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Os olhos de Francisco sobre a arte da consciência. Artigo de Antonio Spadaro

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16 Mai 2024

"A escolha de Francisco não é extemporânea, mas está ligada à sua visão muito pessoal da arte. Desde sempre, para Bergoglio a arte é vida e discurso sobre a vida: ele nunca acreditou no lema esteticista da 'arte pela arte'", escreve o jesuíta italiano Antonio Spadaro, subsecretário do Dicastério para a Cultura e a Educação, em artigo publicado por Il Fatto Quotidiano, 23-04-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

“Com os meus olhos” é o título do Pavilhão da Santa Sé na Bienal de Arte de Veneza. O Vaticano está presente no evento desde 2013, mas a 60ª edição será a primeira acolher um pontífice como visitante.

O Pavilhão, promovido pelo prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, Cardeal José Tolentino de Mendonça, tem curadoria de Chiara Parisi e Bruno Racine. Deve seu título à rica ambiguidade da visão. “A verdade é que não te amo com meus olhos”, escrevia Shakespeare num dos seus sonetos que aqui ressoa com o livro bíblico de Jó que, por sua vez, exulta: “Meus olhos te viram!” O ver primeiro é negado na sua importância em relação ao coração que vê mais que os sentidos, depois é afirmado porque só os sentidos certificam a presença real. Um desvanecimento cruzado entre insuficiência e necessidade, em suma, hoje posto em crise pela visão “mediada” pelos dispositivos digitais. Ainda sabemos o que é ver com os nossos olhos?

A escolha forte e contracorrente da Santa Sé foi instalar o pavilhão dentro da prisão Feminina de Giudecca, onde o helicóptero papal pousará às 8h do dia 28 de abril. E Francisco irá se encontrar com as detentas porque serão justamente elas que orientarão os visitantes do pavilhão.

A proposta artística assume à letra as palavras de Francisco quando pede para abrir os olhos sobre os último e os “rejeitados” da sociedade. Os olhos do cuidado requerem uma visão “aumentada” – e não virtual – não de dispositivos artificiais, mas da atenção e do coração. De fato, já quando Arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio disse que “a maior exclusão consiste em nem mesmo ver o excluído." Quem dorme na rua, por exemplo, “não é visto como pessoa, mas como parte da sujeira e do abandono da paisagem urbana, do lixo”. A cidade humana em vez disso “cresce com o olhar que 'vê’ o outro”.

Para Francisco, o artista vê “com os olhos enxerga e ao mesmo tempo sonha, vê mais profundamente, profetiza, anuncia uma maneira diferente de ver e de entender as coisas”. Ele gosta, por exemplo, da arte produzida com resíduos, como aquela de Alejandro Marmo. Ficará evidente este ano na Bienal de Veneza a ligação entre arte e empenho civil, entre beleza e luta contra o desperdício. Essa, portanto, a mensagem que o Papa quer trazer com a sua presença na Bienal: a arte é a voz dos sonhos e das ansiedades humanas. E por isso age “como consciência crítica da sociedade”.

As obras serão um convite aos visitantes para prestarem atenção àquelas realidades que muitas vezes são esquecidas pelo debate cultural. Oito são os artistas envolvidos: Maurizio Cattelan, Bintou Dembélé, Simone Fattal, Claire Fontaine, Sônia Gomes, Corita Kent, Marco Perego & Zoe Saldana, Claire Tabouret.

O Pavilhão faz parte do espaço da Bienal, com curadoria pela primeira vez de um latino-americano, o brasileiro Adriano Pedrosa, que tem como tema geral “Estrangeiros em todo lugar”, certamente consoante com Francisco: pensemos nas migrações, na situação dos indígenas, nas várias diásporas.

A escolha de Francisco não é extemporânea, mas está ligada à sua visão muito pessoal da arte. Desde sempre, de fato, para Bergoglio a arte é vida e discurso sobre a vida: nunca acreditou no lema esteticista da “arte pela arte”. O domínio da arte não é um mundo à parte, culto, erudito, áulico e essencialmente “burguês”. A sua visão é radicalmente "popular" e também passa pela produção artística e sua fruição. O Papa é muito sensível ao gênio e à criatividade, que para ele não são exceções, mas dimensões da vida cotidiana enfrentada com energia e intensidade.

“A criatividade é importante para a vida de uma pessoa?”, perguntei-lhe na minha primeira entrevista em 2013 para La Civiltà Cattolica e para as revistas jesuítas do mundo. Ele respondeu com uma exclamação: “É extremamente importante!”. E me deu dois exemplos: “Admiro Caravaggio na pintura: suas telas falam comigo. Mas também Chagall com a sua Crucificação branca”. E continuou: “Adoro artistas trágicos”, citando vários exemplos poéticos e narrativos. A sua não é pura atração pela tragédia entendida como gênero, mas é um desejo de entrar na condição humana também pelo caminho da representação estética. Não é o trágico elitista e refinado que impressiona Bergoglio, mas o trágico “popular”.

A tal ponto que adota a definição de obra “clássica” que vem de Cervantes: a obra “clássica” é a obra que todos podem sentir de alguma forma como sua, não aquela de um grupinho de conhecedores refinados. Sua paixão pelo neorrealismo deve ser inserida nesta visão de arte ligada ao povo: “A arte não é algo desenraizado: a arte nasce do coração dos povos", disse ao inaugurar o museu etnológico "Anima Mundi". Disso, por exemplo, também o amor pela arte e poesia amazônica e - de forma mais geral - o convite para abrir perspectivas inéditas sobre as dinâmicas sociais e artísticas, desafiando preconceitos, convenções, bem como a austeridade do conceito abstrato. É, portanto, interessante notar como a dinâmica popular da sua estética seja a mesma da sua visão pastoral.

Mas, em particular, para Bergoglio a arte apresenta um dos graves problemas da fé: “imaginar” de forma adequada as verdades em que cremos, oferecendo "a substância das coisas que se esperam, a evidência das coisas que não se veem”, como afirma a Carta aos Hebreus. Precisamos de imagens poderosas.

Essa é uma das razões pelas quais, por exemplo, gosta das litografias surrealistas de Victor Delhez, usadas por ele nos seus cartões de votos de Páscoa em 2014, mas essa também é a razão pela qual adora a “piedade popular”, porque é uma reserva de ouro de imagens fortes e bem enxertadas no imaginário coletivo de um povo, que se expressam de forma muitas vezes subversiva, capaz de reunir até os sonhos que a vida comum silencia ou descarta. Bergoglio é radicalmente anti-iconoclasta, mas sempre consciente da necessidade de uma hermenêutica nem sempre fácil, como foi o seu caso com as obras de León Ferrari e Luis Espinal.

A prova da ligação que sente entre obra de arte e visão da vida surge precisamente no momento daquela entrevista às revistas jesuítas em que Francisco ressaltou com força que as formas de expressão da verdade podem ser diversas e discordantes, e que, aliás, “com o tempo, o homem muda a forma como se percebe: uma coisa é o homem que se expressa esculpindo a Nike de Samotrácia, outra a de Caravaggio, outra ainda aquela de Chagall e mais outra aquela de Dali”. A arte, portanto, não é simplesmente um “laboratório” de experimentação de dinâmicas culturais e expressivas, mas parte integrante do fluxo da história, expressão da vivência, razão pela qual Bergoglio adora Hans Memling, o grande pintor flamengo, que faz um “milagre de delicadeza” em representar as pessoas. A arte está no caminho do homem na terra, hoje aberto diante de um abismo. E sobre ele, do interior do pátio central da Prisão de Giudecca, eleva-se uma mensagem concisa, uma escrita em neon da dupla Claire Fontaine que brilha no escuro: “Estamos com vocês na noite”.

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