- Albanese diz que foram publicados três relatórios num ano e que espera que o Pontífice “terá tempo para os ler”
- Desde 7 de outubro, mais de 43.800 palestinos morreram no enclave, segundo as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, aos quais se somam mais de 780 palestinos mortos às mãos das forças de segurança israelenses e em ataques levados a cabo por colonos no Ocidente. Banco e Jerusalém Oriental.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 18-11-2024.
A relatora especial das Nações Unidas para a situação dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinos Ocupados, Francesca Albanese, sublinhou que a ONU publicou durante o ano passado “três relatórios que investigam as práticas genocidas de Israel”, depois do Papa Francisco ter defendido a necessidade de “investigar cuidadosamente" se a ofensiva contra a Faixa de Gaza se enquadra na definição de genocídio.
“Espero que o Papa Francisco tenha tempo para ler os dois relatórios sobre genocídio que escrevi este ano, o recente relatório do Comitê das Nações Unidas sobre Práticas Israelenses, que também cobre acusações de genocídio, e o relatório do relator especial sobre o direito à alimentação, denunciando a fome ou a destruição da soberania alimentar como uma prática genocida", afirmou.
“Três relatórios que investigam as práticas genocidas de Israel num ano”, destacou na sua conta na rede social X, depois de o Pontífice ter afirmado que “segundo alguns especialistas, o que está a acontecer em Gaza tem características de um genocídio”.
Assim, o Papa Francisco pediu “investigar cuidadosamente” para determinar “se se enquadra na definição técnica formulada por juristas e organizações internacionais”, segundo excertos recolhidos pelo jornal ‘La Stampa’ do seu próximo livro, intitulado ‘A esperança nunca desilude’. Peregrinos rumo a um mundo melhor'.
Israel lançou a sua ofensiva contra Gaza após os ataques perpetrados em 7 de outubro de 2023 pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras facções armadas palestinas, que deixaram cerca de 1.200 mortos e quase 250 raptados, segundo as autoridades israelenses.
Desde então, mais de 43.800 palestinos morreram no enclave, segundo as autoridades de Gaza, controlado pelo Hamas, além de mais de 780 palestinos mortos às mãos das forças de segurança israelenses e em ataques perpetrados por colonos na Cisjordânia e na Jerusalém.
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