Trump e o fantasma fascista. Artigo de Jorge Alemán

Donald Trump e Elon Musk (Fonte: FMT)

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

23 Janeiro 2025

“O fantasma é a operação do sujeito para ocultar o vazio que o constitui. É a promessa de uma plenitude fracassada que provoca uma expansão megalomaníaca”, escreve Jorge Alemán, psicanalista e escritor, em artigo publicado por Página/12, 23-01-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

De novo o mesmo mantra: “Trump não pode ser tão estúpido” e torpe a ponto de chegar aí e conseguir capturar a opinião pública norte-americana e, portanto, é considerado uma arrogância intelectual “progressista” pensar assim. Ouvi esse argumento repetido na Argentina com a Coisa que governa.

Parece que é como se estivesse proibido pensar em que condições uma sociedade, em determinadas conjunturas históricas, tem a possibilidade de levar um fascista oligarca e ignorante ao poder.

O fantasma é a operação do sujeito para ocultar o vazio que o constitui. É a promessa de uma plenitude fracassada que provoca uma expansão megalomaníaca. De forma perversa, o sujeito se sente um instrumento de Deus para gozar dos outros como se fossem a escória que só existe para tapar buracos em seus orifícios eróticos.

Seria necessário separar, de uma vez por todas, o termo perversão das práticas sexuais e mostrar que esses fantasmas, que combinam “Kant com Sade” (Lacan), em uma nova relação com os outros, agora, encontram a sua oportunidade histórica no pós-neoliberalismo e em sua realização do fantasma fascista. Os gestos nazistas de Elon Musk, nesta perspectiva, não estabelecem uma coincidência histórica com os membros do nacional-socialismo da Segunda Guerra Mundial, mas constituem sua apropriação fantasmática.

Leia mais