16 Março 2022
O arcebispo Ieronymos de Atenas e toda a Grécia enviou uma carta ao Patriarca Kirill de Moscou em 4 de março, sobre a guerra que está sendo travada pelas forças militares russas na Ucrânia.
A reportagem é publicada por Orthodox Times, 14-03-2022.
Na sua carta, o Arcebispo apelou ao Patriarca de Moscou para intervir para pôr fim à guerra. “E tenha certeza, sua intervenção será catalítica”, observou ele.
O arcebispo Ieronymos também destacou que “os contínuos ataques e as sucessivas ondas de bombardeio, por decisão e ordem da liderança russa, fazem da terra ucraniana um lugar de sofrimento, tristeza e ruínas. Infelizmente, não apenas as pessoas estão sendo perseguidas, mas também infraestruturas vitais, edifícios históricos, monumentos culturais e até templos sagrados, como a Catedral Ortodoxa de Kharkiv”.
Depois de destacar que a Igreja da Grécia sente o forte dever de levantar sua voz em protesto em favor de todas as vítimas da guerra e perseguidos, “devido à intolerância e à barbárie, infelizmente não por convertidos, mas por cristãos com ideias semelhantes”, ele lembrou ao Patriarca Kirill os laços de longa data entre a Igreja da Grécia e a Rússia.
“Por ocasião do início da Quaresma, pedimos fortemente que você resista aos planos de guerra dos líderes seculares. E tenha certeza, sua intervenção será catalítica”, disse o arcebispo Ieronymos.
Ele acredita que tal intervenção por parte do Patriarca russo será decisiva para o aumento ainda maior da dinâmica das Igrejas Ortodoxas no mundo moderno, “já que a guerra entre os ortodoxos reduz nossa credibilidade como cristãos, que embora tenhamos o dever declarar a paz, não a implementamos na prática, causando consequências negativas para o prestígio e a presença geral da Igreja Ortodoxa em todo o mundo”.
Por fim, com um “lembrete” do Arcebispo de Atenas para o papel que o Patriarca Kirill deveria ter, o Arcebispo de Atenas dirigiu “um pedido de alinhamento constante da SAS com os mandamentos de nosso Senhor Jesus Cristo por amor”.
“É necessário, neste momento crítico, confirmar à consciência da própria Igreja Ortodoxa que contribuímos para a prevalência da paz. Desta forma, a Igreja Ortodoxa emergirá como o mais genuíno e mais forte ator de paz entre os dois povos, o russo e o ucraniano, que têm tradições comuns de séculos, principalmente através da fé ortodoxa”, concluiu o arcebispo.
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Arcebispo de Atenas a Kirill: Resista aos planos de guerra dos líderes seculares - Instituto Humanitas Unisinos - IHU