22 de março: O encontro entre o Vaticano e os bispos alemães já tem data marcada

O arcebispo George Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã. (Foto: Flickr)

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27 Fevereiro 2024

  • Após a conturbada plenária da Conferência Episcopal Alemã, na qual o Vaticano solicitou, por meio de uma carta, que se abstivessem de votar os estatutos do polêmico Comitê Sinodal até que ambas as partes realizassem uma reunião conjunta, já se sabe a data para esse aguardado encontro: será no próximo dia 22 de março, conforme confirmado pelo Cardeal Víctor Manuel Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé.

  • Após conhecerem o conteúdo da carta, alguns membros do Caminho Sinodal defenderam um confronto direto com o Vaticano, posição que, em princípio, não é compartilhada pelo seu co-presidente, o arcebispo George Bätzing, que também é presidente da Conferência Episcopal Alemã.

A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 26-02-2024. 

Após a tormentosa plenária do Episcopado Alemão, na qual o Vaticano pediu por carta que se abstivessem de votar os estatutos do controverso Comitê Sinodal até que ambas as partes realizassem uma reunião conjunta, já se conhece a data para esse aguardado encontro: será no próximo dia 22 de março, conforme confirmado ao portal Katholisch pelo cardeal Víctor Manuel Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé.

O cardeal argentino, juntamente com o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, e o prefeito do Dicastério para os Bispos, Robert Prevost, haviam enviado, em 16 de fevereiro, véspera da celebração da chamada assembleia de primavera dos bispos, uma carta – que, afirmaram, contava com a aprovação do Papa Francisco – na qual os exortavam a adiar a votação desse organismo, nascido das deliberações do Caminho Sinodal alemão, para não prejudicar as reuniões planejadas com a Santa sobre um assunto que preocupa em Roma, uma vez que afirmam estar fora dos limites do Direito Canônico.

Os bispos alemães concordaram em retirar esse ponto da pauta de sua assembleia, o que provocou a irritação das entidades que fazem parte do Caminho Sinodal e dos próprios membros do recentemente constituído Comitê Sinodal, uma estrutura de deliberação conjunta entre leigos, religiosos e pastores que se teme que diminua o poder dos bispos em suas dioceses.

Dúvidas sobre o futuro do Comitê Sinodal

Agora, após esta carta – não é a primeira enviada pelos cardeais da Cúria sobre o assunto –, surgem dúvidas sobre o próprio futuro do Comitê Sinodal, surgido na Igreja da Alemanha como uma resposta reformista ao profundo impacto causado pelos relatórios sobre abusos sexuais em seu seio e resultado das várias assembleias conjuntas com os bispos no âmbito do Caminho Sinodal.

Na verdade, após o conteúdo da carta ter vindo a público, alguns membros do Caminho Sinodal defenderam um confronto direto com o Vaticano, uma posição que, inicialmente, não é compartilhada pelo seu co-presidente, o arcebispo George Bätzing, que também é presidente da Conferência Episcopal Alemã.

Na verdade, até mesmo o trabalho conjunto entre leigos e bispos no âmbito do Caminho Sinodal parece estar em perigo, como afirmou à Katholisch a outra copresidente, Irme Stetter-Karp, que também preside o poderoso Comitê Central dos Católicos Alemães (ZdK).

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