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O que o desastre climático no RS e a dengue têm em comum

Foto: Secom

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08 Mai 2024

Modelo econômico, emissão de gases de efeito estufa e negacionismo climático estão entre as principais causas de desastres naturais e epidemias como a dengue e a malária que assolam o país.

A reportagem é de Elstor Hanzen, publicada por ExtraClasse, 06-05-2024.

O desafio do momento é combater a emergência climática dos dois lados. “As causas são o enorme aumento da emissão dos gases de efeito estufa, principalmente o gás carbônico, o metano, o óxido nitroso. Além disso, temos as micropartículas de poluentes, como os sulfatos da queima de combustíveis fósseis do diesel e carvão, que geram sulfatos de micropartículas que refletem radiação solar e os desmatamentos que, por conseguinte, tudo leva ao aumento da temperatura no planeta”, explica o professor e climatologista, um dos fundadores do Instituto de Estudos Climáticos da Ufes e vencedor do Nobel da Paz em 2007, Carlos Nobre.

Para o pesquisador e referência internacional sobre emergências climáticas, é necessário reduzir imediatamente a poluição urbana e demais emissões de poluentes para frear o aquecimento da terra. “Então, o desafio é muito grande. Esse que é o desafio que a Convenção Climática se coloca, reduzir em quase 50% os meios poluentes até 2030 e zerar as emissões líquidas até 2050. Zerar totalmente e não deixar aumentar em nada os gases de efeito estufa na atmosfera até 2050”.

Ao mesmo tempo, é preciso fazer frente aos problemas já postos pelas mudanças climáticas por causa do aquecimento do planeta, como os desastres naturais e as epidemias. “Não há dúvida que o aquecimento global está aumentando muito o risco de várias epidemias, muitas dependem de insetos que existem mais em lugares quentes, como a dengue e a malária”, enfatiza Nobre. O climatologista acrescenta que essa realidade também já chegou aos Estados Unidos e à Europa. “Isso é um fator que tem a ver muito com a temperatura, por exemplo, no caso da dengue, com as ondas de calor que estão afetando inúmeras áreas do Brasil devido ao aquecimento global”, ressalta.

O doutor em ciência política e professor João Pedro Schmidt lembra que aquecimento global vem sendo estudado desde o século 19. “Há 50 anos a ciência do clima já tinha dados consolidados de que as temperaturas do planeta estavam subindo em razão da emissão de gases de efeito estufa por ação humana, desde o início da revolução industrial no fim do Século 18. No final dos anos 1980 a ONU começou a discutir o assunto em suas conferências ambientais”.

Schmidt destaca que a partir de então os levantamentos baseados em sofisticados instrumentos de aferição vem indicando o aumento das temperaturas paralelamente ao aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Ao mesmo tempo, em diferentes partes do planeta, vieram os efeitos práticos do aquecimento global: tempestades mais frequentes e potentes, secas mais prolongadas, inundações repetidas e maiores, incêndios florestais descomunais e temperaturas com os maiores níveis já registrados. “Assim, o que aconteceu no ano passado no Vale do Taquari e o que acontece agora no Rio Grande do Sul está dentro de um cenário brasileiro e internacional de intensificação de eventos climáticos extremos, os acontecimentos fora da normalidade do clima”, conclui o cientista político.

Dengue e aumento de temperatura

Os dados científicos não deixam dúvida: a temperatura não para de subir e os eventos climáticos estão cada vez mais extremos, afirma o cientista e pesquisador Carlos Nobre. “Em 2023 a temperatura chegou a 1,49 graus mais quente, foi o recorde, mais quente desde a última época interglacial, 125 mil anos atrás. E quando a gente pega já a temperatura contínua alta em 2024, a média março de 2023 a fevereiro de 2024, por exemplo, chegamos a 1,56 graus. Um novo recorde”, compara.

“Somos quase todos, fora o sul do Brasil, um país tropical e a população mais acostumada com temperaturas mais altas, nascemos já com verões quentes, mas as ondas de calor estão batendo recordes praticamente em todos os lugares, desde 2023 e também em 2024 também, muitas ondas de calor em 2024, levando a um gigantesco número de mortes”, relata o membro da Academia de Ciências para Nações em Desenvolvimento e chefe do comitê científico do International Geosphere Biosphere Programme Carlos Nobre.

Com isso, o ovo do mosquito da dengue cresce muito mais rápido, o dobro do tempo mais rápido do que em condições mais amenas de clima, salienta Nobre. “É muito importante entender que o risco dessas epidemias, como está acontecendo o recorde de epidemia de dengue na história do Brasil, tem sim a ver com os eventos climáticos extremos”. Por causa de fenômeno meteorológico extremo, seja de muita seca ou de umidade, o mosquito da dengue e uma série de outros insetos se reproduzem com muito mais facilidade e rapidez.

Deixar a floresta em pé, reduzir áreas de pastagens e educação ambiental são caminhos de saída apontados pelo especialista em geodinâmica da Sala de Situação do Cemaden Pedro Ivo Camarinha. Ele reforça que o aquecimento global coloca mais energia na atmosfera, deixa os processos mais dinâmico e intensos, maior temperatura que causa secas e muitas chuvas em outras regiões.

Combinar políticas e diferentes soluções técnicas podem ajudar na contenção de eventuais inundações, como barragens, diques e sistemas de alerta. “A gente precisa ter uma política olhando para o uso e cobertura do solo, para a gente ir preservando cada vez mais alguns mananciais, algumas áreas de preservação”, diz Camarinha.

Negacionismo

O negacionismo, com relação à emergência climática, já foi maior, mas ainda persiste mais intensamente em alguns países e segmentos, garante chefe do comitê científico do International Geosphere Biosphere. “O setor econômico com maior percentual de negacionismo é o agronegócio, isso é globalmente, praticamente em todos os países do mundo”, ressalta. E o agronegócio está associado a uma emissão de cerca de 25% dos gases de efeito estufa “É preciso reduzir muitas dessas emissões, partir para a prática da agricultura e da pecuária regenerativas”, pondera Nobre, assim também protegendo o planeta contra desastre e tornando a agricultura mais resiliente aos extremos climáticos.

Outra preocupação que se soma a essa é o crescimento do populismo político no mundo, principalmente nos últimos 20, 25 anos. “Candidatos de extrema-direita, também as vezes de extrema-esquerda, são grandes mensageiros do negacionismo das mudanças climáticas”, diz Nobre. Ele cita como referência o ex-presidente Trump dos Estados Unidos assim como o ex-presidente do Brasil. Trump já anunciou, se eleito novamente, vai autorizar a exploração de petróleo, gás natural nos Estados Unidos. Isso incentiva os combustíveis fósseis em todo o mundo, o que vai causar um atraso muito grande na emergência em que temos de reduzir as emissões poluentes”.

Segundo o climatologista Carlos Nobre, a maioria da população nacional não é negacionista, por exemplo, no Brasil menos de 10%. Mais de 90% da população brasileira quer mudanças e realmente é muito preocupada com a emergência climática do aquecimento global. Já nos Estados Unidos, a realidade é bem mais preocupante. Lá esse número já está chegando a 65%, 66%, “mais por razões políticas de populismo desses candidatos e políticos que prometem soluções de curtíssimo prazo, de remuneração salarial, de melhoras na economia, mas não olham o risco das mudanças climáticas, então isso sem dúvida é um grande risco para o planeta”, alerta o pesquisador.

Mudanças climáticas nos últimos cinco anos

O doutor em ciência política e professor João Pedro Schmidt antecipa em primeira mão à reportagem constatações-chave do livro sobre aquecimento global que vai lançar em breve. Segundo ele, a obra é fruto do estudo sobre mudanças climáticas que vem realizando há cinco anos, sob o ponto de vista da ciência política e das ciências sociais.

Ele ressalta que o livro vai evidenciar que o aquecimento global não tem a ver com algum fato específico nem tem um responsável específico. “É resultado, na sua maior parte, de um modo de produção, o capitalismo, agravado pela modelo da sociedade de consumo impulsionada nos anos 1950, sendo os países ricos os maiores emissores de gases de efeito estufa ao longo da história”, aponta. E o mais preocupante, complementa, é que não há ainda um modelo econômico alternativo ao capitalismo globalizado, o que torna difícil adotar as medidas necessárias em curto prazo, ou seja, em uma ou duas décadas.

A segunda constatação é que o problema de fundo é o capitalismo globalizado, pontua o professor. “´E um problema coletivo, mundial, há, sim, culpados pelo atraso na tomada de medidas, e esses culpados são os cientistas negacionistas do clima, que jogaram dúvidas sobre a existência do aquecimento global provocado pelos humanos”, conclui. Ainda conforme Schmidt, os negacionistas foram financiados pelas corporações que cercam a indústria petrolífera, têm o beneplácito dos neoliberais e têm na extrema-direita seus grandes propagadores políticos. “A guerra do clima só pode ser vencida politicamente, e o quadro mundial é desfavorável”.

Por fim, cientista político enfatiza que as mudanças climáticas são o mais grave problema da humanidade e deveriam ser o problema político número um, mas não são. Segundo ele, o aumento das preocupações em torno do assunto precisa de respostas políticas adequadas, para evitar a sensação de que não há nada a fazer. “Há muitas iniciativas interessantes para um novo equilíbrio climático e as forças progressistas devem se alimentar delas para formular um novo projeto político que concilie o bem-estar com o reequilíbrio climático”, constata.

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