27 Fevereiro 2024
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digial, 27-02-2024.
“Diante de tanto caos gerado, temos indícios suficientes para concluir que a solução é retificar; ou seja, retirar Fiducia Supplicans”. O bispo de Orihuela-Alicante, Dom José Ignacio Munilla, não esconde, e pede diretamente à Santa Sé (e, por consequência, ao Papa que assinou a validade da declaração da Doutrina da Fé) a retirada do texto que permite as bênçãos não sacramentais de casais “irregulares”.
No seu púlpito ‘X’, o polêmico prelado – juntamente com Jesús Sanz, os dois principais grevistas da oposição hispânica ao Papa Francisco – lamenta o “caos gerado” pela declaração vaticana, considerando que “o responsum de 2021", o que impedia qualquer tipo de bênção às uniões homossexuais.
Ante tanto caos generado, tenemos suficientes signos para concluir que la solución es rectificar; es decir, retirar 'Fiducia Supplicans'.
— Jose Ignacio Munilla (@ObispoMunilla) February 26, 2024
Era suficiente el ‘responsum’ del año 2021, en el cual ya estaba incluido cuanto de positivo hay en Fiducia Supplicans.
Eso sí, al… pic.twitter.com/cJYebRHkyK
Num passo adicional em direção à deriva, Munilla compara a polêmica com Fiducia com o apoio do Patriarcado Ortodoxo de Moscou à invasão russa da Ucrânia, misturando esta questão com a das uniões homossexuais, e usando uma captura de tela de uma notícia sobre o fato de que a Igreja Ortodoxa Russa “condena” a declaração papal “por se afastar da moralidade cristã”.
“É claro que ousamos pedir ao Metropolita do Patriarcado Russo que aplique a mesma coerência para condenar a invasão da Ucrânia por Putin, por se afastar da moral cristã”, conclui Munilla, que parece conceder mais autoridade a Kirill do que a Francisco.
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Bispo espanhol solicita a retirada de “Fiducia Supplicans” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU