Colonos judeus incendeiam uma aldeia cristã na Cisjordânia

Foto: Anadolu Ajansi

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10 Julho 2025

  • Os padres descrevem uma situação de emergência marcada por uma série de ataques graves e repetidos contra a cidade, que ameaçam sua segurança e estabilidade e afetam a dignidade dos moradores e lugares sagrados.

  • Os colonos continuam a pastar seu gado nas terras agrícolas de Taybeh, no coração dos campos pertencentes às famílias da cidade sem qualquer tipo de impedimento.

A informação é publicada por Religión Digital, 09-07-2025. 

"Desde aquele dia, (os fariseus) decidiram matá-lo. Por isso, Jesus já não aparecia em público entre os judeus; retirou-se dali para a região próxima ao deserto, para uma cidade chamada Efraim, onde permaneceu com seus discípulos". Assim narra o Evangelho de João, no capítulo 11. Hoje, Efraim se chama Taybeh, um vilarejo palestino na Cisjordânia, situado a poucos quilômetros a nordeste de Jerusalém. A comunidade cristã está presente ali há dois mil anos, e nela vivem apenas árabes cristãos.

Ontem, terça-feira, 8 de julho, grupos de colonos israelenses provocaram vários incêndios perto do cemitério da cidade e da antiga igreja de Al-Khader (São Jorge), que data do século V, ameaçando um dos locais de interesse religioso mais antigos da Palestina. Foi o que relataram os padres Daoud Khoury, Jacques-Noble Abed e Bashar Fawdeh, pertencentes às três comunidades cristãs de Taybeh (a greco-ortodoxa, a católica latina e a católica greco-melquita).

Em uma mensagem conjunta, divulgada nas últimas horas e escrita "em nome da população de nossa cidade e de nossos fiéis", os três sacerdotes descrevem uma situação de emergência marcada por "uma série de ataques graves e repetidos contra nossa cidade, que ameaçam sua segurança e estabilidade e afetam a dignidade de seus moradores e seus lugares sagrados".

"Se não fosse pela atenção dos moradores e pela intervenção dos bombeiros", lê-se no texto, "teria ocorrido uma grave catástrofe. Em um cenário marcado por provocações diárias, os colonos continuam a pastar seu gado nas terras agrícolas de Taybeh, no coração dos campos pertencentes às famílias da cidade e até mesmo perto de suas casas, sem qualquer tipo de impedimento ou intervenção por parte das autoridades competentes".

Essas violações, esclarecem os sacerdotes, "não se limitam às provocações; também causam danos diretos às oliveiras, que constituem a principal fonte de sustento dos cidadãos, e impedem os agricultores de acessar e trabalhar suas terras".

A parte oriental da aldeia de Taybeh, que compreende mais da metade do território municipal e abriga a maior parte de suas atividades agrícolas, "se tornou um alvo aberto para os assentamentos ilegais que se expandem silenciosamente sob a proteção do exército e servem de trampolim para novos ataques contra a terra e as pessoas".

Na mensagem, os sacerdotes também fazem um apelo aos organismos locais e internacionais, e "em particular aos cônsules, embaixadores e representantes da Igreja em todo o mundo", pedindo "uma investigação imediata e transparente sobre os incêndios provocados e os contínuos ataques a propriedades, terras agrícolas e lugares sagrados, e que pressionem as autoridades ocupantes para que interrompam as práticas dos colonos e impeçam que entrem nas terras da cidade ou que pastem ali seu gado".

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