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Santa Sé-Israel: as guerras culturais do governo Netanyahu. Artigo de Daniele Menozzi

Foto: Prime Minister of Israel/Flickr

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10 Outubro 2025

"Desta rápida análise das relações entre Israel e a Santa Sé, podemos tirar uma conclusão. Uma batalha cultural está em andamento em torno dos termos 'genocídio' e 'antissemitismo'. A propaganda do governo de Jerusalém visa mudar seu significado, arrogando-se o poder de definir a categoria de 'genocídio' e ressemantizando a noção de antissemitismo para legitimar suas políticas militares".

O artigo é de Daniele Menozzi, historiador italiano, publicada por Settimana News, 08-10-2025.

Eis o artigo.

Em 6 de outubro, o L'Osservatore Romano publicou uma entrevista com o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin. A ocasião era a próxima comemoração do ataque terrorista do Hamas, que desencadeou a guerra que assola o Oriente Médio há dois anos. Nela, ele reiterou uma posição que tem expressado frequentemente, em conformidade com a doutrina tradicional da guerra justa expressa no Catecismo da Igreja Católica: o direito inteiramente legítimo à defesa deve permanecer dentro dos limites da proporcionalidade entre a ofensa sofrida e a resposta implementada.

Ao apresentar esse argumento, Parolin caracterizou o ataque terrorista de 7 de outubro como "um massacre indigno e desumano" e afirmou que suas consequências em Gaza foram "desastrosas e desumanas". Ele concluiu que "é inaceitável e injustificável reduzir seres humanos a 'vítimas colaterais'". A Embaixada de Israel na Santa Sé protestou, emitindo uma declaração afirmando que as palavras do cardeal colocavam em risco o processo de paz recentemente iniciado.

Falsificações

O documento da embaixada contém, antes de tudo, uma falsidade flagrante. A entrevista começa lembrando que a Santa Sé pediu imediatamente a libertação dos reféns israelenses e, em seguida, impõe isso como condição para o cessar-fogo. Em vez disso, a nota afirma que o cardeal está "negligenciando" a questão dos reféns.

Em seguida, ele critica "a aplicação do termo 'massacre' tanto ao ataque genocida do Hamas em 7 de outubro quanto ao legítimo direito de Israel à autodefesa". De fato, em um trecho posterior da entrevista, Parolin falou de "carnificina". Sem insistir na necessidade de correção, mesmo filológica, nas relações diplomáticas, podemos presumir que os dois termos são equivalentes.

O ponto da embaixada é bastante claro: o ataque do Hamas constitui "genocídio", enquanto as mortes na guerra israelense são consequências inevitáveis ​​da violência legítima, decorrente da autodefesa. Assim, a declaração, sem abordar a questão da "proporcionalidade" levantada pelo Secretário de Estado do Vaticano — que lembrou incisivamente a natureza flagrante do desastre humanitário na Palestina —, reverte o julgamento sobre a guerra.

Na verdade, alega que a violação do direito internacional foi cometida pelo Hamas, que perpetrou genocídio, um crime consagrado na Convenção para a Prevenção e Punição do Genocídio, adotada pelas Nações Unidas em 1948. Os assassinatos em Gaza pelo exército israelense, enquadrados no âmbito de uma guerra justa, são, ao contrário, legais e moralmente irrepreensíveis.

Relações entre a Santa Sé e o Estado de Israel

Para compreender as implicações desta operação, é apropriado situá-la no contexto mais amplo das relações entre o governo de Israel e a Santa Sé. Vale lembrar que o reconhecimento do Estado de Israel pelo Vaticano remonta a 1993. Em 2014, o Papa Francisco promoveu um encontro no Vaticano entre o então presidente israelense Shimon Peres e Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, envolvendo-os no ato simbólico de plantar uma oliveira.

No ano seguinte, a Santa Sé reconheceu o Estado Palestino, na esperança de promover um processo de paz baseado na fórmula "dois povos, dois Estados". Desde o início do conflito em 2023, a postura do Vaticano tem se mantido focada na busca da paz por meio da diplomacia. Essa busca se baseia em medidas contextuais: um cessar-fogo, a libertação de reféns e a distribuição de ajuda à população.

Enquanto se aguardavam as negociações, ele apelou ao respeito pelo direito internacional humanitário (proibição de punições coletivas, do uso indiscriminado de armas e do deslocamento forçado de populações). Sem reiterar a obrigação moral do Catecismo de desobedecer ordens contrárias a essas normas, ele também levantou ocasionalmente a questão da permissibilidade moral de fornecer armas àqueles que as usam contra civis inocentes.

Em 2025, o Papa Francisco publicou seu livro "A Esperança Nunca Decepciona". Em seus discursos públicos, ele usou repetidamente o termo "genocídio", por exemplo, em referência à Armênia e a Ruanda, demonstrando uma profunda consciência da natureza técnica e jurídica do termo. Ele observou que alguns especialistas acreditavam que o que estava acontecendo em Gaza poderia se enquadrar nessa categoria.

Por isso, propôs que uma comissão de especialistas independentes examinasse sua aplicabilidade à situação palestina. A Embaixada de Israel na Santa Sé reagiu duramente, declarando que o genocídio havia sido perpetrado pelo Hamas, enquanto a invasão militar da Faixa de Gaza constituía um ato de legítima defesa. Qualquer outra interpretação da guerra visava minar a própria sobrevivência do Estado israelense.

A intervenção foi inequívoca: o governo Netanyahu invocou uma categoria estabelecida em 1948 pela mencionada Convenção das Nações Unidas, mas recusou-se a ceder à instância internacional a verificação de sua aplicação concreta. Na verdade, atribuiu a si mesmo não apenas o poder de determinar sua interpretação correta, mas também de extrair as consequências inevitáveis: o uso da força militar para impedir a continuação do crime nela previsto.

Desinformação sistemática

A partir daquele momento, surgiu outro elemento: uma campanha sistemática de desinformação com o objetivo de fazer as pessoas acreditarem que o Papa Francisco havia descrito a intervenção israelense com a palavra "genocídio". Eles evitaram cuidadosamente especificar que o pontífice havia apenas solicitado que órgãos independentes, de acordo com o direito internacional, verificassem se essa categoria poderia ser usada.

A ausência de representantes do governo israelense no funeral de Francisco certamente tem várias razões, mas um componente-chave é provavelmente o desejo de reiterar as tensões com a Santa Sé, com base, como vimos, em uma deturpação propagandística das posições reais do pontífice argentino. Houve também uma tentativa de explorar a eleição do novo papa para chegar a um acordo.

Na realidade, a operação se mostrou bastante desajeitada. Como se sabe, em relação à visita do presidente israelense Isaac Herzog a Leão XIV, a assessoria de imprensa do Vaticano teve que intervir para desmentir as alegações israelenses. O papa não havia feito um convite a Herzog, mas, como era de se esperar, havia aceitado o pedido de visita feito por um chefe de Estado.

Mas a distorção dos fatos foi muito além. A declaração divulgada por Israel afirma que a reunião do Vaticano concordou em combater o antissemitismo. Esta frase não aparece na declaração oficial da Santa Sé. Isso não é coincidência. O governo israelense define qualquer manifestação de dissidência contra qualquer medida que adote na esfera política ou militar como uma expressão de antissemitismo.

O papado, no entanto, continuou a reiterar seu compromisso com o combate ao antissemitismo, conforme definido na declaração conciliar Nostra Aetate e em todas as declarações subsequentes (numerosas e firmes) da Santa Sé sobre o assunto. Condena, portanto, qualquer ato de hostilidade contra judeus pelo fato de serem judeus. Essa postura também foi reiterada na entrevista do Cardeal Parolin.

Obviamente, a rejeição do uso propagandístico da categoria de antissemitismo nunca pôs em questão a proclamação pública do Vaticano sobre o direito do Estado de Israel de viver em paz e segurança. Apenas faz uma distinção secular entre o Estado de Israel, seu governo atual e o judaísmo.

Uma nova guerra cultural

Desta rápida análise das relações entre Israel e a Santa Sé, podemos tirar uma conclusão. Uma batalha cultural está em andamento em torno dos termos "genocídio" e "antissemitismo". A propaganda do governo de Jerusalém visa mudar seu significado, arrogando-se o poder de definir a categoria de "genocídio" e ressemantizando a noção de antissemitismo para legitimar suas políticas militares.

Não é de surpreender que todos os apoiadores do atual governo israelense — tanto italianos quanto internacionais, dos círculos tradicionalistas judaicos e católicos — tenham se juntado a essa operação de guerra híbrida por meio de uma vasta literatura.

Sem entrar em detalhes, vale notar aqui que ele acrescenta uma distorção adicional da história. Ele exalta, como um modelo exemplar, a postura de Bento XVI sobre as relações entre a Igreja e os judeus, contrastando-a com a postura de Francisco, que ele apresenta como hostil aos judeus.

A ocultação de dados reais é a base desta tese.

Para além do retorno à liturgia pré-conciliar, que implicou a reafirmação do tradicional "ensinamento do desprezo", basta recordar a relegitimação — considerada por Ratzinger um ponto-chave do seu programa de governo — dos bispos da comunidade cismática lefebvriana. Os seus membros são, de facto, guardiões tenazes do antissemitismo católico do século XIX e da negação de qualquer ligação ao Holocausto.

Francisco, por outro lado, confiou aos historiadores, ao abrir os arquivos de Pio XII, a tarefa de estabelecer o que realmente aconteceu na Segunda Guerra Mundial. O fato de um funcionário dos Arquivos do Vaticano ter conseguido escrever um livro sobre o assunto, intitulado "Um Mosaico de Silêncios", não deixa de ser significativo.

Em suma, uma nova frente se abriu nas guerras culturais do nosso tempo. Ela visa fomentar o apoio público ao uso da força militar, legitimando assim seu uso a critério daqueles que atualmente detêm o poder político.

Nesse contexto, vale lembrar que a razão crítica, capaz de decifrar manipulações, falsificações e distorções da realidade, ainda representa uma importante ferramenta de engajamento civil, antes mesmo da luta política.

Curiosamente, a Igreja, que há muito suspeitava disso, chegando a limitar sua prática, agora é uma aliada.

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