Um mês após o cessar-fogo em Gaza, palestinos seguem vivendo em condições precárias e expostos à violência, alerta Médicos Sem Fronteiras

Foto: Wikimedia Commons | Jaber Jehad Badwan

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13 Novembro 2025

Organização denuncia que a população enfrenta fome, doenças e ataques quase diários.

A informação é publicada por MSF, 11-11-2025.

Um mês após o início do frágil cessar-fogo na Faixa de Gaza, a situação da população permanece desesperadora. De acordo com Médicos Sem Fronteiras (MSF), palestinos continuam sendo mortos e feridos pelas forças israelenses quase diariamente nas áreas próximas à linha amarela, região militarizada controlada por Israel.

“Muitas vezes, as pessoas arriscam suas vidas ao retornar para procurar suas casas, já que essa linha ainda não está claramente demarcada. Para piorar a situação, alguns dos principais hospitais estão localizados em áreas controladas pelas forças israelenses, o que dificulta o acesso seguro a serviços de saúde”, afirma Caroline Seguin, coordenadora de emergência de MSF em Gaza.

As autoridades israelenses continuam impondo restrições significativas à entrada de ajuda humanitária em Gaza. MSF e outras organizações estão lutando para levar ajuda vital ao território, especialmente equipamentos médicos, abrigos, itens de higiene e peças de reposição para infraestrutura essencial. “As necessidades são enormes. As pessoas estão sofrendo e isso é totalmente evitável”, revela Seguin.

Mesmo com o cessar-fogo, as condições de vida em Gaza continuam terríveis. Após serem deslocados à força repetidas vezes, muitos palestinos ainda vivem em tendas improvisadas, sem acesso à água corrente e eletricidade, ao lado de montes de lixo e esgoto transbordando. “A saúde das pessoas é afetada por essas condições precárias, causando infecções respiratórias, de pele e gastrointestinais. O inverno está chegando em breve, com queda de temperatura e previsão de chuvas fortes e ventos intensos”, alerta Seguin.

Médicos Sem Fronteiras apela às autoridades israelenses para que autorizem imediatamente o aumento massivo e irrestrito da entrada de ajuda humanitária em Gaza.

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