13 Junho 2025
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 11-06-2025.
Um dos primeiros encontros que Leão XIV teve após ser eleito Papa foi com o moderador geral do Opus Dei, Fernando Ocáriz, a quem perguntou sobre o estado dos novos estatutos propostos que, desde a mudança introduzida pelo Ad Charisma Tuendum e ampliada pela reforma da Cúria, deveriam ser submetidos às autoridades vaticanas. A submissão, como o próprio Ocáriz anunciou aos fiéis da (ainda) prelazia, ocorreu hoje. Agora, caberá à Santa Sé estudá-los e decidir se os aprova ou, ao contrário, os devolve.
Isso conclui, por enquanto, um processo de trabalho de três anos, que teve altos e baixos significativos, especialmente depois que o Papa Francisco assimilou o Opus Dei a uma associação sacerdotal, dependente do Dicastério para o Clero, exigiu que eles apresentassem relatórios anuais e retirou de seu principal funcionário o status de prelado.
No meio tempo, houve outros conflitos, ainda sem solução, como o futuro do "complexo" de Torreciudad (que Leão XIV conhecia perfeitamente), e outros que foram encerrados falsamente, como a sentença canônica no caso Gaztelueta, que obrigou a Obra a expulsar o pedófilo condenado da organização, sem nenhuma comunicação oficial da prelazia à vítima.
"Quero informá-los sobre o trabalho de adaptação dos Estatutos", escreve Ocáriz em sua carta aos fiéis do Opus Dei. "Estava previsto concluir o estudo no Congresso Geral, mas, como sabem, por coincidir com a vacância da Sé, julgou-se oportuno não fazê-lo", explica o responsável do Opus Dei.
"Os congressistas deram seu parecer positivo para que, com o novo Conselho e Conselho Consultivo, pudéssemos concluir a revisão dos Estatutos e submetê-los à aprovação da Santa Sé, o que fizemos hoje. Foi um caminho de três anos, acompanhado pelas orações de todos, que peço que intensifiquem nesta etapa final", conclui Ocáriz.
Em 14 de maio, o Opus Dei emitiu um comunicado no qual falava de um "breve encontro, no qual o Papa expressou sua proximidade e afeto". Ocáriz estava acompanhado por Mario Fazio, vigário-geral do Opus Dei. "O Santo Padre, entre outras coisas, perguntou sobre o estudo em andamento dos Estatutos da Prelazia", acrescenta o comunicado do Opus Dei. "Leão XIV ouviu com grande interesse as explicações que lhe foram dadas". E, como noticiamos, ele pediu a conclusão da apresentação. Agora, a bola está com o Vaticano.