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07 Mai 2024

“Nada será como antes! Pontes, estradas e construções não responderão mais a este “novo normal”! Serão arrastadas, destruídas e não ficará mais pedra sobre pedra! Uso uma linguagem apocalítica para sublinhar a gravidade do momento”, alerta Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos, padre da Arquidiocese de Londrina.

“É hora de nos empenharmos na ajuda aos irmãos gaúchos, mas é também o momento de refletirmos sobre o futuro do nosso país, de norte a sul”, conclama.

Eis o artigo.

Tendo efetuado já a minha colaboração solidária através do regional Sul 3 e convocado os colegas da Arquidiocese de Londrina a fazerem o mesmo; tendo inclusive envolvido a minha paróquia numa campanha geral de arrecadação de dinheiro, alimentos e materiais de limpeza, eu sinto que devo escrever. Este é o momento, enquanto o ferro está quente na bigorna!

Em primeiro lugar quero me congratular com a sempre e rápida solidariedade do povo brasileiro. Nunca faltou o óbolo da viúva. Como costumo falar, é pobre ajudando pobre! O país inteiro está se mobilizando. Porém, infelizmente, isso é pouco. A questo punto, como dizem os italianos, não podemos usar apenas da sensibilidade e da boa-fé para enfrentarmos estas situações catastróficas como a que atingiu o Rio Grande do Sul. Se o povo é bom e Deus é sempre bom, os administradores federais e locais devem ser mais do que “bons”! Têm que ser eficientes! Isso implica, antes de mais, não serem negacionistas! Parece um pressuposto óbvio, mas carece de obviedade quando se trata de muitos políticos!

As mudanças climáticas são reais. São visíveis. São científicas. São perceptíveis, principalmente para quem as sente na pele, nos bens e na sua vida! Desde o final do século passado, pelo mundo afora, seja em forma de secas dilacerantes, de cheias arrasadoras, tornados, tufões, furacões etc., a humanidade tem assistido a esses eventos cada vez mais frequentes e sempre mais agressivos e devastadores. A isso se convencionou chamar de “novo normal”, pela incidência praticamente rotineira na vida das pessoas.

Soma-se, um desajuste gradual das tradicionais Estações do ano, manifestado nas temperaturas e na precipitação pluvial. Enquanto escrevo, por exemplo, parte de Europa, apesar da Primavera, ainda está com um clima hibernoso e no Brasil as temperaturas são de pleno Verão!

Costuma-se dizer que nesta mudança de época, os recursos e arcabouços mentais e culturais, oriundos da modernidade iluminista e racionalista, são inadequados para lidar com a pós-modernidade. E que qualquer adaptação de linguagem pode ser insuficiente, tratando-se da profunda e radical transformação do ethos humano deste século XXI. As Instituições (e a Igreja de modo especial) estão tendo muitas dificuldades em abordar este tsunami de novidades em forma de uma nova cultura que invadiu os espaços, questionando um modus operandi milenar.

Ora, as mudanças climáticas não são diferentes e o seu impacto junto à humanidade não está tão distante da mencionada grande mudança de época. Nada será como antes! Pontes, estradas e construções não responderão mais a este “novo normal”! Serão arrastadas, destruídas e não ficará mais pedra sobre pedra! Uso uma linguagem apocalítica para sublinhar a gravidade do momento.

Marina Silva cunhou uma expressão, no ano passado, que merece realce: “prevenção emergencial”! A sociedade, os políticos em particular, devem investir o máximo de recursos em prevenção! Ela ficará imensamente mais barata do que o socorro às vítimas de uma tragédia, para não mencionar, é óbvio, a perda de vidas humanas que é impagável! Trocando em miúdos, faz-se prioridade absoluta tratar o Meio Ambiente com a seriedade que ele merece e inclui-lo em bons debates de cunho eleitoral, muito acima do “bandido bom é bandido morto” que caracteriza a baixeza de muitas campanhas eleitorais municipais e federais.

O trato da questão ecológica, no sentido usado pelo Papa Francisco, vai muito além de plantar árvores com as crianças da escola! Ecologia integral faz com que o cuidado com a natureza esteja interligado com a atenção ao pobre e em paralelo com uma nova visão de Economia sustentável, solidária, a serviço da vida e, em última análise, anticapitalista. O mundo do futuro, que já começou, clama por uma mudança nos parâmetros ambientais e econômicos.

As nossas cidades não nasceram. Elas foram surgindo. A maioria delas foi programada para um décimo da sua população atual. O boom da urbanização na década de sessenta e setenta impulsionou esse fenômeno. Com isso, bairros foram surgindo com invasões, ocupações e, em seguida, regularizações fundiárias urbanas, à custa de barganha eleitoreira! E assim, surgiram as favelas e depois os bairros populares, em sua maioria em morros, fundos de vale ou banhados. A cidade, como um organismo vivo, foi-se acomodando e se configurando em uma sinergia espetacular.

Cidades são símbolos de vida; de muita vida. Mas, infelizmente, no turbilhão destas mudanças climáticas elas se tornam sinônimo de morte. Se na Idade Média o castelo ficava no alto do morro com a sua cidadela, e o povão nos vales adjacentes, sendo sempre as primeiras vítimas dos invasores, não é diferente no século XXI! Os mais pobres são as maiores vítimas destas tragédias ambientais e climáticas.

É hora de nos empenharmos na ajuda aos irmãos gaúchos, mas é também o momento de refletirmos sobre o futuro do nosso país, de norte a sul. Já tivemos secas severas no Norte, atingindo sessenta e cinco cidades e com o Amazonas atingindo níveis baixíssimos; no litoral norte de São Paulo e em inúmeros pontos, culminando agora no Rio Grande do Sul. Necessitamos, portanto, começar a falar sobre drenagem urbana.

Como sabemos, a drenagem urbana sustentável é uma abordagem que busca minimizar os impactos negativos da chuva nas áreas urbanas. Envolve o uso de técnicas e estratégias que permitem a infiltração da água da chuva no solo, a retenção temporária da água e a utilização de sistemas de drenagem que imitam os processos naturais. Telhados verdes, pisos permeáveis e bacias de retenção para a água da chuva tornam-se imprescindíveis. As prefeituras devem ter um serviço permanente de limpeza de bueiros. Mas temos que ir mais além!

Os planos Diretores das cidades são de fundamental importância e também não se reduzem a inviabilizar torres por causa do aeroporto! A liberação do espaço para novos bairros deve obedecer a critérios científicos claros, à luz do que já estamos vivendo e o uso de materiais para a construção também deve ser objeto de fiscalização. Em situações mais drásticas, a Prefeitura deve agir para retirar aglomerados habitacionais de lugares previsivelmente vulneráveis, dando àquelas famílias condições de novas moradias. Se não quisermos chorar os mortos e desaparecidos e lamentar prejuízos estratosféricos, devemos nos reinventar!

Contudo, a tragédia não é só urbana. Ela está lá no campo, nas bacias de rios médios e alguns de pequeno porte. E aí vem à tona o trato do solo, o desmatamento, as matas ciliares e até represamento inadequado e ilegal. Se até aqui tudo isso era tolerável, embora não justo e nem recomendável, agora, é questão de vida ou morte! A agricultura e a ecologia não poderão mais estar divorciadas! O Meio Ambiente não é inimigo da produção! E não deve continuar sendo visto como tal! O pacto pela vida e pelo futuro deve ser estabelecido entre os que semeiam e a natureza. Jornalistas ambientais devem parar de ser perseguidos. Eles são os profetas do nosso tempo!

Por último e não menos importante, se desejarmos viver bem e seguros a partir de agora, usemos a inteligência, pois ela não foi usada quando nos últimos duzentos anos agredimos o clima e colocamos a economia excludente e capitalista acima da vida humana. A natureza não perdoa nunca!

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