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Com guerra na Ucrânia, cenário religioso global está destinado a mudar

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28 Fevereiro 2022

 

As guerras sempre têm consequências imprevisíveis, eviscerando o status quo e moldando violentamente novas realidades. Enquanto a maioria dos especialistas está ponderando as consequências geopolíticas, diplomáticas e militares da invasão da Ucrânia pela Rússia, a guerra de Putin também parece destinada a ter consequências importantes no cenário religioso.

 

O comentário é de John L. Allen Jr., publicado em Crux, 27-02-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Neste momento, parece impossível de prever quais poderão ser essas consequências, mas certamente vale a pena contemplar as possibilidades.

 

Para começar, há pelo menos três dimensões claramente religiosas nesse conflito que, até agora, foram amplamente negligenciadas na maioria das análises.

 

Primeiro, a guerra pode afetar as relações entre as Igrejas ortodoxas do mundo.

 

Existem quase 300 milhões de cristãos ortodoxos no mundo, divididos em 15 Igrejas autocéfalas e uma grande variedade de outros ramos, com cerca de 100 milhões na Rússia e 40 milhões na Ucrânia. A Igreja Ortodoxa Russa considera a Ucrânia como o berço da sua fé e seu “território canônico”, mas, na prática, os fiéis ortodoxos na Ucrânia estão divididos em três Igrejas separadas, e apenas uma é diretamente dependente de Moscou.

 

Um efeito da guerra, portanto, poderia ser o fato de produzir um novo sentimento de causa comum entre os ortodoxos na Ucrânia, enfraquecendo o domínio de Moscou e produzindo um novo e forte contraponto no mundo ortodoxo. No início da guerra, o ramo de Moscou da Igreja Ortodoxa na Ucrânia emitiu fortes declarações condenando a invasão, embora esse conteúdo tenha sido removido de seu site.

 

Além disso, há algum tempo se desenrola uma disputa pela liderança no mundo ortodoxo entre Moscou e o Patriarcado de Constantinopla, liderado pelo Patriarca Bartolomeu I. Em termos gerais, Constantinopla é considerada o ponto de referência mais progressista e pró-ocidental – Bartolomeu, por exemplo, é uma figura ecumênica que está engajada em múltiplas parcerias com o Papa Francisco – enquanto Moscou é vista como mais conservadora e conflituosa.

 

Em geral, Constantinopla tem a reivindicação mais forte da preeminência, enraizada na concepção tradicional de Constantinopla como a “primeira entre iguais” na tradição ortodoxa. Moscou, no entanto, tem os números, o dinheiro e o apoio do Estado russo.

 

Se a opinião ortodoxa em todo o mundo azedar em relação aos russos, um efeito claro poderia ser fortalecer Constantinopla.

 

A historiadora religiosa Diana Butler Bass afirma: “O conflito na Ucrânia tem tudo a ver com religião e o tipo de Ortodoxia que moldará a Europa oriental e as outras comunidades ortodoxas ao redor do mundo (especialmente na África)”, escreve ela.

 

“Trata-se de uma cruzada, recapturando a Terra Santa da Ortodoxia russa e derrotando os hereges ocidentalizados (e decadentes) que não se ajoelham diante da autoridade espiritual de Moscou.”

 

“Se você não entende isso, você não entendeu nada. Quem vai controlar o lar geográfico, a ‘Jerusalém’ da Igreja russa? Moscou? Ou Constantinopla? E o que significa reivindicar esse território para a Ortodoxia em todo o mundo? A Ortodoxia global se inclinará para um futuro mais pluralista e aberto ou fará parte de um triunvirato autoritário da neocristandade?”

 

Em segundo lugar, a guerra na Ucrânia também pode ter consequências importantes para as relações católico-ortodoxas, especialmente no que diz respeito ao destino da Igreja Greco-Católica na Ucrânia, a maior das 23 Igrejas orientais do mundo em comunhão com Roma.

 

Os católicos gregos na Ucrânia há muito tempo desempenham um papel descomunal nos assuntos nacionais, produzindo gerações de estudiosos e ativistas que trabalham pelo objetivo de uma comunidade cristã unificada e independente no país. Os católicos gregos geralmente são fortemente pró-ocidentais e resistentes a Moscou, desempenhando papéis importantes nas várias revoltas pró-independência da Ucrânia e, exatamente por essa razão, provavelmente correm um grande risco à medida que a ofensiva russa continua se desenrolando.

 

Remontando a Paulo VI, a ampla política do Vaticano em relação à Ortodoxia russa tem sido de dissuasão, fazendo grandes esforços para evitar confrontos. A abordagem “luva macia” foi confirmada com o Papa João Paulo II e o seu sonho há muito acalentado de um cristianismo que “respirasse com os dois pulmões”, o Oriente e o Ocidente. O papa polonês era um opositor implacável do comunismo e ajudou a desencadear o colapso do império soviético, mas tendia à deferência e ao tato quando se tratava dos ortodoxos russos.

 

Tudo isso foi frustrante para muitos católicos durante a Guerra Fria e continua sendo até hoje, já que o Papa Francisco ainda nem sequer nomeou publicamente a Rússia como agressora, nem condenou as ações de Putin como muitos outros líderes globais fizeram.

 

O conflito atual pode ter o potencial de mudar esse cálculo. É verdade que a visita papal praticamente sem precedentes da sexta-feira passada à Embaixada da Rússia junto à Santa Sé não foi acompanhada por nenhuma crítica pública a Moscou, mas, sejamos francos, um papa não atravessa a Via della Conciliazione rumo a uma embaixada estrangeira porque está feliz.

 

Talvez as consequências da guerra moldarão um novo tipo de ecumenismo vaticano, um pouco mais robusto na sua capacidade de resistir.

 

Em terceiro lugar, a crise atual também pode impactar os círculos católicos e cristãos conservadores no Ocidente, que passaram a ver Putin como um aliado na luta contra o radicalismo islâmico, especialmente em termos de proteção dos cristãos perseguidos no Oriente Médio e em favor da promoção dos valores cristãos tradicionais como um baluarte contra o secularismo.

 

Se alguns desses católicos e cristãos conservadores passarem a não gostar de Putin, isso pode desencadear uma busca por outras formas de fazer avançar os seus objetivos.

 

Também vale a pena notar, a esse propósito, que a pretensão de Putin de ser um grande “Defensor da Fé” no cenário global não é inteiramente uma fanfarronice. Em momentos críticos no Oriente Médio, Putin usou o poder russo de maneiras que realmente beneficiaram as populações cristãs, principalmente na luta contra o ISIS na Síria e no Iraque.

 

Sob a lei das consequências não intencionais, um Putin enfraquecido e distraído poderia acabar expondo esses cristãos a um perigo maior, uma possibilidade que os líderes ocidentais com visão de futuro fariam bem em antecipar, porque, caso contrário, Putin estaria livre para fazer propaganda sobre o fracasso deles.

 

Em suma: do outro lado da guerra, o cenário religioso global está destinado a parecer diferente. Essas diferenças, no entanto, serão determinadas pelas escolhas que os líderes religiosos fizerem exatamente agora.

 

 

Leia mais

 

  • Quando o conflito une as Igrejas. Artigo de Enzo Bianchi
  • Com guerra na Ucrânia, cenário religioso global está destinado a mudar
  • Ucrânia: Putin, Cirilo e os vassalos
  • Ucrânia, Francisco: o possível homem da mediação. “Preservar o mundo da loucura da guerra”: 2 de março oração e jejum
  • Putin, César de Bizâncio. Artigo de Silvia Ronchey
  • O imperialismo criminoso de Putin e a invasão da Ucrânia. Os povos nunca devem ser identificados com o regime
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  • O Papa: uma triste guerra entre cristãos
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  • Lições ucranianas sobre paz e guerra
  • Os destinos da Europa e a paz dos vivos. Artigo de Donatella di Cesare
  • Ucrânia. Europa não pode mais se contentar com a estratégia dos EUA
  • Putin e os europeus unidos no paradoxo. Artigo de Alberto Negri
  • Como Putin está explorando as rivalidades ortodoxas na Ucrânia
  • A guerra assimétrica de Putin
  • Putin está perdendo? Artigo de Francesco Sisci
  • O que é e por que é perigoso a expansão para o leste da OTAN
  • Ucrânia. Vaticano sabe que deve ficar longe dos tons exaltados da mídia ocidental
  • A crise da Ucrânia e o acordo entre Rússia e China
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  • Crise Rússia-Ucrânia, o Papa Francisco conversará com Putin por telefone
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  • Os povos e a guerra entre potências. Artigo de Raúl Zibechi
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