PF faz operação contra família suspeita de causar “muralha de fogo” no Pantanal

Incêndio no Pantanal | Foto: FotosPúblicas

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11 Outubro 2024

Episódio ficou famoso pelas imagens de uma festa junina em Corumbá com chamas ao fundo; pecuaristas são investigados por suspeita de queimar 30 mil hectares.

A reportagem é publicada por ClimaInfo, 11-10-2024.

A busca por responsáveis pelos incêndios criminosos que se espalham pelo país continua. Na manhã de 5ª feira (10/10), a Polícia Federal, em parceria com Ibama e Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul (IAGRO/MS), deu início em Corumbá (MS) à operação “Arraial de São João”. A ação teve como alvos uma família suspeita de provocar um incêndio imenso no Pantanal que ficou conhecido como “muralha de fogo”.

A impressionante imagem viralizou nas redes sociais. No dia 22 de junho, em registros em foto e vídeo das festividades do tradicional Arraial do Banho de São João, a principal festa típica de Corumbá, via-se ao fundo uma “muralha de fogo” formada pelos incêndios no Pantanal. As chamas cercavam a cidade e lançavam uma densa fumaça no ar.

Entre os investigados estão Carlinhos Boi, pai dos demais suspeitos: Antônio Carlos de Borges Martins (Poré), Carlos Roberto Alves Martins, Damião Alves Martins, Carlos Francisco Alves Martins e Carlos Antônio de Borges Martins. Um deles foi preso por porte ilegal de arma de fogo e multado em R$ 50 milhões pelo Ibama, informa o g1.

As investigações mostraram que a família explora ilegalmente a região para a criação de gado. Um dos motivos para atear fogo é justamente para realizar o manejo do gado, pois elimina a mata seca acumulada que não é consumida pelos animais e proporciona o crescimento de uma vegetação nova.

Segundo a PF, o fogo começou em 1º de junho e se estendeu, causando estragos em uma área estimada de 6,5 mil hectares. Mas a área queimada supera 30 mil hectares se somadas as queimadas em território boliviano, destaca o g1.

Durante as investigações dos incêndios ocorridos durante o ano, os dados coletados revelaram que a área queimada é alvo reiterado desse crime ambiental e, posteriormente, alvo também de grilagem, com fraudes junto aos órgãos governamentais. Segundo o Brasil 247, ainda há indícios de manejo de gado irregular proveniente da Bolívia na área devastada.

Campo Grande News, Correio do Estado, R7, UOL, Metrópoles, CNN, Carta Capital e Midiamax também noticiaram a operação liderada pela PF em Corumbá.

Em tempo

Principal curso d’água do Pantanal, o rio Paraguai registrou seu menor nível histórico desde o início dos monitoramentos, em 1900, no ponto de medição da cidade de Ladário (MS). Segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), o rio atingiu 62 centímetros, superando o recorde de baixa de 1964 e desencadeando um sinal de alerta para a região, destaca O Globo. De acordo com a Sala de Situação do IMASUL, responsável pelo monitoramento hídrico do estado, o nível do rio tem apresentado quedas diárias de 1 a 2 centímetros, agravando a situação.

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