“A Resposta Somos nós”, dizem povos indígenas sobre crise climática

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | FotosPúblicas

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

08 Abril 2025

Acampamento Terra Livre deve reunir em Brasília representantes de cerca de 200 povos indígenas de todo o país. Entre 6 e 8 mil pessoas são esperadas

A informação é de Cristiane Prizibisczki, publicada por ((o))eco, 07-04-2025. 

Começou nesta segunda-feira (7), em Brasília, a edição 2025 do Acampamento Terra Livre (ATL), a maior assembleia dos povos e organizações indígenas do Brasil. O papel das populações indígenas no enfrentamento às mudanças climáticas será um dos temas principais do evento.

Realizado entre os dias 7 e 11 de abril, o ATL espera reunir entre 6 e 8 mil pessoas, nos cinco dias de mobilização, entre elas representantes de 200 povos indígenas de todas as regiões do Brasil.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) reforçará, no evento, a mensagem de que não existe solução para a crise climática sem Terras e Povos Indígenas. “A resposta Somos Nós: Povos Indígenas rumo à COP 30” é tema de um dos três eixos de ação e mobilização que estão sendo preparados para a semana.

De fato, este papel é reconhecido pela própria Organização das Nações Unidas (ONU). Relatório publicado em 2021 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pelo Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (FILAC) mostrou que os povos indígenas e comunidades tradicionais, em geral, têm sido melhores guardiões de suas florestas.

Para que essa proteção seja garantida, no entanto, é preciso que os processos de homologação avancem no Brasil, diz a APIB. “No Brasil, Terras Indígenas ainda em fase de estudo ou delimitadas apresentam maiores taxas de desmatamento (0,2% ao ano) em comparação com as TIs declaradas, regularizadas e homologadas (0,05% ao ano)”. diz a organização, ao citar o estudo “Demarcação é Mitigação: Contribuições Nacionalmente Determinadas Brasileiras sob a perspectiva indígena”, lançado em novembro de 2024.

Também durante os dias do Acampamento, será lançada oficialmente a Comissão Internacional Indígena para a COP30. Além disso, é esperada a realização de uma marcha com o lema “A Resposta Somos Nós”.

Outros temas

No ATL 2025, também serão tratados outros temas, como o Marco Temporal Indígena, que está sob escrutínio do Supremo Tribunal Federal (STF), e o Projeto de Lei 14.701/2023, que foi apresentado na Câmara dos Deputados logo após o STF ter, inicialmente, julgado o Marco Temporal inconstitucional.

Após grande repercussão sobre a negativa do STF, a Suprema Corte criou uma “Câmara de Conciliação”, que ainda discute o assunto.

Leia mais