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Sem rota de fuga: o drama dos moradores da Cidade de Gaza

Foto: Anadolu Ajansi

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09 Setembro 2025

Em Genebra, na Suíça, o arqueólogo Fadel al-Otol, assim como muitos outros palestinos que estão no exterior, acompanha 24 horas por dia as notícias de sua cidade natal, Gaza. "Meu coração chora por Gaza. Não sei que destino aguarda a cidade", diz.

A reportagem é de Tania Krämer, publicada por DW, 08-09-2025.

Ele deixou a Cidade de Gaza há apenas alguns meses e se preocupa com sua filha e sua família, bem como com as outras pessoas que ficaram para trás. Em meio ao ataque israelense, ele também está preocupado com a situação dos muitos sítios arqueológicos que tentou preservar nas últimas décadas. "Gaza é uma terra de cultura e um berço de civilização", afirma.

Mas não se trata apenas das antiguidades que estão sendo destruídas numa cidade que existe desde 3.500 a.C. Ele teme pela destruição de bairros inteiros e sua história – como o antigo bairro Zaytun, com a Grande Mesquita Omari e duas igrejas cristãs.

A Cidade de Gaza é uma das mais antigas do mundo e possui uma longa história de conquistas e ocupação. Hoje, muitos temem que a invasão israelense desta outrora movimentada metrópole mediterrânea possa destruí-la completamente e deslocar sua população para sempre.

Em 8 de agosto, o Gabinete de Segurança de Israel aprovou um plano para ocupar militarmente e assumir o controle da Cidade de Gaza, onde vivem cerca de 1 milhão de palestinos, segundo a ONU. Pelo plano do governo israelense, eles deverão ser deslocados para o sul até 7 de outubro.

Grandes áreas da Faixa de Gaza já estão demarcadas como "zonas vermelhas", que os palestinos devem deixar, segundo as ordens recebidas dos militares israelenses. Conforme as Nações Unidas, mais de 80% do território não é mais acessível aos palestinos.

Na quinta-feira passada (04/09), as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram que já controlam 40% da Cidade de Gaza e que pretendem aumentar a pressão sobre o grupo fundamentalista Hamas, cujo ataque terrorista em 7 de outubro de 2023 desencadeou a atual campanha militar de Israel. As FDI passaram a mirar e destruir os últimos arranha-céus que restam na cidade.

"É o pior momento pelo qual Gaza já passou"

Na Cidade de Gaza, o ativista de direitos humanos Amjad Shawa, chefe da rede de ONGs palestinas PNGO, avalia diariamente a situação. "As pessoas se deparam com decisões impossíveis sobre para onde ir ou quando ir embora", diz ele por telefone, enquanto uma forte explosão é ouvida ao fundo.

Shawa e sua família foram deslocados para o sul no início da guerra, em outubro de 2023, quando Israel emitiu as primeiras ordens de deslocamento. Eles só puderam retornar durante o cessar-fogo de janeiro.

"É um momento assustador. Acho que esta é a pior situação pela qual Gaza já passou. Uma situação miserável", disse ele, acrescentando que os ataques israelenses vêm de todos os lados.

Nos últimos dias, as FDI intensificaram seus ataques, no que parece ser uma tentativa de expulsar os cerca de 1 milhão de moradores da cidade antes de enviar tropas terrestres e avançar para os bairros do norte e leste, destruindo mais casas ao longo do caminho.

Esta semana, um porta-voz militar israelense pediu aos moradores para irem para a área de Muwasi, perto de Rafah, no sul de Gaza, que os militares israelenses afirmam ser mais segura, apesar de já ter sido várias vezes bombardeada.

Fome declarada na Faixa de Gaza

Ao menos 63.500 palestinos foram mortos desde o início do conflito, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, ligado ao antigo governo do Hamas, mas cujos dados são considerados confiáveis por organizações internacionais como a ONU. Muitos outros provavelmente estão soterrados sob escombros.

Um número crescente de grupos de direitos humanos e especialistas afirma que Israel está cometendo genocídio em Gaza. Embora um veredito da Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre o assunto ainda possa levar anos para ser conhecido, em 2024 a corte decidiu ser "plausível" que Israel tenha cometido atos em Gaza que violem a convenção sobre genocídio.

Na Faixa de Gaza, a situação continua se deteriorando. Ativistas como Shawa dizem que fornecer ajuda humanitária se tornou quase impossível, embora ainda haja cozinhas comunitárias funcionando. "Temos capacidades muito limitadas para ajudar, e quem está no local são principalmente as ONGs nacionais", afirma.

No fim de agosto, o Quadro Integrado de Classificação da Segurança Alimentar (IPC, na sigla em inglês), um organismo da ONU com sede em Roma, declarou uma situação de fome na Faixa de Gaza inteiramente provocada por ação humana, devido ao bloqueio israelense e a prolongadas restrições à distribuição de ajuda humanitária.

Um deslocamento a pé é, assim, ainda mais difícil devido à exaustão, e isso vale sobretudo para crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais.

Sem lugar seguro para ir

Quase toda a população de Gaza foi deslocada, em muitos casos já várias vezes. "Em relação a abrigos e coisas assim, não temos nada para dar às pessoas", diz Shawa. "Milhares de famílias estão nas ruas, sem barracas."

A palestina Sham Mahmoud, de 30 anos, mãe de duas crianças, diz à DW por telefone que não há locais seguros para se ir. "Ouvimos explosões o tempo todo, seja em Jabalia, nas áreas orientais ou na própria Cidade de Gaza", conta Mahmoud, que está morando num bairro no norte da Cidade de Gaza.

A família dela foi deslocada para o sul durante o primeiro ano da guerra. Lá eles dormiram a maior parte do tempo numa barraca. A maioria das pessoas não tem mais renda para pagar por moradia e transporte. "Alugar um lugar no sul é impossível porque os preços estão muito altos", conta Mahmoud. "Meu marido não consegue pagar o aluguel, nem mesmo de um quarto individual, que custa pelo menos 1000 shekels israelenses (cerca de R$ 1.600) por mês."

Ela diz que sua família logo ficará sem opções, mas não sabe dizer se eles irão para o oeste da Cidade de Gaza ou voltarão para o sul. "Meus filhos vivem aterrorizados, especialmente à noite, por causa do som das explosões. Mas os bombardeios estão por toda parte, até mesmo no sul", diz a palestina. "Não quero expô-los ao perigo e à morte."

Nas últimas semanas, muitas pessoas tiveram de deixar as áreas do norte e ir em direção à parte oeste da cidade, como o bairro nobre de Rimal, onde montaram barracas ou construíram abrigos. Antes da guerra, esse bairro ao longo da costa mediterrânea de Gaza abrigava vários hotéis e restaurantes.

A praia nas proximidades costumava ser um popular ponto de encontro noturno e oferecia um pouco de alívio às dificuldades causadas por quase duas décadas de governo autoritário do Hamas e do bloqueio das travessias terrestres, do espaço aéreo e do mar por Israel.

A Marinha israelense há anos restringe severamente a pesca por pescadores palestinos no local, mas uma nova diretriz de julho passado determina que os militares fechem totalmente o mar e proíbe mesmo a natação. Agora, a praia está cheia de barracas.

Sensação geral de desesperança

Não está claro o que acontecerá com aqueles que se recusarem a deixar a Cidade de Gaza. Alguns relatos na mídia israelense sugerem que quem permanecer poderá ser considerado combatente e, portanto, tornar-se um alvo.

Após quase dois anos de guerra, uma sensação geral de desesperança e exaustão se instalou na Cidade de Gaza. "Ficarei aqui o máximo de tempo possível e não quero voltar a viver numa barraca. Os bombardeios estão por toda parte, não faz muita diferença", diz o palestino Ezzedine Mohammed, de 41 anos, à DW por telefone da Cidade de Gaza.

Mohammed e sua família foram deslocados à força para o sul da Faixa de Gaza quando a guerra começou. Em janeiro, eles retornaram para o norte. "A vida é aterrorizante em todos os sentidos da palavra. Todos os dias há morte, há medo da morte, e a destruição de lares prossegue", relata Mohammed.

Esse relato é confirmado por Shawa. "Gaza já é um cemitério dos nossos entes queridos, das nossas memórias e dos nossos sonhos", diz. " Eu nunca desistirei, Gaza é Gaza para mim. Mas o que a cidade será para a próxima geração, para essas crianças que passaram por tanta coisa que jamais deveriam ter vivenciado?"

O arqueólogo Fadel al Otol diz não ter dúvida de que deseja retornar, mas ele sabe que nada será como antes. "Gaza será uma cidade triste mesmo se for reconstruída", diz. "Casas podem ser reconstruídas, mas construir uma civilização leva muitos anos".

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