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Na terra nua como o santo de Assis. Artigo de Corrado Augias

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29 Abril 2025

Hoje Jorge Bergoglio, o Papa Francisco, desce à terra nua. O outro Francisco, o de Assis, também havia expressado o mesmo desejo, e assim foi feito em sua morte. Talvez não se tenha pensado o suficiente sobre o significado revolucionário que a escolha do nome Francisco representou desde que o jesuíta Bergoglio o escolheu - era a primeira vez na longa história do papado - para seu pontificado.

O artigo é de Corrado Augias, jornalista, escritor italiano e ex-deputado do Parlamento Europeu, em artigo publicado por La Repubblica, 26-04-2025.

Eis o artigo.

Antes de se tornar santo, Francisco de Assis correu o risco de ser acusado de heresia, teve que esperar doze anos para que a regra de sua ordem, os Frades Menores, fosse finalmente aprovada pelo Papa Honório III com uma bula papal (agora nos arquivos), depois de uma aprovação verbal inicial dada apenas pela metade por outro papa, Inocêncio III. Os cânones da nova ordem eram a fraternidade e a comunhão, a oração e a vida evangélica, o trabalho e a pobreza. Francisco de Assis insistia no serviço concreto a ser prestado no mundo, como cuidar de leprosos e atender os pobres.

Se conhecermos esses princípios, poderemos ver como a ação de Bergoglio está próxima dessas regras franciscanas, podemos entender melhor o peso e a importância da escolha do nome Francisco, e também poderemos ver como é superficial, para não dizer ridícula, a acusação que alguns expoentes, especialmente nos Estados Unidos, fizeram a ele de ser um “comunista”. Eu me pergunto se essas pessoas já leram alguma linha dos Evangelhos, se elas conhecem, mesmo que só por ouvir dizer, a luta de séculos desenvolvida na Igreja Católica entre as tentações temporais e uma vocação espiritual muitas vezes esquecida.

Se a cena evangélica da expulsão dos mercadores do templo tem algum sentido, é exatamente esse, a recuperação de uma espiritualidade que o comércio de animais para sacrifício e o trabalho dos vendedores com suas banquinhas, montadas sob o grande pórtico do templo, colocavam em risco todos os dias. Ambas eram funções necessárias para o funcionamento do templo, se os animais tinham de ser sacrificados, alguém tinha de vendê-los; no entanto, com uma fúria que beirava a sedição, Jesus quis reafirmar o princípio de que a oração e o exemplo vêm antes de qualquer outra coisa e que o espírito tem direitos inalienáveis e prevalentes. É interessante notar, entre outras coisas, que dos quatro evangelhos canônicos, um, o de João, coloca o episódio no início da atividade pública de Jesus. Os outros três (Marcos, Lucas e Mateus) no final, tornando-o assim a causa de sua prisão, julgamento e condenação.

Os modos bruscos, as frases fora do rito, a desenvoltura dos gestos, a pobreza das roupas, às vezes fizeram com que as pessoas confundissem a obra, a personalidade do Papa Bergoglio com aquela de um pároco de interior.

Também Francisco de Assis escolheu um saco como vestimenta e uma corda como cinto. Na realidade, a humildade e o sorriso de Bergoglio, o fato de descer no meio do povo até o último suspiro, lavar os pés dos despossuídos, usar um par de sapatos pretos surrados e uma túnica com os punhos desgastados, eram sinais poderosos do desafio que ele estava enfrentando em relação aos confortos e luxos, aos apartamentos de cobertura, às correntes de ouro de tantos cardeais eminentes e homens da cúria. Falou-se que o Papa Bergoglio foi mais apreciado por leigos e descrentes do que pela maioria dos católicos, e é verdade, ainda que apenas parcialmente. Grande parte do mundo católico também gostou de Francisco, mesmo que ele certamente seja apreciado por muitos leigos, entre os quais me incluo. Basta pensar em seu intenso diálogo com ateus declarados, como Eugenio Scalfari ou o escritor espanhol Javier Cercas. O que nos agradou foi o olhar límpido com que ele se dirigia a seus interlocutores, certas suas iniciativas “escandalosas”, até mesmo excessivas. Mas já houve algo mais excessivo do que o gesto do outro Francisco que se despiu na praça de Assis para dizer: “Não sou mais o filho do mercador, hoje, pela segunda vez, vim ao mundo, nu como ao nascer”.

O Papa Francisco agradou quando reavaliou o aspecto espiritual e misericordioso da função pontifícia, abstendo-se de qualquer ingerência diretamente política da qual alguns de seus antecessores abusaram. Francisco de Assis, visto com desconfiança pelas hierarquias da época, assim como Bergoglio, não era, no entanto, uma figura isolada. Naqueles anos, várias correntes monásticas haviam se espalhado no catolicismo, cujos membros se obrigavam, entre outras restrições, a um voto de pobreza absoluta, tanto individual quanto das comunidades. Os cátaros e valdenses, por exemplo, escandalizados com o luxo ostensivo das altas hierarquias e do papado, recusavam-se a possuir qualquer coisa; suas necessidades mínimas tinham de ser atendidas por esmolas e pelo trabalho manual. No mosteiro, tudo era comum: comida, serviços, mesa, horas de oração, de trabalho, de descanso. Um comunismo total ditado não por uma ideologia política, mas pela fé. Um comunismo não imposto, mas escolhido, do qual era possível se retirar a qualquer momento. Essas exortações à austeridade foram oficialmente consideradas heréticas, mas ao mesmo tempo preocupavam a Igreja por causa de sua difusão e do amplo apoio popular de que desfrutavam. Isso também explica por que Francisco de Assis, cuja pregação certamente não era menos inquietante, não tenha sido punido. O cálculo das conveniências aconselhava prudência em relação a ele, que teve o cuidado de não cruzar o limiar crítico de uma possível ruptura, provando ser tudo menos um “louco”, mas um estrategista astuto.

Também o Papa Bergoglio teve que seguir uma tática astuta; muitas de suas afirmações da primeira hora foram silenciosamente abandonadas, muitos passos à frente foram seguidos por longos silêncios ou abandono tácito. Reformar uma estrutura gigantesca como a igreja é uma empreitada enorme, ainda mais quando a realeza pontifícia é agora questionada pelo dissenso de tantas dioceses que não é mais possível reprimir como era antes com a mera autoridade de uma mensagem lançada do trono de Pedro. Bernardo, o primeiro discípulo do outro Francisco, certo dia deu uma resposta esclarecedora a um homem generoso que queria lhe oferecer moedas. “É verdade que somos pobres”, disse ele, “mas para nós a pobreza não é um fardo como para outros indigentes, nós nos tornamos pobres por nossa livre escolha”. É o núcleo da visão franciscana: a voluntariedade do sacrifício, uma vida que é apenas exteriormente miserável, mas rica em termos de meditação, oração e ação concreta em relação aos excluídos, aos últimos da terra. Essa dedicação total no mundo ocidental desapareceu ou se tornou invisível; onde e quando existe, é relegada a pequenos cenáculos socialmente pouco influentes. Em outras palavras, o poder exemplar de certas vidas diminuiu. Até que ponto isso aconteceu, que possibilidades de sobrevivência restam, o entenderemos melhor dentro de alguns dias com os resultados de um conclave que nunca antes foi tão decisivo para o futuro não apenas da Igreja.

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