Pré-COP Indígena reafirma protagonismo dos povos originários na COP30

Foto: Ricardo Stuckert/PR | FotosPúblicas

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09 Junho 2025

NDC indígena reapresentada no encontro deverá ser levada à reunião da Convenção Clima em Bonn, na Alemanha, ainda este mês.

A informação é publicada por ClimaInfo, 08-06-2025.

O protagonismo indígena na pauta climática pode parecer óbvio, mas diante de um contexto elitista e autocentrado que tende a creditar apenas seus pares, – notadamente, homens brancos – silenciando quem deveria ter voz, a Pré-COP Indígena surge como um momento fundamental. O evento preparatório para a COP30 finalizado na última quinta-feira, reuniu por três dias em Brasília indígenas dos nove países da Bacia Amazônica Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.

O encontro marcou a entrega da primeira Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) elaborada por Povos Indígenas, documento que formaliza compromissos climáticos perante a ONU. A proposta destaca soluções baseadas em conhecimentos ancestrais e na proteção territorial, reforçando o papel dessas comunidades na redução de emissões de gases de efeito estufa. Também foi firmado o consenso no que se refere ao posicionamento contrário à exploração de petróleo na foz do Amazonas, noticiou o UOL Ecoa. Na última semana, caciques do Oiapoque, no extremo norte do Amapá, onde a Margem Equatorial fica mais próxima, divulgaram uma carta de repúdio às autoridades pelo apoio à exploração dos combustíveis fósseis.

Toya Manchineri, coordenador da CIAB, destacou a demarcação de Terras Indígenas como central na proposta. Ele criticou a falta de detalhes na NDC brasileira apresentada na COP29, em Baku, que menciona a proteção de territórios sem definir prazos ou metas claras. “Quantas terras serão demarcadas até 2032? Precisamos de compromissos concretos”, afirmou. A medida é vista como essencial para se conter o desmatamento e as mudanças climáticas, destacou o Brasil de Fato.

Os indígenas defendem financiamento direto para suas organizações, sem intermediários, como estratégia eficaz no combate às emissões. “Os fundos indígenas devem ser reconhecidos como instrumentos legítimos, com recursos chegando diretamente aos territórios”, completou Manchineri. A proposta busca garantir que as políticas climáticas incluam efetivamente as demandas dos Povos Originários.

Como destaca o Correio Braziliense, o encerramento contou com a entrega às autoridades da declaração política dos Povos Indígenas da Bacia Amazônica e de todos os biomas do Brasil para a COP30. Como indica a Revista Cenarium, a NDC indígena deverá ser levada a Bonn, na Alemanha, durante uma reunião das delegações negociadoras da Conferência, entre os dias 16 e 26 deste mês, onde serão traçadas linhas estruturais para as conversações antes de Belém.

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