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As vozes dos jovens indígenas navegando rumo à COP30: “Herdamos a força e as feridas da Amazônia”

Foto: Divulgação/Flotilha Amazônica Yaku Mama | Brasil de Fato

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06 Novembro 2025

Metade dos membros da flotilha indígena que desce o Amazonas rumo à cúpula climática de Belém tem menos de 35 anos. Eles estão reunindo reivindicações e propostas para garantir que suas vozes sejam ouvidas nas negociações.

A reportagem é de Isabel Alarcón, publicada por El País, 06-11-2025.

“Eu era um bebê em movimento: estava sempre indo de um lugar para outro com meus pais, enquanto eles lutavam. Nasci em meio ao conflito”, relembra Katty Gualinga, enquanto navega pelo Rio Amazonas pela primeira vez. A jovem quíchua nasceu em 2000, ano em que seu povo, os sarayaku, lutava para impedir que uma empresa petrolífera entrasse em seu território na Amazônia equatoriana. Aos 25 anos, seu ativismo não parou, e agora ela embarca em uma nova luta. Gualinga é um dos rostos jovens da flotilha amazônica Yaku Mama, que já percorreu o Equador, o Peru e a Colômbia, e agora atravessa o território brasileiro para levar as vozes indígenas e amazônicas à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém.

“Para mim, é importante dar continuidade ao legado que meus pais e avós me deixaram”, diz Gualinga, explicando sua motivação para empreender essa jornada de 3.000 quilômetros com outras 50 pessoas, mais da metade com menos de 35 anos. Assim como ela, a maioria de seus companheiros nasceu em meio a conflitos marcados pelo extrativismo e testemunhou a transformação de seu território nos últimos anos devido às mudanças climáticas e à expansão da exploração de petróleo e mineração.

“Nós somos os que herdamos tanto a força quanto as feridas da Amazônia”, explica Alexis Grefa, membro da Fundação Quipa e parte da equipe organizadora, sobre a decisão de ter a flotilha composta principalmente por jovens. O objetivo desta jornada, diz Grefa, é demonstrar que a juventude indígena não está apenas resistindo, mas também liderando processos de mudança “com sabedoria ancestral e novas formas de comunicação”.

Um rio de aprendizado

Em 2015, Gualinga recorda que representantes de Sarayaku levaram a “canoa da vida” da Amazônia para a COP21 em Paris. A embarcação, construída artesanalmente em seu território, cruzou o continente de avião, fez uma viagem simbólica pelo Canal de la Villette, no centro de Paris, e foi finalmente instalada no Pavilhão dos Povos Indígenas, como um lembrete de que a floresta tropical e as vozes amazônicas devem ser incluídas nos tratados sobre mudanças climáticas.

Uma década depois, a representante Kichwa atravessa a Amazônia com a mesma mensagem. Desta vez, viaja com mais força, acompanhada por Mãe Água (Yaku Mama), para participar de sua primeira COP. “Vamos chegar ao espaço onde as decisões são tomadas, para que se entenda que os povos indígenas devem estar envolvidos na definição da agenda”, afirma a jovem líder de Sarayaku.

Durante a viagem, Gualinga e os outros oito jovens de sua aldeia estão sendo capacitados sobre o funcionamento da COP, as negociações relevantes para a Amazônia e qual será o seu papel nesta conferência. “Como vamos continuar resistindo sem financiamento direto?”, reflete ela sobre uma das questões que mais a preocupam e que tem sido uma das principais reivindicações dos povos indígenas nos últimos anos.

Segundo o relatório da ONU, Situação dos Povos Indígenas no Mundo, menos de 1% do financiamento internacional para o clima é destinado diretamente às comunidades indígenas. No entanto, seus territórios protegem 80% da biodiversidade remanescente do planeta.

A experiência de seu povo está ligada a outra reivindicação fundamental para a COP30: a eliminação dos combustíveis fósseis. A história de Sarayaku é reconhecida internacionalmente devido à decisão de 2012 da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que impediu a empresa petrolífera de operar em seu território. Apesar da decisão, as ameaças continuam a aumentar, não apenas para essa comunidade, mas para todos os que vivem na Amazônia. “Nessa jornada, vimos que a luta contra as empresas extrativistas e a mineração é comum a todos os países”, afirma Gualinga.

Acima: Katty Gualinga e Alexis Grefa, abaixo: Wia Cahuiya e Karen Greffa, integrantes da flotilha Yaku Mama (Foto: Cortesias).


Pare de usar combustíveis fósseis

A dinâmica da flotilha permitiu que Gualinga e seus companheiros compartilhassem suas experiências. Durante as viagens, às vezes de 15 horas, entre as comunidades, na hora do almoço, antes da sesta ou em caminhadas, é comum ouvi-los trocar histórias. Esses relatos são frequentemente acompanhados pelas risadas estrondosas de Wakemo Huamoni, um dos três representantes Waorani; pelo olhar atento de Carmen Amaguaya, da nação Andua; ou pelos comentários de Kunsob Alfaro, uma mulher Guna do Panamá, sempre ávida por aprender mais sobre a Amazônia, uma região que ela ainda não havia explorado.

Wia Cahuiya é um dos que estão aproveitando este momento para compartilhar sua experiência com combustíveis fósseis. Seu povo Waorani foi contatado pela primeira vez há 60 anos por um grupo missionário americano, e sua história tem sido marcada pela presença de empresas petrolíferas em seu território.

A comunidade de Cahuiya, Ñoneno, está localizada dentro do Parque Nacional Yasuní. Este local é conhecido como um modelo para a transição energética, após o referendo de 2023, no qual os equatorianos votaram pela suspensão da extração de petróleo no Bloco 43, dentro desta área protegida. No entanto, a atividade não parou. “Minha ideia de lutar não surgiu apenas da proteção dos Waorani de Yasuní; surgiu do fato de que os Tagaeri e os Taromenane também vivem lá”, explica ele, referindo-se às duas tribos isoladas que habitam a região.

Suas histórias refletem uma das reivindicações que os membros da flotilha vêm repetindo ao longo de sua jornada: “proteger áreas intangíveis livres de exploração”. Cahuiya espera que a flotilha tenha impacto nesta COP e que suas reivindicações sejam finalmente ouvidas, diferentemente do que aconteceu em anos anteriores. Aos 31 anos, ele já é um especialista em negociações climáticas: participou das COP26, COP27 e COP28. Desta vez, ele trará a experiência do Yasuní e defenderá a importância de uma transição energética justa.

O poder das narrativas

Além de sua presença nesses eventos, Cahuiya descobriu que a comunicação é uma aliada na conscientização sobre os problemas das comunidades. Aos 17 anos, ela começou a gravar vídeos de derramamentos de petróleo, o que a ajudou a chamar a atenção de mais pessoas para a situação. "Serve como uma ferramenta para nossa defesa", explica ela.

A bordo da flotilha, é comum ver os membros mais jovens tirando fotos, gravando vídeos e compartilhando suas experiências nas redes sociais, onde a maioria tem milhares de seguidores. “As histórias, as vozes e as perspectivas das comunidades indígenas devem ser incluídas na luta contra a crise climática. Nós também resistimos por meio de nossas narrativas”, afirma Mitzy Violeta Cortés, de 26 anos, da comunidade de San Sebastián Tecomaxtlahuaca, em Oaxaca, México, pertencente ao povo Ñuu Savi.

Cortés é uma das duas representantes do México que navegam na flotilha amazônica. Em sua primeira viagem à Amazônia, Cortés já visitou quatro países e conheceu quase uma dúzia de comunidades. Para ela, uma das principais lições tem sido aprender mais sobre as soluções que estão sendo implementadas em cada região. “Não vamos pedir para sermos incluídos na transição deles, mas sim mostrar que nossa capacidade de consenso coletivo e nossas tecnologias ancestrais são o que o mundo precisa aprender para enfrentar a crise”, explica. Por meio da iniciativa Hackeo Cultural, ela também trabalha em processos educacionais que abordam as mudanças climáticas a partir de cosmovisões indígenas.

Em meio a histórias, aprendizado, risos e reflexões, as demandas dos jovens são fortalecidas e complementadas pela correnteza dos rios amazônicos. Para Mitzy, a dinâmica da flotilha representa precisamente o que as vozes jovens buscam transmitir: “Estamos comprometidos não apenas com a preservação, mas também em ver o que pode ser mudado e o que de novo pode ser promovido”.

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