Nesta terça-feira, presidente Lula também destacou necessidade de financiar produção de grãos em outros estados para que preço possa cair.
A reportagem é de Tatiane Correia, publicada por Jornal GGN, 07-05-2024.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o Rio Grande do Sul não ficará sem receber recursos públicos, mas admitiu a possibilidade de importar grãos para compensar as perdas geradas pelas fortes chuvas.
“Agora com a chuva, eu acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Portanto, se for o caso, para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz. A gente vai ter que importar feijão. A gente vai ter que importar feijão para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, adiantou Lula durante o programa “Bom Dia Presidente” transmitido nesta terça-feira.
O posicionamento do presidente confirma aquilo que o Jornal GGN antecipou nesta terça-feira, com a safra de arroz apresentando um quadro problemático uma vez que a colheita do grão estava em andamento.
“O Rio Grande do Sul tem 75% da produção brasileira, e ainda tinha 1,5 milhão de tonelada para colher. A situação está problemática”, destacou o consultor Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio.
O consultor destacou que o risco de déficit no abastecimento de arroz em 2024 não pode ser descartado, o que vai afetar a inflação por conta da importância do item na composição da cesta básica e na alimentação da população.
Lavoura de grãos em outras regiões
Ao longo do programa, o presidente Lula também destacou a necessidade de financiar a produção de grãos em outros estados para reduzir o preço do arroz e do feijão para o consumidor final.
“Eu agora estou numa briga para abaixar o preço do feijão e do arroz. Porque está caro e, com essa chuva no Rio Grande do Sul, possivelmente encareça mais. A Bahia precisa plantar arroz, precisamos financiar produção de arroz nos outros estados que não tenham hábito de plantar arroz. Porque, se tem uma coisa que não pode estar caro é o arroz e o feijão. E para quem gosta de carne, um pedacinho de carne”, afirmou.