Crise mostra o que a sociedade é. Artigo de Edelberto Behs

Grupo de resgates a animais em desastre examinam pets na tragédia do Rio Grande do Sul (Foto: Fotos Públicas | Jurgen Mayrhofer | SSPS)

Mais Lidos

  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Congresso arma pior retrocesso ambiental da história logo após COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

10 Mai 2024

"É louvável o desprendimento de voluntários, de soldados do Exército, da Brigada Militar, funcionários da Defesa Civil que se envolvem no salvamento de pessoas, no resgate de ilhados, no transporte, no acolhimento... E que tristeza ver nas redes sociais um consumidor constatando que um posto de gasolina, não fica claro onde, mas talvez de Porto Alegre, aumentar de um momento a outro o preço do combustível, passando-o de 5,89 para 6,89 o litro", escreve Edelberto Behs, jornalista.

Eis o artigo

Em situação de crise, que grande parte do Rio Grande do Sul enfrenta com as cheias, aflora o que há de bom, solidário, benevolente, mas também a maldade, a sacanagem e a bandidagem numa sociedade.

É maravilhoso ver pessoas chegando aos locais que abrigam flagelados carregando água, cobertores, travesseiros, alimentos, roupas em geral, doação para quem precisa. É gratificante se deparar com pessoas, de todas as idades, carregando sacos de ração para cães e gatos.

É lindo, mas também há tristeza nesse quadro de dor e desolação. Não são poucos os relatos de ladrões assaltando voluntários, em barcos, que se empenham na busca de pessoas ilhadas, ou que encostam barcos em sacadas de edifícios parcialmente cobertos pelas águas para roubar.

Em Porto Alegre, uma família que se empenhou na elaboração de cem marmitex foi assaltada assim que chegou no informado local de entrega. O local era fake? Outra pessoa foi assaltada enquanto entregava cachorro-quente.

Em Canoas, informou o noticiário radiofônico, foi necessário colocar mais de 800 soldados da Brigada Militar nas ruas para tentar acabar com a onda de roubos e assaltos. Quantas outras histórias afins ainda não foram contadas...

É louvável o desprendimento de voluntários, de soldados do Exército, da Brigada Militar, funcionários da Defesa Civil que se envolvem no salvamento de pessoas, no resgate de ilhados, no transporte, no acolhimento...

E que tristeza ver nas redes sociais um consumidor constatando que um posto de gasolina, não fica claro onde, mas talvez de Porto Alegre, aumentar de um momento a outro o preço do combustível, passando-o de 5,89 para 6,89 o litro!

Tem o golpe do helicóptero. Pessoas recebem a promessa de resgate pelo ar mediante o pagamento de certa quantia, que é depositada e o helicóptero sequer existe. E quantas denúncias de contas clonadas em golpes! E de quantos outros casos não se tem notícia dos aproveitadores do momento!

Quantas notícias mentirosas circulam nas redes sociais? Por que esse pessoal que toma seu tempo, se presta a disparar fakenews de tudo que é espécie, não fica quieto, em silêncio, já prestariam um grande serviço à sociedade!

Leia mais