Golpe ‘sinodal’ de Francisco, que nomeia duas mulheres para o conselho ordinário da Secretaria do Sínodo

Foto: Vatican Media

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16 Dezembro 2024

  • “Os quatro membros com nomeação pontifícia já não são necessariamente bispos”, esclarece a Santa Sé

  • O órgão que “desempenhará um papel fundamental tanto na condução deste processo sinodal sobre a sinodalidade como na preparação do próximo Sínodo”, e que se reunirá pela primeira vez no dia 17 de dezembro, conforme anunciou o Vaticano

O primeiro encontro, já com Brambilla e Zervino, será no dia 17 de dezembro

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 13-12-2024.

Não há como voltar atrás na presença das mulheres no Sínodo dos Bispos. Essa é pelo menos a vontade do Papa Francisco, que nomeou os quatro membros por designação papal para o Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo, órgão que “desempenhará um papel fundamental tanto na condução deste processo sinodal sobre a sinodalidade como na preparação do próximo Sínodo”, e que se reunirá pela primeira vez no dia 17 de dezembro, conforme anunciou a Santa .

Entre os novos membros do conselho estão Irmã Simona Brambilla, MC, Secretária do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica (Itália), e María Lía Zervino, Membro do Dicastério para os Bispos (Argentina). Duas mulheres, uma consagrada e uma leiga que, como assinala o Vaticano, se juntam aos restantes membros, eleitos na XV Congregação Geral da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, no dia 23 de outubro, num total de 17 participantes, aos quais se juntará o presidente do dicastério responsável pelo tema do próximo Sínodo, que ainda não foi decidido.

“Com as modificações do artigo 10 da Instrução sobre a celebração das Assembleias Sinodais e a atividade da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, ratificada pelo Santo Padre em 17 de outubro de 2024, o número total de membros é de 17:12 de eleitos durante a assembleia de Outubro entre os bispos diocesanos/eparquiais ou equivalentes (1 das Igrejas Orientais Católicas, 1 da Oceania, 2 respectivamente da América do Norte, América Latina, Europa, África e Ásia). Ao mesmo tempo, os quatro membros com nomeação pontifícia não são mais necessariamente bispos ”.

Esta última frase é especialmente relevante, pois oficializa que a reforma no Sínodo não é temporária: a partir de agora devemos falar do Sínodo e não exclusivamente do Sínodo dos Bispos. Os outros dois escolhidos pelo Papa são dois cardeais, Hollerich e o arcebispo de Turim, Roberto Repole.

Segundo a Constituição Apostólica Episcopalis Communio (n. 24, 1-3), “o Conselho Ordinário da Secretaria Geral é responsável pela preparação e condução da Assembleia Geral Ordinária”.

O XVI Conselho Ordinário é composto por:

  • Youssef Absi, Patriarca de Antioquia dos Greco-Melquitas, Chefe do Sínodo da Igreja Greco-Melquita Católica
  • Cardeal Luis José Rueda Aparicio, Arcebispo de Bogotá (Colômbia)
  • Cardeal  Dom Jean-Marc Aveline, Arcebispo de Marselha (França)
  • Cardeal Jean-Claude Hollerich, Arcebispo de Luxemburgo (Luxemburgo)
  • Cardeal Dieudonné Nzapalainga, CSSp., Arcebispo de Bangui (República Centro-Africana)
  • Cardeal Roberto Repole, Arcebispo de Turim (Itália)
  • Cardeal Filipe Neri Antônio Sebastião do Rosário Ferrão, Arcebispo de Goa e Damão (Índia)
  • Dom Timothy John Costelloe, SDB, Arcebispo de Perth (Austrália)
  • Mons. Daniel Ernest Flores, Bispo de Brownsville (Estados Unidos da América)
  • Alain Faubert, Bispo de Valleyfield (Canadá)
  • Dom José Luis Azueje Ayala, Arcebispo de Maracaibo (Venezuela)
  • Gintaras Grusas, Arcebispo de Vilnius (Lituânia)
  • Dom Andrew Fuanya Nkea, Arcebispo de Bamenda (Camarões)
  • Bispo Pablo Virgilio S. David, Bispo de Kalookan (Filipinas)
  • Rev.ª Irmã Simona Brambilla, MC, Secretária do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica (Itália)
  • Dra. María Lía Zervino, Membro do Dicastério para os Bispos (Argentina)

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