• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O legado mais importante de Francisco. Artigo de Enzo Bianchi

Mais Lidos

  • "Israel e seus apoiadores desencadearão o caos pelo mundo". Entrevista com Pankaj Mishra

    LER MAIS
  • A dor do outro e a lição de Primo Levi. A crueldade começa com a nossa indiferença. Artigo de Jonathan Safran Foer

    LER MAIS
  • ‘O capitalismo extrai a pele, o corpo e a alma da classe trabalhadora’. Entrevista com Ricardo Antunes

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

27 Mai 2025

"Ir às periferias significava para o Papa abrir novos caminhos, encontrar a diversidade, ver de modo diferente e, portanto, modificar a visão de si mesmos, da Igreja e da humanidade. Para ele, era obediência aos sinais dos tempos e dos lugares esse não temer a novidade, a desordem às vezes necessária para construir uma comunhão plural e de diversos, justamente como quer o Espírito Santo, que nos textos de Basílio, frequentemente citados por Francisco, é apresentado como 'a harmonia da Igreja e das Igrejas'", escreve o monge italiano Enzo Bianchi, fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado em Vita Pastorale, junho 2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Em 13-03-2013, depois da fumaça branca, o coração de muitos de nós estava em grande apreensão: as previsões da véspera sobre a escolha do Papa feitas pelos cardeais no conclave estavam orientadas para uma hipótese de uma Igreja certamente não inspirada no Concílio Vaticano II, uma inspiração que havia sido seguida, mesmo que em uma interpretação às vezes restritiva, por Bento XVI. Mas quando Francisco apareceu na loggia da Basílica de São Pedro, vestido apenas com a batina branca sem quaisquer ornamentos, com um sorriso mal contido, e depois de dizer que havia sido escolhido como bispo de Roma, pediu ao povo de Deus que o abençoasse, em vez de dar sua bênção imediatamente do alto de sua majestade, entendemos que o Senhor estava nos doando um pastor, um pai que ama suas ovelhas e seus cordeiros.

Ele vinha quase do fim do mundo, inesperado, e se apresentava de uma forma inusitada, desejando "boa noite" a todos. Eu sabia que o Cardeal Bergoglio tinha origem italiana, filho de uma família de Asti, de uma cidade perto da minha, em Monferrato, e senti uma empatia natural por ele, por seu jeito de se mover, de falar. E também o nome que havia escolhido, "Francisco", não deixava dúvidas: nenhum Papa antes dele havia assumido aquele nome que significava reforma da Igreja sob a hegemonia absoluta do Evangelho, amor à pobreza e aos pobres, escolha de um caminho que também continha humilhações.

Lembrei-me de como Hannah Arendt havia definido João XXIII: "Um cristão no trono de Pedro". Sim, também do Papa Bergoglio, desde seus primeiros gestos, podia-se dizer que um cristão tinha se tornado Papa, não no sentido de batizado, mas no sentido de discípulo que busca conformar-se ao seu Cristo e Senhor. E, certamente, ao longo do ministério petrino de Francisco, serão os gestos muito simples, mas realizados com criatividade pessoal, que manifestarão sua grandeza evangélica e espiritual. Não será fácil esquecê-los: recém-eleito, ele lança uma coroa de flores nas águas de Lampedusa em memória dos migrantes que morreram no Mediterrâneo; depois, junto com o Patriarca Ecumênico Bartolomeu, visita os migrantes na ilha de Lesbos e traz consigo um grupo para Roma; faz uma longa parada em silêncio diante do muro que divide Jerusalém em duas partes; e durante a pandemia, vai à Praça São Pedro, sozinho, para uma intercessão silenciosa diante do Crucifixo.

E, além desses, os gestos cotidianos, inúmeros, desde o lava-pés de pobres, mulheres, doentes, não cristãos, prisioneiros, pecadores... até os encontros com aqueles que são julgados indignos de pertencer à Igreja de Cristo pelos chamados "justos".

Mas Francisco também deixou à Igreja textos importantes, depois dos quais a Igreja não poderá mais caminhar como antes: Laudato si', que delineia a relação do cristão com o planeta e a humanidade, e a Fratelli tutti, que indica a fraternidade universal como horizonte, para além dos limites da Igreja. O Papa também nos presenteou com homilias que se nutrem da fonte da Palavra de Deus. E teve a coragem da admoestação profética até a acusação dos males presentes nas instituições eclesiásticas, alertando contra o clericalismo.

Às vezes, as afirmações de Francisco surpreendiam e cegavam pela luz que continham. Sobre os homossexuais, disse: "Quem sou eu para julgar?"; ou: "Mesmo no maior pecador a graça de Deus pode habitar e agir!". Não eram frases de efeito, mesmo que precisassem de maiores explicações: porém, eram um convite à misericórdia de Deus, que triunfa sobre a sua justiça, como os profetas já haviam revelado; misericórdia da qual a Igreja deve ser sempre ministra, sem impor condições. O Papa Francisco possuía uma profunda teologia da misericórdia e do perdão. E por isso não só quis o ano da misericórdia, como pediu diversas vezes uma misericórdia que fosse implementada na vida das diferentes Igrejas.

Não é difícil admitir, no entanto, que Francisco tinha um caráter nada fácil e espinhoso, e que, mesmo como Papa, continuou sendo um homem passional e, portanto, sujeito a uma raiva que o levava a juízos muito duros, como quando disse que Donald Trump não era muito cristão ou chamou um ex-ministro italiano de "algoz" por seu comportamento em relação aos migrantes.

Sim, Francisco amava a verdade ao custo de ser rejeitado por suas posições; mesmo que, fiel à tradição inaciana, Francisco sempre tenha acreditado que todo comportamento deve ser avaliado em seu contexto, na singularidade das pessoas envolvidas, porque se os princípios são importantes, é preciso sempre se perguntar se a situação concreta não exige uma interpretação no espaço da oikonomía, para que a pessoa nunca seja esmagada pelo peso da lei. É preciso olhar para o bonum animorum e ajudar cada pessoa a não se sentir condenada, mas perdoada pelo Senhor, que antecipa a graça ao pecado.

E Francisco será lembrado justamente por esse êxodo, essa saída que ele queria como caminho da Igreja na história. Ir às periferias significava para o Papa abrir novos caminhos, encontrar a diversidade, ver de modo diferente e, portanto, modificar a visão de si mesmos, da Igreja e da humanidade. Para ele, era obediência aos sinais dos tempos e dos lugares esse não temer a novidade, a desordem às vezes necessária para construir uma comunhão plural e de diversos, justamente como quer o Espírito Santo, que nos textos de Basílio, frequentemente citados por Francisco, é apresentado como "a harmonia da Igreja e das Igrejas".

Mas o processo mais decisivo que Francisco iniciou, e não conseguiu concluir, é o da sinodalidade. Esse continua sendo, sem dúvida, a novidade e o legado mais importante de Bergoglio. Com a certeza de que o sensus fidei não é apenas prerrogativa do magistério papal, mas habita o povo de Deus, que é "infalível in credendo" (Evangelii gaudium 119), aos poucos ele compreendeu a sinodalidade de uma forma inédita para a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas. Se no início dizia que devemos aprender a sinodalidade com os Ortodoxos, que têm um Sínodo de Bispos em torno do Primaz-Patriarca, o Papa passou depois a formular a sinodalidade como um processo que deve envolver o povo de Deus: synodos, um caminhar junto de todos, porque "o que diz respeito a todos deve ser tratado e deliberado por todos!". Eis, portanto, o Sínodo que interroga os bispos e o povo de Deus sobre a sinodalidade, num percurso que se desdobra ao longo de três anos, com atenção à escuta e ao debate em cada comunidade, em cada Igreja local, em cada uma das Igreja e na Igreja universal.

Quanto ao último Sínodo em Roma, Francisco quis que ocorresse em duas etapas, duas sessões, para que houvesse mais tempo para aprofundamento e amadurecimento. E assim o Sínodo termina e a fase de implementação ou recepção começa nas Igrejas locais, mas isso poderia ter se transformado em um desejo e ser abandonado pelo Papa que vinha depois. E assim, em 14 de março de 2025, enquanto estava no hospital, Francisco legislou que o Sínodo teria uma fase de recepção e implementação que deveria se concluir no final de 2028, com uma assembleia mundial da Igreja Católica convocada para elaborar Proposições que depois se tornariam leis, isto é, direito canônico, e não apenas palavras de esperança! Um gesto extraordinário de um Papa à beira da morte!

A sinodalidade já está agora inscrita na vida da Igreja e o Papa Leão XIV também terá que a levar em conta e implementá-la. Mesmo que, na homilia fúnebre de Francisco, tenham sido lembrados todos os gestos eloquentes, proféticos e caridosos que o Papa fez, mas não foi lembrada nem a sinodalidade nem a atenção à situação das mulheres na Igreja. Mas a sinodalidade exigirá que essas realidades que emergiram dos trabalhos sinodais não sejam esquecidas, mas mantidas vivas no debate eclesial.

O Papa Francisco é contraditório? O Papa Francisco é profeta pela metade? O Papa Francisco é um papa incompleto? Sim, essas definições do Papa também capturam limites do pontificado que temos como graça.

Ainda teremos muitas ocasiões para voltar a agradecer a Deus pelo Papa que nos deu como "cristão no trono de Pedro".

Leia mais

  • Antes de Deus. Artigo de Raniero La Valle
  • Um pastor: “Papa Francisco tocou milhões de pessoas, católicas e não católicas”
  • Vaticanista brasileira se emociona ao anunciar que os pobres e sem-teto serão os primeiros a prestar homenagem ao Papa antes de ele ser sepultado
  • O mundo em tempos de guerra perde um defensor da paz. Artigo de Stefano Stefanini
  • Poderosos e pobres juntos para se despedir de Francisco. “Em nome da paz”
  • “Graças a ele, abrimos os olhos também para a dor dos outros”. Entrevista com Safran Foer
  • O cansaço do corpo e a força de Pedro. Artigo de Enzo Bianchi
  • Francisco: o papa que denunciou a "cultura machista". Artigo de Nina Lemos
  • O legado brasileiro do Papa Francisco. Artigo de Philipp Lichterbeck
  • Dom Ivo Lorscheiter e o Papa Francisco: aproximações e esperança! Artigo de Thiago Alves Torres
  • Papa Francisco: uma ruptura instauradora na Igreja: Michel de Certeau e a leitura do seu papado. Artigo de Angelo Ricordi
  • O Papa Francisco segundo um pastor. X - Tuitadas
  • Lula, ouça o papa Francisco! X - Tuitadas
  • Francisco. Símbolo de unidade e esperança, demonstrando graça e bondade para com as pessoas ao redor do mundo. X - Tuitadas
  • Os frutos maduros da Laudato Si'
  • Líderes católicos se reúnem para compreender melhor “Fratelli Tutti”
  • “Fratelli tutti”, mais que um documento. O manifesto de uma época
  • "Evangelii Gaudium", a agenda missionária do pontificado. Artigo de Paolo Trianni
  • A ousada peregrinação do Papa e os quatro princípios de 'Evangelii Gaudium'. Artigo de Victor Gaetan
  • “Procurem colocar em curso, sinodalmente, um aprofundamento da ‘Evangelii Gaudium’”, pede Francisco à Igreja italiana
  • O privilégio à caridade: as grandes novidades da Evangelii gaudium. Artigo de Arturo Paoli'
  • Por uma ecologia integral, social, humana e o poder de cuidar e matar
  • Uma ecologia integral rumo à paz, o alerta do Papa. Artigo de Paolo Rodari
  • Papa Francisco revela aos reitores latino-americanos o título da “segunda parte” da Laudato Si’: Laudate Deum
  • 'Dilexit nos'. Uma breve reflexão para você poder contemplar ainda mais O Sagrado Coração de Jesus através da nova Encíclica do Papa Francisco. Artigo de Orlando Polidoro Junior
  • “Amou-nos”, a encíclica sobre o Sagrado Coração de Jesus
  • Sagrado Coração de Jesus, uma devoção "absolutamente necessária para salvar a fé da precisão dogmática"
  • Lumen Fidei, a primeira encíclica de dois Papas
  • Lumen Fidei. “Uma fé mais itinerante que doutrinal”. Entrevista com Christoph Théobald
  • Mensagem de Francisco à 6ªSSB: Desde 1991, caminho para uma “Igreja em Saída”
  • Papa Francisco envia mensagem em vídeo aos participantes do 15º Intereclesial das CEBs: “Sejam Igreja em saída e nunca escondida"
  • O Papa aos futuros padres: sejam sempre sinal de uma Igreja em saída
  • CELAM: uma Igreja sinodal em saída para as periferias
  • Primeira mensagem do Papa após deixar o hospital para vítimas de abuso: "Que a proteção se torne uma linguagem universal"
  • "Universidade que tenha o cheiro de carne e de povo". Discurso do papa Francisco à Pontifícia Universidade Gregoriana
  • "Esta economia mata. Precisamos e queremos uma mudança de estruturas", afirma o Papa Francisco
  • O Papa Francisco denuncia a "cultura do descarte" e as "tentações populistas" em um discurso em Trieste
  • Papa Francisco no G7: “A inteligência artificial é um instrumento fascinante e tremendo”
  • Papa Francisco: “Somos todos responsáveis pela missão da Igreja”. O vídeo do Papa

Notícias relacionadas

  • Redescobrir a essência da Igreja

    Na primeira Constituição, sobre a liturgia, já há a eclesiologia de comunhão da Lumen Gentium, mas ainda não a entendemos. A[...]

    LER MAIS
  • O papa, o Concílio e a história

    Passado meio século desde os tempos do Concílio Vaticano II, é possível tentar um balanço diferente, que utilize como element[...]

    LER MAIS
  • Não me ''re-Concílio''. Uma viagem entre os católicos tradicionalistas

    "Fundamentalismo" – uma cunhagem do início do século XX do cristianismo batista do Sul dos EUA, que reivindicava a defesa dos [...]

    LER MAIS
  • Por que não se reconciliam? A pesquisa de uma revista jesuíta

    Uma aprofundada investigação da revista dos jesuítas italianos Popoli reconstrói a aversão dos católicos tradicionalistas ao[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados