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01 Julho 2025

"Levadas a sério, de fato, as palavras de Trump sobre Hiroshima e Nagasaki têm um enorme sentido simbólico. Os bombardeios das duas cidades em agosto de 1945 – até então os únicos ataques atômicos da história – foram, sem dúvida, "resolutivos". Mas causaram um número total de vítimas ainda difícil de estimar, que gira em torno de trezentas mil."

O artigo é de Paolo Giordano, escritor italiano, publicado por Corriere della Sera. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo.

Ao declarar o fim de uma guerra que ele mesmo batizou “dos doze dias”, o presidente Trump decidiu recorrer, entre todas as semelhanças possíveis, àquela com os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki.

A referência despertou a indignação dos hibakusha, os sobreviventes japoneses das bombas, e um breve lampejo de consternação em nós, logo superado por outras coisas. Retornar agora às palavras de Trump pode parecer pedante, quase infantil, como qualquer tentativa de comentário sério sobre suas provocações. Mas é um sacrifício do orgulho que ainda vale a pena fazer, um exercício do qual não deveríamos renunciar, para que o sentido dos pronunciamentos não se perca definitivamente, justamente o que a retórica trumpiana almeja. Levadas a sério, de fato, as palavras de Trump sobre Hiroshima e Nagasaki têm um enorme sentido simbólico. Os bombardeios das duas cidades em agosto de 1945 – até então os únicos ataques atômicos da história – foram, sem dúvida, "resolutivos". Mas causaram um número total de vítimas ainda difícil de estimar, que gira em torno de trezentas mil.

Na lista de alvos compilada pelos estadunidenses, o critério explícito era justamente maximizar os danos civis e de infraestruturas. As explosões tinham que ser espetaculares e incutir um pavor sem precedentes na população. Justamente por isso, Kyoto, a capital histórica, estava em primeiro lugar entre os objetivos iniciais. Foi descartada no último momento por uma coincidência: se o Secretário da Guerra Stimson não a tivesse visitado e apreciado durante sua lua de mel, hoje não teríamos muitos para visitar de seus templos. Hiroshima foi escolhida em seu lugar porque ainda estava bem conservada. Quanto a Nagasaki, existe hoje um consenso substancial de que seu bombardeio poderia ter sido evitado também para o objetivo de encerramento da guerra. Mas se prosseguiu mesmo assim; havia outra bomba a ser testada, a de plutônio, e a essa altura a situação já havia saído um pouco do controle.

Vistos pelas lentes do direito contemporâneo, os ataques a Hiroshima e Nagasaki se configuram como crimes de guerra flagrantes e, provavelmente, como dois imensos ataques terroristas. Usá-los como exemplo de uma solução rápida e limpa, como fez Trump, não é apenas uma falsificação histórica, mas um retorno inquietante à leitura daqueles eventos que uma parte do Ocidente havia imediatamente fabricado para justificá-los e que, com o tempo, superamos.

A comparação ignominiosa de Trump, no entanto, tem pelo menos um mérito: nos lembra, caso fosse necessário, que oitenta anos depois de Hiroshima ainda estamos imersos na era atômica, que não conseguimos vislumbrar seu fim, porque talvez não exista. De todas as aberrações que a humanidade produziu, a bomba atômica continua sendo a pior. E não é, de forma alguma, como há muito tempo nos convencemos e como os físicos arrependidos de Los Alamos esperavam, a melhor garantia possível de paz. Com a invasão russa da Ucrânia, o equilíbrio baseado na dissuasão transformou-se em seu oposto, em uma garantia de impunidade para o agressor. Aqueles que ainda não estavam convencidos agora têm essa breve guerra entre Israel, Irã e Estados Unidos, onde a ameaça nuclear serviu como motivação ideal para desencadear um ataque.

A declaração de um mundo subitamente mais seguro, que Netanyahu e Trump estão festejando, fracassou. Não apenas porque o resultado alcançado no Irã é incerto. Mas porque qualquer pronunciamento de paz que desfralda o espectro da guerra nuclear é fracassado em sua essência. Ele tem um coração radioativo, só para não sair da metáfora.

E, em qualquer caso, a dissuasão nuclear como garantia de paz não funciona por si só. Ela só funciona em combinação com a sabedoria dos líderes, especialmente os líderes dos países que possuem a bomba atômica.

Infelizmente, a impressão de uma baixa, baixíssima confiabilidade dos tomadores de decisão, dos governos individuais até as lideranças supranacionais, está se espalhando entre nós, cidadãos, justamente em meio à pior escalada militar desde a Segunda Guerra Mundial. E a estratégia de Trump da inconfiabilidade, de contradição serial – se é que é uma estratégia – não nos tranquiliza. Pode ser brilhante, como alguns acreditam, mas nos obriga a ilações contínuas. Como podemos explicar a nós mesmos por que motivo festejar a neutralização de um programa nuclear evocando os dois bombardeios mais sangrentos da história? Por que, senão para dizer que mesmo aquele evento pode ser reescrito melhor aprouver, "obliterado", esvaziado de seu horror e até mesmo celebrado? Por que, senão para dizer que no mundo de hoje, o mundo que Trump deseja, tudo, mas realmente tudo vale, desde que funcione?

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