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Em busca da ressurreição. Artigo de Vito Mancuso

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11 Abril 2023

"Pode-se acreditar ou não na ressurreição de Cristo que a Igreja Católica celebra na Páscoa, mas o símbolo que ela representa vai além da fé teológica porque se refere à esperança e à visão positiva do processo vital. E se a doença de que sofremos é a desconfiança em nós mesmos, o remédio que poderá nos curar se chama confiança", escreve o teólogo italiano Vito Mancuso, ex-professor da Universidade San Raffaele de Milão e da Universidade de Pádua, em artigo publicado por La Stampa, 08-04-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O ponto decisivo é esclarecer o que está morrendo dentro de nós, para entender se existe pelo menos um pouco a possibilidade de que um dia possa ressurgir. Sobre o fato de que algo dentro de nós está morrendo, acho que ninguém mais tem dúvidas: o sentimos perfeitamente, é um ruído surdo e persistente, uma espécie de baixo contínuo que dá um ritmo fúnebre aos nossos dias e que deriva da consciência das ameaças cada vez mais iminentes: a guerra nuclear, a emergência climática, a desconexão entre gerações que nunca foi tão profunda na história da humanidade, as desigualdades abismais entre os poucos super-ricos e as massas dos deserdados, as migrações tão maciças de povos a ponto de gerar uma "deriva dos continentes" de tipo social, o uso da inteligência artificial muito facilmente transformável em abuso, a engenharia genética que corre exatamente o mesmo risco. E, além disso, há aquele processo de crescimento “infantilização das massas”, para citar Amos Oz, que apaga a fronteira entre política e espetáculo, de modo que as pessoas não votam mais em quem pode governar melhor, mas em quem emociona e entretém, porque é isso que a maioria das pessoas quer hoje: ser emocionado, como crianças mimadas na país das guloseimas.

Juntas, essas sombras que pesam sobre nós constituem uma densidade tão escura que nos levam a dizer: "Chega, quero sair desse suplício". Mas, diante de ameaças tão globais, não é possível escapar para nenhum lugar. Então a pergunta retorna: o que exatamente dentro de nós está morrendo?

Hannah Arendt, de cujo pensamento emana a luz salvífica da verdadeira filosofia, escreveu: “O que realmente deve ser entendido é que a ‘alma’ pode ser destruída mesmo sem destruir o homem físico” (As Origens do Totalitarismo, p. 603). É a "alma" que está em perigo mortal hoje.

O outro dia Umberto Galimberti declarou a este jornal que a alma “não pertence à cultura cristã, nem àquela judaica: é uma invenção de Platão”. Não é verdade. Platão certamente contribuiu para aprofundar o conceito, mas a alma estava presente em todas as grandes civilizações antes dele: na China, o taoísmo falava de "hun" (a alma espiritual que sobrevive) e de "po'" (aquela psíquica que morre); na Índia, os hindus de "atman" e de "jiva" defendendo a reencarnação; na Grécia com Pitágoras, Empédocles e Anaxágoras a filosofia cunhou os conceitos de "nous" e de "psyché"; anteriormente, os egípcios conheciam três tipos de alma ("ak, ba, ka") e para cada um de nós previam a psicostase no final de sua vida, a pesagem de sua alma. Quanto ao judaísmo, nele existe um triplo conceito de alma ("nefesh, ruah, neshamà"), para o qual se veja o ensaio do rabino Adin Steinsaltz, L'anima (Giuntina 2018) no início da qual está escrito: “Temos uma alma. Podemos afirmá-lo porque o percebemos”. E que finalmente Jesus, teologicamente próximo do movimento dos fariseus, compartilhasse a existência da alma e a sua imortalidade, fica claro pelos Evangelhos. Nada de "invenção de Platão". Mas porque as grandes tradições espirituais da humanidade, religiosas e filosóficas, sentiram a necessidade de falar de alma? Acho que foi para sublinhar a peculiaridade humana. Nós humanos sob muitos aspectos, somos um pedaço de mundo material, idêntico a todas as outras manifestações da matéria; para outros aspectos não, somos diferentes. E foi para expressar essa diferença que a mente cunhou o conceito de alma. A mesma função foi desempenhada por outros conceitos semelhantes, entre os quais espírito, consciência, liberdade.

Então aqui está a resposta para a pergunta inicial: o que está morrendo dentro de nós é a nossa diferença específica de seres humanos. A nossa interioridade (chame-a de alma ou, de outras formas, pouco importa, o que importa é que seja considerada o nosso bem mais precioso) hoje está em perigo de ser destruída, alertava Hannah Arendt. Hoje podemos dizer: hackeada. Talvez já o seja.

Talvez até nós mesmos já estejamos parcialmente hackeados e os pensamentos que expressamos em palavras não sejam mais nossos, mas de algum outro que entrou em nossa mente. Quando falamos, quem fala dentro de nós?

Quando temos sentimentos, quem sente dentro de nós?

O que é certo, porém, é que por não acreditando na alma espiritual e na sua capacidade de guiar (segundo Marco Aurélio "ghemonikón"), sofremos de desconfiança de nós mesmos. Essa é a doença mortal, a via sacra de nós pós-modernos e pós-humanos: a desconfiança em nossa humanidade.

Pico della Mirandola, glória do pensamento filosófico do Renascimento italiano, pôde escrever um ensaio de título: Oratio de hominis dignitate, ou seja: "Discurso sobre a grandeza do ser humano". Hoje somos apenas capazes de colocar em evidência as nossas misérias. As quais existem, é evidente, e são muitas, mas, eu acho, não são tudo.

Pode-se acreditar ou não na ressurreição de Cristo que a Igreja Católica celebra na Páscoa, mas o símbolo que ela representa vai além da fé teológica porque se refere à esperança e à visão positiva do processo vital. E se a doença de que sofremos é a desconfiança em nós mesmos, o remédio que poderá nos curar se chama confiança.

É uma atitude racional? Não, não é. Todas as coisas realmente importantes na existência psíquica não são racionais: basta pensar no amor, paixão, entusiasmo, inspiração. Mas irracional não significa falso, porque a verdade não coincide com a razão, é antes a precisão que coincide com a razão. A verdade é mais do que a precisão: é força, energia, ímpeto, comprometimento; "heroico furor”, dizia Giordano Bruno.

Em 3 de julho de 1943, enquanto estava no campo de concentração holandês de Westerbork, de onde mais tarde seria deportada para Auschwitz, encontrando sua morte em 30 de novembro do mesmo ano, uma jovem mulher judia Etty Hillesum escreveu a alguns amigos: "A miséria aqui é realmente terrível, no entanto, tarde da noite, quando o dia já se foi há tempo, muitas vezes me encontro caminhando a passos rápidos ao longo da cerca de arame farpado, e então do meu coração sempre se eleva uma voz - não posso evitar, é assim, é de uma força elementar -, e essa voz diz: a vida é algo esplêndido e grande, mais tarde teremos que construir um mundo totalmente novo. A cada novo crime ou horror teremos que opor um fragmento de amor e bondade que teremos que conquistar em nós mesmos.

Podemos sofrer, mas não devemos sucumbir”. E concluía: "Então eu vos recomendo: fiquem no seu posto de vigia, se vocês já tiverem um dentro de vocês". A alma (ou a consciência, ou como ainda queiram chamar) é este posto de vigia dentro de nós, que, para quem tem a sorte de tê-lo, pode ser a sua salvação. A sua ressurreição cotidiana. E que não há nada mais precioso, todos os grandes mestres espirituais o ensinam, de Sócrates a Buda, de Confúcio a Jesus.

Este último disse certo dia: “De que adianta ao ser humano ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”.

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