros, estados observadores e parceiros de diálogo da OCX superava os 140 bilhões de dólares.

Multilateralismo: A Abordagem Alternativa Chinesa Avança

A China de Xi não quer imitar os modos do Ocidente. Ela quer ganhar influência, sim, mas, acima de tudo, busca demonstrar que os EUA não são capazes e que é impossível gerenciar um mundo que só pode funcionar com ambições muito pragmáticas, que levem em conta as necessidades globais de desenvolvimento e que integrem horizontalmente a presença do heterogêneo Sul Global. O tempo do domínio exclusivo de poucas potências liberais está se esgotando, enquanto a ordem global avança para um modelo mais multipolar e compartilhado. A dependência histórica da governança global dos EUA e do Ocidente chega ao fim.

Em cúpulas como esta de Tianjin, mas também em outros fóruns como os BRICS ou os que implementou com diversas regiões, a China foca em forjar consensos e encorajar processos e dinâmicas que se traduzem em estabilidade e confiança, valores que o hegêmon tradicional já não está em condições de proporcionar. Esses consensos e processos se fortalecem como as duas chaves estruturais do discurso global da China.

Leia mais

  • A emergência da China e a reorganização do mundo. Entrevista especial com Luiz Carlos Bresser-Pereira
  • Putin se encontra com Xi e líderes do Sul: "Somos a maioria global. A Europa quer guerra"
  • O Ocidente esqueceu a arte da estratégia. China e Rússia são os novos grandes mestres
  • China e Rússia: uma fraternidade frágil. Artigo de Nina L. Khrushcheva
  • “Negociações envolvendo a China e a Rússia são necessárias ou a guerra irá se alastrar”. Entrevista com Moisés Naím
  • “A China dissuadiu Putin de usar armas nucleares”, afirma Anthony Blinken
  • Do Nord Stream ao Irã: a geopolítica de um império em declínio
  • A espiral do caos e da automação. Um mapa do século ameaçador. Artigo de Franco ‘Bifo’ Berardi
  • O Ocidente intensifica a sua guerra mundial. Artigo de Rafael Poch
  • “Uma ponte entre o Ocidente e o Sul global pode favorecer o diálogo com os judeus”. Entrevista com Massimo Faggioli
  • Sobre o pânico moral e a coragem de falar: o silêncio do Ocidente sobre Gaza. Artigo de Ilan Pappé
  • O declínio do Ocidente. No realismo de Francisco, o caminho para a verdadeira paz. Artigo de Massimo Cacciari
  • Ocidente: o novo fascismo
  • Era preciso um louco para dizer que o Ocidente está morto. Artigo de Raniero La Valle
  • Dissuasão armada. O perigoso jogo do Ocidente. Artigo de Andrea Ruggeri
  • Com Trump, mais guerra contra os nossos povos. Artigo de Raúl Zibechi
  • “A crise do Ocidente é a crise do mundo”. Entrevista com Emmanuel Todd
  • O que nos separa de um novo conflito global. Artigo de Wolfgang Streeck
  • A “multipolaridade” e o declínio crônico do Ocidente
  • A ilusão bélica do Ocidente. Da geopolítica à astropolítica o passo é agora curto. Artigo de Francesco Strazzari
  • “O Ocidente caminha para a autodestruição com sua espiral militarista”. Entrevista com Fabian Scheidler
  • “A chave é se o Ocidente aceitará perder o seu domínio sem nos levar a um conflito catastrófico”. Entrevista com Fabian Scheidler

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