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Quando os bispos não entendem de eucaristia. Artigo de Andrea Grillo

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03 Abril 2020

Neste artigo, o teólogo italiano Andrea Grillo, professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, comenta um recente documento publicado sobre as celebrações litúrgicas em tempos de pandemia, intitulado: “Substituamos a pandemia do coronavírus pela pandemia da oração e da ternura”

Segundo Grillo, porém, o texto não é sinal de ternura, “é apenas dureza e rigidez. Assim não é possível seguir em frente. Ouvir dos bispos essas bestialidades sobre a eucaristia é intolerável. O assunto é sério”.

O artigo foi publicado em Come Se Non, 01-04-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Diante do texto que apareceu no site da Conferência Episcopal da Úmbria (CEU), na Itália, intitulado “Substituamos a pandemia do coronavírus pela pandemia da oração e da ternura” (o título já soa um pouco retórico demais...) [disponível aqui, em italiano], eu me perguntei: o que diria Silvano Maggiani [liturgista e padre servita italiano, ex-reitor da Pontifícia Faculdade Teológica Marianum, falecido em janeiro deste ano], com a sua sabedoria, diante de um texto tão desastroso?

Estou convencido de que ele teria sorrido e, depois, começaria a desmontar, ponto a ponto, a pequena página que se destaca sob a imagem dos bispos reunidos em assembleia. Eis mais ou menos qual seria o seu discurso ao monsenhor que redigiu o documento. Os conteúdos são dele, embora o estilo, inevitavelmente, seja meu.

Sem ternura e sem teologia

Prezado Mons. X,

No texto da CEU, vocês inseriram pelo menos três grandes desvarios teológicos, de uma gravidade e, ao mesmo tempo, de uma ingenuidade verdadeiramente desanimadoras. Quem escreveu o texto parece ter dado uma espiada sumária no Catecismo, lendo uma linha e pulando três, e depois amadureceu as convicções distorcidas que tomam forma nesse discurso. Proponho que você tome as três frases mais graves em ordem. Verá como é fácil desmontá-las de acordo com a teologia mais clássica:

a) “1. A reforma do Concílio Vaticano II deseja que ‘os fiéis participem da celebração consciente, ativa e frutuosamente’ (SC 11) e recomenda aos batizados a comunhão no sacrifício eucarístico – nas condições exigidas – como participação mais perfeita no próprio sacrifício (cf. SC 55). No entanto, as indicações conciliares não significam que a validade da celebração eucarística depende ou é condicionada pela presença do povo. A ‘matéria’ imprescindível da missa é o pão e o vinho, assim como a ‘forma’ é dada pelo ato celebrativo presidido pelo sacerdote. Quando um presbítero celebra a Eucaristia ‘com a intenção de fazer o que a Igreja quer fazer’, essa missa atualiza objetivamente o mistério pascal de Cristo. De fato, é doutrina de fé que, na memória eucarística, ‘aquele mesmo Cristo, que a Si mesmo Se ofereceu outrora de modo cruento sobre o altar da cruz, agora está contido e é imolado de modo incruento: é diferente apenas o modo de se oferecer” (DS 1743). Além disso, se a ‘matéria’ fosse a assembleia, se deveria pensar paradoxalmente em uma transformação dela ou até em uma ‘transubstanciação’ dela, um conceito totalmente estranho à tradição católica e à teologia da Eucaristia.”

Aqui não se lê o Concílio, mas se projeta sobre o Vaticano II uma versão reduzida e distorcida da teologia escolástica. Usam-se os conceitos de matéria e forma como nenhum escolástico jamais fez. Cita-se o Concílio de Trento sobre um tema (o sacrifício) que não tem nada a ver com o argumento (participação do povo) e se acaba mostrando que se ignora gravemente o que toda a tradição sempre disse: ou seja, que o efeito de graça do sacramento é precisamente a “comunhão eclesial”.

A ridícula referência à transubstanciação não capta sequer remotamente que de Agostinho, passando por Trento até o Vaticano II, com linguagens diferentes, o verdadeiro “fim” da eucaristia não está no efeito “intermediário” (presença sob as espécies), mas sim no dom de graça da “comunhão eclesial”. Agostinho, Inocêncio III, Vaticano II, mas, acima de tudo, as Orações Eucarísticas de todos os tempos, com linguagens diferentes, dizem isso acima de tudo. Como um bispo, uma Conferência Episcopal podem negar isso? Apenas para justificar as “celebrações sem povo em condição de pandemia”? Essa seria a ternura?

b) Passemos ao segundo trecho:

“2. A assembleia participa da celebração, mas não é a protagonista constitutiva do ato sacramental, como, em vez disso, é o ministro ordenado, presbítero ou bispo. Por outro lado, ele mesmo não é ministro de si mesmo, mas apenas de Cristo e do seu corpo, que é a Igreja. De fato, a presidência eucarística, como o Magistério sempre ensinou, é um agir ‘na própria pessoa de Cristo’ (in persona Christi), tanto que o ministro naquele momento não se expressa na terceira pessoa, mas na primeira: ‘Isto é o meu corpo. Isto é o meu sangue’. É claro que, de um ponto de vista pastoral, a presença do povo é mais do que nunca desejável, assim como é recomendado ‘que os fiéis não assistam como estranhos ou mudos espectadores e participem consciente, piedosa e ativamente’ (SC 48). Teologicamente, no entanto, a realização objetiva da Páscoa de Cristo na ação eucarística da Igreja não depende da sua presença. Uma coisa é a validade objetiva, outra é a fecundidade ou a frutuosidade subjetiva. O celebrante e a assembleia dos fiéis desempenham um papel de representação visível, mas o ministro original da ação eucarística é o próprio Senhor Jesus, eternamente glorificado junto do Pai, Ele que ‘possui um sacerdócio que não declina’ (Hb 7,24; cf 7,25-26; 8,1-2; 9,12.24). O mesmo vale para a presença eucarística de Cristo nos sinais sacramentais do pão e do vinho.”

Os conceitos que são empregados neste segundo parágrafo são todos tomados, igualmente, da Mediator Dei. Ah, se Pius Parsch ler essas linhas lá de cima! Ele, que ainda em 1947, com a força de um profeta, havia criticado abertamente o texto de Pio XII, porque tinha o “velho” conceito de participação. Com essas categorias, permanece-se na divisão entre clero e povo no ato de culto: ah, se Rosmini ler essas poucas linhas, quanto se entristecerá.

Passaram-se quase 200 anos, e os bispos ainda não entenderam! Essa divisão entre “validade objetiva” e “frutuosidade” é a degeneração de categorias clássicas, que hoje funciona como surdez à lógica do Vaticano II, que quer que todos participem “per ritus et preces”. Uma teologia que pensa a realização do mistério de modo “incondicional” em relação à presença do povo não merece ser chamada de teologia. E é uma teologia que não consegue justificar a Reforma Litúrgica, porque a grande reforma teve a sua verdadeira razão de ser na superação dessas ideiazinhas clericais.

Por favor, não usem o advérbio “teologicamente”, não usem a locução “como o Magistério sempre ensinou” para encobrir as próprias lacunas. O magistério ensinou, mas você, monsenhor, não estudou e compra gato por lebre. Primeiro, estude uma migalha de boa teologia e depois fale como cristão. Se, depois, quiser falar com autoridade, mas mostrar que não conhece a tradição, a penitência deverá ser longa e dura. E não deverá sair dessa com uma “indulgência plenária”...

c) E eis a terceira joia:

“A presença do povo de Deus não é acessória, e o sacerdócio batismal está inseparavelmente unido ao ministerial (cf LG 10). A missa, porém, não depende do sacerdócio batismal. Os fiéis ‘desempenham a sua parte na ação litúrgica” (LG 11), mas não são eles que realizam e tornam presente o gesto de Cristo que se oferece ao Pai sempre que, obedecendo ao seu mandato, o ministro – em nome do Igreja e in persona Christi – faz memória da sua Páscoa (a esse respeito, é mais urgente do que nunca uma apropriada catequese que eduque a comunidade à plena participação na ação eucarística; de fato, será indispensável agir nessa linha assim que for possível voltar à normalidade)”.

Aqui a lógica é posta em discussão. Se a presença do povo “não é acessória”, mas a missa “não depende” do sacerdócio batismal, cria-se um dissídio insuperável, que, na linguagem sem rigor do redator, não cria problemas.

Raciocinemos: os carros têm acessórios. Por exemplo, os vidros elétricos. Mas o carro, como tal, não depende do acessório. Tudo bem. Mas se dizemos que o freio não é um acessório, como podemos dizer que o carro não depende do freio? Você vê, monsenhor, que a sua linguagem retórica e vazia se torna embaraçosa? Você vê que você não disse nada de sólido. Ou, melhor, disse apenas que, apesar do Concílio Vaticano II, você quer reduzir o povo a um acessório e finge que toda a tradição diz isso, sem saber o que diz! Então, poderíamos dizer assim, para que você entenda: o carro pode ter acessórios. Quem o dirige é Cristo, a direção é quem a preside, mas, sem acelerador, sem freio e sem embreagem, o carro não se entrega, não vai, não existe.

A cereja em cima do bolo, porém, é esta: em um parêntese final, você rasga as vestes para inventar uma catequese de cima para baixo, com a qual seja possível educar a comunidade à participação. Essa é demais! Com aquilo que você escreveu, você gostaria de “educar”? Fique parado. Não faça nada. Primeiro, deixe-se educar pela tradição, aprenda o que é realmente participar, coloque-se na posição de quem aprende. É o cúmulo, mas é sempre assim. Precisamente você, que demonstra não saber o ABC da tradição eucarística, que demonstra não entender a importância da participação, põe-se a pontificar sobre a necessária educação do povo: você só sabe misturar paternalismo clerical e clericalismo paternalista. Você crê que está vendo e é cego.

Eu tinha que ser sincero. Isso não é ternura, é apenas dureza e rigidez. Assim não é possível seguir em frente. Ouvir dos bispos essas bestialidades sobre a eucaristia é intolerável. O assunto é sério.

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