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13 Março 2023

"As palavras "quem sou eu para julgar?" qualificam o papa como um bom pastor ou como fraco guardião de uma doutrina que muitos agora negligenciam? Os homossexuais, os divorciados, os que vivem em concubinato são parte da assembleia dos fiéis?", pergunta Corrado Augias, jornalista, escritor italiano e ex-deputado do Parlamento Europeu, em artigo publicado por La Repubblica, 12-03-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Segundo ele, "é provavelmente a primeira vez, em uma história secular, que o papa de Roma se encontra enfrentando uma série de dilemas dos quais se tornou difícil ver a solução".

Eis o artigo.

Quando Jorge Mario Bergoglio foi eleito papa, justamente dez anos atrás, e “sibi imposuit nomem Francesco”, nem todos entenderam quais eram as implicações daquela incrível novidade. O outro Francisco, o poverello de Assis, morreu em 1226 e apenas dois anos depois foi proclamado santo. Apesar disso, nenhum dos 87 papas que desde então sucederam no trono de Pedro consideraram oportuno retomar Francisco como nome dinástico. A razão é que a revolução provocada por aquele Francisco havia sido de tamanha envergadura a ponto de colocá-lo em risco de ser banido como herege antes de ser santificado com insólita rapidez.

Se há uma figura na história da Igreja a quem se aplica a célebre invocação "Santo já!", foi precisamente a de Francisco. Isso aconteceu no final de uma vida tão dramática, tão marcada por uma visão extrema do compromisso, que tornou quase paródica a difundida imagem adocicada do santo pobre e bom que amansa os lobos e fala com os pássaros. Quando aquele Francisco chegou a Roma em 1209 para entregar a Inocêncio III o primeiro rascunho da regra da ordem que fundou, o Papa reagiu com cautela, disse que queria que fosse examinada, admitiu extraoficialmente que teria sido aprovada, mas teve o cuidado de não a consagrar com uma bula, o selo pontifício. Demorou 14 anos e uma nova edição muito atenuada para o selo ser finalmente aprovado.

As primeiras normas traçavam uma visão chocante da militância cristã no mundo. Pediam aos aderentes, como regra absoluta de vida, uma pobreza extrema, ou a rejeição total de todo bem. "Se tivéssemos bens", respondeu Francisco um dia aos que lhe perguntaram as razões para uma escolha tão drástica “deveríamos também ter armas para nos defender. Da riqueza nascem as lutas que impedem o amor a Deus e o amor ao próximo".

Esse ímpeto, que se pode perfeitamente chamar de revolucionário, não poderia ser visto favoravelmente por uma Igreja que praticava uma conduta oposta pelo uso por vezes descarado das riquezas, sobretudo porque comprometida a comportar-se de acordo com as regras ditadas pelo exercício do domínio político e militar. Compreende-se bem porque o Papa ficou perplexo.

Se desconsiderarmos as enormes mudanças ocorridas desde então, pode-se dizer que a situação encontrada pelo papa Bergoglio não está psicologicamente e de fato muito distante daquela. Hoje, como então, o nome Francisco aparentemente tão simples continuou sendo dramaticamente exigente. Muitas as incompreensões, muitos os mal-entendidos que marcaram os primeiros dez anos do pontificado do papa reinante decorrem da subestimação inicial daquela escolha.

A condição que Bergoglio herdou ao assumir o título real de papa vê uma cúria - que é o governo da Igreja profundamente dividida, finanças em frangalhos, gastos enormes, receitas em diminuição, seminários vazios, o imenso e doloroso escândalo da pedofilia: uma situação diante da qual seu predecessor, o papa Ratzinger, se viu forçado a ceder. “Ingravescente aetate”, Bento XVI havia admitido com uma expressão que significa muito mais do que o equivalente na nossa língua, “idade avançada”, refere-se a um peso sim da idade, mas não só dela, que se tornou insustentável.

Quando se compara a situação de Francisco com a de qualquer outro homem ou mulher de governo, logo se percebe que há muitos problemas comuns em um mundo que passa por grandes transformações tecnológicas e de equilíbrios mundiais. Para o chefe da Igreja, porém, há outro ônus representado pela doutrina. A Santa Sé é uma entidade de ordem estatal, tem missões diplomáticas, senta-se como observador na ONU, imprime (simbolicamente) moeda, dispõe de um corpo policial, de uma magistratura, até de um simbólico exército que veste belos trajes do século XVI.

A Igreja é outra coisa. Exerce unicamente o poder da palavra divina, o papa é definido como “vigário de Jesus na terra”, a primeira lei a que deve responder não são os códigos, mas a teologia. Se o escândalo de pedofilia ou as irregularidades financeiras pertencem ao Código Penal, a elaboração da doutrina confere ao sumo pontífice uma sacralidade especial.

Neste ponto surge o grande e angustiante dilema que o Papa Francisco deve enfrentar. Em que consideração manter uma teologia envelhecida, de fato quase inutilizável como apontava o cardeal Martini de abençoada memória? A vida sexual dos crentes realmente tem que obedecer a regras que hoje apenas poucos tentam respeitar? As exigentes declarações de uma oração como o Credo são verdadeiramente compreendidas, assumidas, em seu significado vinculante? O papa deve admitir ou até favorecer vínculos doutrinários mais brandos para facilitar uma adesão mais extensa? Ou deve manter intacta toda proibição, obrigação, tabu em sua severidade original ao custo de perder adesões em um mundo (particularmente o ocidental) agora longe da espiritualidade?

As palavras "quem sou eu para julgar?" qualificam o papa como um bom pastor ou como fraco guardião de uma doutrina que muitos agora negligenciam? Os homossexuais, os divorciados, os que vivem em concubinato são parte da assembleia dos fiéis?

Críticas vulgares ou interessadas foram feitas contra Bergoglio que não vale a pena repetir; mas também houve o medo genuíno de que, ao desviar toda a atenção para a ajuda a ser prestada aos pobres, negligenciando os problemas teológicos e doutrinários mais urgentes, corria-se o risco de transformar a religião em sociologia. O último papa que ousou proclamar um dogma de fé foi Pio XII em 1950: a Assunção de Maria em corpo e espírito ao céu. O anterior é de quase um século antes: a Imaculada Conceição proclamada por Pio IX em 1854. Não é mais tempo de dogmas, não é mais tempo de obediência total. Mas em uma situação como essa, como deve reagir um sumo pontífice? É provavelmente a primeira vez, em uma história secular, que o papa de Roma se encontra enfrentando uma série de dilemas dos quais se tornou difícil ver a solução.

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