Greenpeace Brasil alerta: faltam políticas públicas para enfrentar emergência climática e evitar mais mortes

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14 Setembro 2023

Gestores públicos não podem mais alegar "surpresa" frente aos eventos extremos que vêm atingindo o paísGreenpeace promove abaixo-assinado pela renovação do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA) em prol de cidades seguras para todas as pessoas

A reportagem é da Assessoria de Comunicação do Greenpeace Brasil, 13-09-2023.

Especialistas da área de Justiça Climática do Greenpeace Brasil alertam que faltam políticas públicas efetivas de adaptação às mudanças climáticas para preservar a vida das pessoas, especialmente aquelas historicamente e socialmente vulnerabilizadas. “Quantos mais precisarão morrer ou perder tudo para que os governantes garantam cidades seguras para todas as pessoas?”, questiona Igor Travassos, da frente de Justiça Climática do Greenpeace Brasil. É preciso que as esferas de governo atuem agora para prevenir novas tragédias.

O boletim de 12h desta terça-feira (12) da Defesa Civil do Rio Grande do Sul informa a morte de, pelo menos, 47 pessoas em 98 cidades do interior do estado em decorrência das enchentes provocadas por chuvas intensas. De acordo com as informações, 46 pessoas seguem desaparecidas; já são mais de 25 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas, e cerca de 342 mil pessoas afetadas.

“O enfrentamento à emergência climática deve ser prioridade para o poder público. As fortes chuvas que resultaram em dezenas de mortes e milhares de desabrigados e/ou desalojados nesses últimos dias no Rio Grande do Sul são resultado da falta de políticas efetivas de prevenção, adaptação às mudanças climáticas e resposta aos eventos extremos. Não estamos lidando com um fato novo ou inesperado. O sul do país tem sofrido com os efeitos das passagens de ciclones na região por décadas e nada de concreto tem sido feito”, afirma Travassos.

 

Basta de tragédias quando as chuvas chegam!

Os eventos climáticos extremos estão mais intensos e frequentes, assim como as enchentes, os alagamentos e os deslizamentos de terra. Como consequência, temos visto aumentar o número de mortes, de habitações destruídas e danificadas,, impactos que se somam a uma série de outras vulnerabilidades históricas vividas pelas populações mais vulnerabilizadas, como falta de acesso a saneamento básico, saúde, alimentação de qualidade, coleta seletiva adequada , entre outros direitos básicos para a garantia de uma vida digna. Esses são apenas alguns dos exemplos de ocorrências que evidenciam que o poder público, em todas as esferas, não está cumprindo o papel constitucional de proteger a vida da população, especialmente das pessoas pretas, indígenas e quilombolas, que sofrem os maiores impactos e têm mais dificuldade de reconstruir suas vidas.

O Greenpeace convida toda a população a aderir ao abaixo-assinado que cobra a revisão e a implementação do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA).É necessário que os governos federal, estadual e municipal elaborem planos e estratégias para a adaptação climática em seus territórios.

Com mais de 4 milhões de brasileiras e brasileiros vivendo em áreas de risco, expostos a eventos extremos que ameaçam suas vidas diariamente, é urgente a implementação de políticas públicas permanentes que respondam às consequências da crise climática, promovendo condições dignas de moradia e cidadania.

O Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), elaborado em 2016 a toque de caixa e atualmente defasado (seu prazo expirou em 2020), não considera as periferias das cidades como territórios sensíveis. O Greenpeace Brasil defende a renovação urgente do PNA, com ampla participação da sociedade civil e elaboração de medidas que promovam a justiça climática, protegendo as parcelas da população que estão mais expostas aos riscos.

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